domingo, 19 de maio de 2013

APOIADA PELA ORAÇÃO SUPERA QUALQUER DIFICULDADE
  

Segunda-feira da VII Semana Comum
20 de Maio de 2013
 
Texto de Leitura: Mc 9,14-28


Naquele tempo, 14descendo Jesus do monte com Pedro, Tiago e João e chegando perto dos outros discípulos, viram que estavam rodeados por uma grande multidão. Alguns mestres da Lei estavam discutindo com eles. 15Logo que a multidão viu Jesus, ficou surpresa e correu para saudá-lo. 16Jesus perguntou aos discípulos: “Que discutis com eles?” 17Alguém da multidão respondeu: “Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito mudo. 18Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas eles não conseguiram”. 19Jesus disse: Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de suportar-vos? Trazei aqui o menino”. 20E levaram-lhe o menino. Quando o espírito viu Jesus, sacudiu violentamente o menino, que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela boca. 21Jesus perguntou ao pai: “Desde quando ele está assim?” O pai respondeu: “Desde criança. 22E muitas vezes, o espírito o lançou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos”. 23Jesus disse: “Se podes!... Tudo é possível para quem tem ”. 24O pai do menino disse em alta voz: “Eu tenho , mas ajuda a minha falta de ”. 25Jesus viu que a multidão acorria para junto dele. Então ordenou ao espírito impuro: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno que saias do menino e nunca mais entres nele”. 26O espírito sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu. O menino ficou como morto, e por isso todos diziam: “Ele morreu!” 27Mas Jesus pegou a mão do menino, levantou-o e o menino ficou de . 28Depois que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram a sós: “Por que nós não conseguimos expulsar o espírito?” 29Jesus respondeu: “Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela oração”.

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O núcleo do relato do evangelho de hoje está nas seguintes frases: Primeiro: “Eles não conseguiram expulsar o espírito”. Esta frase é dita pelo pai do jovem epiléptico a Jesus. Segundo: “Por que não conseguimos expulsar o espírito?”. É a pergunta dos discípulos a Jesus. “Tudo é possível para quem tem ”, é a resposta de Jesus que serve como frase central do relato. Tudo o mais serve para descrever a necessidade da . a escolha da é muito importante para estar em sintonia com Jesus e ser beneficiado de sua ação curadora e salvadora. Quem recorre a Jesus movido pela é sempre atendido.


Depois da transfiguração, momento glorioso embora momentâneo, Jesus desceu com seus prediletos discípulos para a planície. Ele está pronto para encarar a Cruz que ele vai carregar com honra e dignidade, pois trata-se de uma Cruz fruto de sua obediência à vontade do Pai. É preciso encararmos as crises de nossa vida com honra e dignidade apesar de nossas fraquezas.


Ao descer do monte da Transfiguração, Jesus cura um jovem epiléptico. Os discípulos não conseguiram curar o mesmo jovem de sua doença. Ao se questionar sobre o porquê dos discípulos não terem conseguido curar o jovem Jesus responde: “Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de suportar-vos? Trazei aqui o menino”. Com suas palavras, Jesus sublinha, sobretudo, a necessidade da e da oração simultaneamente para poder vencer o mal. Por isso, no fim do relato Jesus acrescentou: “Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela oração”.  O exercício da missão recebida de Jesus requer muita . É preciso ter inabalável no poder de Jesus. Caso contrário, todos desistirão, pois não faltam cruzes nesse caminho. Quando a é pouca, a missão fica comprometida.


Ao curar o jovem, Jesus aparece novamente como o mais forte do que o mal, pois ele tem a força de Deus. Jesus está em Deus e Deus está nele. e Jesus sempre quer que seus discípulos reforcem sua . Neste sentido, a confissão do Pai: “Creio, Senhor! Mas aumenta minha !” serve de lição para os discípulos sobre a necessidade de fortificar a própria nos momentos difíceis de sua vida como aconteceu com o pai do jovem.


Nossa luta contra o mal, o mal quedentro de nós, o mal quedentro da comunidade e o mal dos demais, somente pode ser eficaz se cada um se apóia na força de Deus: “Confia teus negócios ao Senhor e teus planos terão bom êxito” (Provérbios 16,3). Somente pode suceder da e da oração, em união com Cristo é que se pode libertar o mundo de todo mal. Não se trata de fazer gestos mágicos ou de pronunciar palavras que tem eficácia por si . Quem salva e quem liberta é Deus e nós, somente se permanecermos unidos em Deus pela oração. Esta é uma das lições que Jesus noshoje.


O que acontece é que muitas vezes nossa é débil, como a do pai do menino epiléptico e a dos discípulos. Por isso, encontraram dificuldade em libertar os outros de seus males porque confiaram apenas em suas próprias forças. Muitas vezes nos fracassamos, como os discípulos de Jesus, porque confiamos somente nas nossas próprias forças e nos esquecemos de nos apoiar em Deus. O salmista nos convida a voltarmos a nos apoiar em Deus: “Em Vós, Senhor, eu me apoiei desde que nasci, desde o seio materno sois meu Protetor; em Vós eu sempre esperei” (Sl 71,6).


Jesus nos indica dois caminhos para que sejamos fortes diante de qualquer mal: a e a oração inseparáveis. A é onipotente porque nos une ao Onipotente. A nosum poder incrível, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, como podemos verificar na vida de tantos homens e mulheres ao longo da história da Igreja. A nos permite rezar de modo eficaz. Segundo Jesus, a verdadeira faz desaparecer qualquer impossibilidade, faz qualquer um caminhar na vida com serenidade e paz, com alegria profunda como uma criança nas mãos de sua mãe. A verdadeira liberta qualquer um do desapego de todas as coisas. Além disso, é importante para nossa vida comunitária ter em conta que a em Deus nos abre muitas possibilidades e qualidades que estão escondidas e adormecidas. Ao assumir pessoalmente a , começaremos a ser conscientes de nossas grandes reservas humanas, as quais devem ser postas para o serviço aos demais.


A oração, por sua vez, consiste em pensar em Deus amando-o, eleva-nos para o mesmo Deus, a partir de qualquer circunstância. Um aspecto da Natureza ou na sua íntegra pode nos levar a apreciarmos a sabedoria do Criador em criar tudo mesmo que não saibamos do para quê de tudo isso. Mas um sofrimento provocado por grave doença, qualquer crise que nos perturba física e psiquicamente, a traição de um amigo, um insucesso profissional também podem nos levar à Força Superior que é o próprio Deus. A oração nos humaniza e nos faz aceitarmos Deus como Deus. A oração nos coloca no nosso devido lugar como , mas um vivente, pois nele foi soprado o hálito de Deus que faz esse santo (cf. Gn 2,7; Jo 20,22; 1Cor 3,16-17). Nestas circunstâncias pode ser mais difícil elevar-nos para Deus, dar-nos conta do amor com que continua a nos envolver. Mas é possível, se tivermos a atitude do pai de que nos fala o evangelho. Em qualquer circunstância, cada umque dirigir-se ao encontro do Senhor e falar-Lhe com humildade e confiança de nossa situação e falar-Lhe de nossa impotência diante de certas dificuldades encontradas na vida. É a oração que nos permite abrir o cofre dos favores divinos, pois nos põe em contato com o Deus vivo a quem, segundo o ensinamento de Jesus, dizemos: «Faça-se a tua vontade». Este abando a Deus é importante para nós, pois Ele sabe de tudo mais nos convém ou não nos convém. Rezar é, sobretudo, encontrar o acesso a Deus; é ligar a terra ao céu; é unir a força humana e a força divina que resulta no milagre da vida. Somente na oração é que podemos ter força maior para superar as dificuldades de nossa vida.


P. Vitus Gustama,svd

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