sábado, 22 de junho de 2013

OBRAS FALAM DE QUEM AS FAZ
 
Quarta-feira da XII Semana Comum
26 de Junho de 2013
 
Texto de leitura: Mt 7,15-20
 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15 “Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. 16 Vós os conhecereis pelos seus frutos. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas? 17 Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má, produz frutos maus. 18 Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons. 19 Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e jogada no fogo. 20 Portanto, pelos seus frutos vós os conhece­reis”.
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Estamos ainda no Sermão da Montanha (Mt 5-7).  O texto do evangelho de hoje faz parte da conclusão do Sermão da Montanha (Mt 7). O que conta para Deus é o bem que praticamos. O texto do evangelho de hoje serve de verificação para nossas praticas diárias.


Através do evangelho de hoje Jesus quer nos dizer, primeiramente, que não devemos julgar ou avaliar o homem pelas aparências que são frequentemente enganosas. Devemos, ao contrário, avaliá-lo a partir daquilo que ele faz. Nem as palavras, nem as intenções, e sim as práticas. Se as palavras e as intenções seguem uma direção, e a prática outra, a segunda é que revela o coração do homem, suas opções profundas, seus verdadeiros interesses. Por fora, todos podem parecer iguais, mas o interior da pessoa e as obras que fazem diferença. Sabemos que nem tudo o que brilha é ouro.


Jesus é muito realista. Ele dá este critério: “Olhem e vejam como atuam” para saber se são verdadeiros cristãos ou não, se são profetas ou não são profetas. “Pelos frutos vocês vão reconhecê-los”. Qualquer pessoa se manifesta pelo que faz ou pelo modo de viver. Os cristãos são reconhecidos não pelos dons que têm, mas pelos frutos que produzem. Qualidade de um fruto depende da qualidade da árvore. Jesus quer nos dizer para não julgarmos os homens pelas aparências e sim pelo que faz.
 
Através do evangelho de hoje Jesus faz uma advertência sobre o perigo relacionado aos falsos profetas. O evangelista Mateus dá uma norma para sua comunidade a fim de saber reconhecer os falsos profetas: a paciência em esperar os frutos e as obras pelos quais será reconhecido o verdadeiro profeta do falso profeta. A chave para detectar os falsos profetas são suas obras. O verdadeiro profeta é aquele que orienta a comunidade de acordo com a mensagem e a forma de vida de Jesus.
Este critério deve ser aplicado para nós mesmos também: Que frutos produzimos? Que frutos você produz? Dizemos apenas palavras bonitas ou também oferecemos fatos ou obras? De um coração azedo somente produz frutos azedos. De um coração generoso e sereno brotam obras boas e consoladoras. São Paulo na carta aos gálatas escreveu: “As obras da carne são fornicação, idolatria, ódios, discórdia, inimizade, egoísmo, inveja, ciúmes, ira, divisão, rivalidade. Ao contrário, o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, afabilidade, fidelidade, domínio de si mesmo” (cf. Gl 5,19-26). Se nós somos filhos da Verdade e do Amor, então, façamos as obras da Verdade e do Amor e vivamos na sinceridade.
  

A Palavra de Deus hoje nos convida a descermos ao fundo do coração para descobrir nele a nossa maldade ou a nossa bondade; a nossa mentira ou a nossa verdade; nossa veracidade ou nossa falsidade; a nossa esterilidade ou a nossa fecundidade. A Palavra de Deus precisa nos desarmar para nos vermos como somos.



P. Vitus Gustama, SVD

 

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