sábado, 10 de maio de 2014

EU SOU CONHECIDO PELO BOM PASTOR

 
Segunda-Feira Da IV Semana Da Páscoa
12 de Maio de 2014
 

Evangelho: Jo 10,11-18


Naquele tempo, disse Jesus: 11 “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. 12 O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa. 13 Pois ele é apenas um mercenário e não se importa com as ovelhas. 14 Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, 15 assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas. 16 Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. 17 É por isso que o Pai me ama, porque dou a minha vida, para depois recebê-la novamente. 18 Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; esta é a ordem que recebi de meu Pai”.
 

 

Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas”. Esta afirmação de Jesus é dirigida a cada um de nós. Ele é bom porque ele dá o que é mais caro para si: sua própria vida para que os outros possam viver. Jesus é o bom pastor porque se despoja até da própria vida para proteger e defender as ovelhas. Por isso, a qualificação “bom” aqui não tem qualquer valor sentimental: não significa doce, suave que não causa mal algum a ninguém. O “bom” aqui significa o verdadeiro, o autêntico, o corajoso, lutador. Jesus é o Bom Pastor porque o seu amor é tão imenso para conosco que está disposto a sacrificar a sua própria vida.
 
 
Por isso, ser bom é muito mais do que ser educado, muito mais do que ser atencioso, muito mais do que ser gentil, muito mais do que ser pacífico, muito mais do que ser simples e humilde. Eu sou bom na medida em que dou o que é melhor de mim, o que é caro para mim para que o outro possa viver.
 
 
Quem é bom de verdade nunca perguntará quem será beneficiado do meu ato bom. O bom simplesmente brilha como sol com seus raios para todos. Crer em Jesus, o Bom Pastor, aceitar Jesus como o Bom Pastor é um grande compromisso de ser bom na vida, de ser amoroso para com os outros, de ser vida para os demais. Quem tem o coração de verdadeiro pastor não fica fazendo contas: aonde chegam os meus direitos, onde terminam as minhas obrigações. Ele segue uma única lei: o amor. Aquele que não ama, nunca vai entender Jesus e seu amor louco que aceitou morrer na cruz para resgatar a humanidade.
 
Jesus me resgatou sacrificando a própria vida na cruz. E Ele me alimenta renovando seu sacrifício na eucaristia: “Eu sou o pão vivo descido do céu... Quem come minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna. Pois a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida” (Jo 6,51.54-55).


Esta afirmação nos devolve a serenidade perdida, pois, de fato, somos ovelhas do Senhor. A verdadeira serenidade nos envolverá, se aceitarmos humildemente nossa pequenez e nos deixarmos guiar por Deus. Nossa serenidade somente é possível, se começarmos a pensar e a viver a partir de Deus. A partir de Deus saberemos julgar que neste mundo tudo é importante, mas nada é demasiado importante. O único importante é esse Deus em cujas mãos estamos e cuja vida sustenta a nossa. O importante é esse Pastor que nos guia ao Pai. A partir desse Pastor que nos guia, tudo será compreendido de uma maneira nova. Tudo tem saída. Não somos abandonados. Com ele sempre podemos ter esperança e renovar a esperança.


Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem”, diz Jesus, o Bom Pastor (v.14). Aqui “conhecer” não se trata de uma atitude ou atividade intelectual, mas trata-se de uma comunidade de vida baseada no amor; trata-se de uma relação existencial. O verbo “conhecer” envolve o ver, o ouvir, o perceber, o experimentar. 


Jesus Cristo conhece pessoalmente cada um de nós. Ele não conhece como massa de pessoas. Ele conhece cada um em sua integridade. Jesus me conhece na minha integridade, no meu ser, na minha especificidade, na minha estrutura, na minha angústia, no meu medo, nos meus sonhos. O próprio Senhor Deus é a razão de ser mais profunda de minha existência. Se Deus me ama devo também me aceitar a mim mesmo. O Senhor me conhece verdadeiramente, tal como realmente sou, sem aplicar rótulos e categorias. Por isso, ele é a única garantia de que eu posso ser eu mesmo. Essa consciência da origem divina torna-me justamente mais precioso e mais seguro. Certamente nessa dependência reside uma profunda paz que o mundo nunca será capaz de me dar.


Será que sou uma boa ovelha? Será que eu conheço Jesus como meu Bom Pastor?
 
P. Vitus Gustama,svd

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