sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Domingo,04/10/2015
MATRIMÔNIO QUE JESUS QUER

XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO “B”

 

I Leitura: Gênesis 2,18-24


18 O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada.” 19 Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves dos céus, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome. 20 O homem pôs nomes a todos os animais, a todas as aves dos céus e a todos os animais dos campos; mas não se achava para ele uma ajuda que lhe fosse adequada. 21 Então o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar. 22 E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. 23 “Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.”


II Leitura: Hebreus 2,9-11


9 Mas aquele que fora colocado por pouco tempo abaixo dos anjos, Jesus, nós o vemos, por sua Paixão e morte, coroado de glória e de honra. Assim, pela graça de Deus, a sua morte aproveita a todos os homens. 10 Aquele para quem e por quem todas as coisas existem, desejando conduzir à glória numerosos filhos, deliberou elevar à perfeição, pelo sofrimento, o autor da salvação deles, 11 para que santificador e santificados formem um só todo. Por isso, (Jesus) não hesita em chamá-los seus irmãos.


Evangelho: Mc 10,2-16


Naquele tempo, 2 chegaram os fariseus e perguntaram a Jesus, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher. 3 Ele respondeu-lhes: "Que vos ordenou Moisés?" 4 Eles responderam: "Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher." 5 Continuou Jesus: "Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei; 6 mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. 7 Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; 8 e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9 Não separe, pois, o homem o que Deus uniu." 10 Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto. 11 E ele disse-lhes: "Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. 12 E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério." 13 Apresentaram-lhe então crianças para que as tocasse; mas os discípulos repreendiam os que as apresentavam. 14 Vendo-o, Jesus indignou-se e disse-lhes: "Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. 15 Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará." 16 Em seguida, ele as abraçou e as abençoou, impondo-lhes as mãos.
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I. SITUAÇÃO DA MULHER NO TEMPO DE JESUS
     

Na Palestina a estrutura social é patriarcal. O pai é o único que tem direito de dispor, dar ordens, castigar, pronunciar as orações, oferecer os sacrifícios. A mulher judia era considerada em tudo inferior ao homem. Ela pertence completamente ao seu dono: ao pai, se for solteira (o pai pode vender sua filha como escrava quando ela tem entre 6 e 12 ou 12 anos e meio de idade); ao marido, se for casada; ao cunhado solteiro, se for viúva sem filhos (Dt 25,5-10).


No Templo e na sinagoga homens e mulheres ficavam rigorosamente separados: as mulheres sempre em lugares inferiores, secundários. O culto na sinagoga era celebrado apenas caso houvesse ao menos 10 homens. As mulheres não contavam, por mais numerosas que fossem. Em hebraico as palavras: piedoso (hasid), justo (çadiq) e santo (qadosh) não possuem forma feminina.
 

A consciência da superioridade religiosa masculina era muito difundida no tempo de Jesus e das primeiras comunidades cristãs não só entre os judeus, mas também entre gregos e romanos. O homem grego, por exemplo, agradecia aos deuses a sorte de ter nascido ser humano e não animal, grego e não bárbaro, livre e não escravo, homem e não mulher.


E entre os judeus havia um ditado: “Bem-aventurado aquele cujos filhos são homens. Ai daquele cujos filhos são mulheres”. Na oração que os judeus dos séculos I e II d.C faziam na sinagoga, três vezes o homem judeu agradecia a Deus o fato de não ter nascido pagão, escravo e mulher. Rabi Jehuda diz: devem ser feitas três orações diárias: “Bendito seja Deus que não me fez pagão. Bendito seja Deus que não me fez mulher. Bendito seja Deus que não me fez ignorante. Bendito seja Deus que não me fez pagão: porque todas as nações diante dele são como nada (Is 40,17). Bendito seja Deus que não me fez mulher: porque a mulher não está obrigada a cumprir os mandamentos. Bendito seja Deus que não me fez ignorante: porque o ignorante não se envergonha de pecar”.
  

A mulher não recebia instrução religiosa. Supunha-se que fosse incapaz de compreendê-la. Até o Rabi Eliezer, da época de Jesus, dizia: “Quem ensina a Torá à sua filha, ensina-lhe a libertinagem (fará mau uso daquilo que aprendeu). É melhor queimar a Lei santa que entregá-la a uma mulher”. Os rabis não tinham “discípulas”.
   

A mulher não podia atuar como testemunha num tribunal, nem como testemunha de acusação. Apoiando-se em Gn 18,11-15, consideravam que seu testemunho carecia de valor por causa de sua inclinação à mentira.
  

Em relação ao matrimônio, somente o marido tinha direito de romper o matrimônio, exigindo o divórcio. Somente o homem podia ter várias mulheres, e a esposa devia tolerar a existência de concubinas consigo em sua própria casa. É claro que isso era privilégio dos ricos.
  

Se a noiva tinha relações com outro homem era considerada como adúltera, e podia ser castigada com a morte a pedradas; para a adúltera casada reservava-se o castigo do estrangulamento. Para o homem não havia castigo.
   

A sociedade consumista de hoje utiliza a mulher apresentando-a como objeto de atração, sedução, vício etc. e a publicidade ganha com essa degradação, e não poucas mulheres seguem esse caminho que se lhes apresenta como o único possível para realizar-se e triunfar na vida.
     

Lamentavelmente, em não poucos lares cristãos “machistas”, ou em outros lugares marcados pela sociedade “patriarcal” encontra-se ainda que o pai continua sendo “senhor”, o amo, a autoridade indiscutível, o privilegiado. O Papa Francisco escreveu: “Duplamente pobres são as mulheres que padecem situações de exclusão, maus-tratos e violência, porque frequentemente têm menores possibilidades de defender os seus direitos. E todavia, também entre elas, encontramos continuamente os mais admiráveis gestos de heroísmo quotidiano na defesa e cuidado da fragilidade das suas famílias” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium n. 212).


Mas, ao mesmo tempo, louvado seja Deus porque tantas irmãs na fé se dedicam e se doam para trabalhar em várias pastorais e atividades da Igreja. O Papa Francisco escreveu na sua exortação, Evangelii Gaudium:Vejo, com prazer, como muitas mulheres partilham responsabilidades pastorais juntamente com os sacerdotes, contribuem para o acompanhamento de pessoas, famílias ou grupos e prestam novas contribuições para a reflexão teológica. Mas ainda é preciso ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja. Porque o génio feminino é necessário em todas as expressões da vida social; por isso deve ser garantida a presença das mulheres também no âmbito do trabalho e nos vários lugares onde se tomam as decisões importantes, tanto na Igreja como nas estruturas sociais” (n.103). “As reivindicações dos legítimos direitos das mulheres, a partir da firme convicção de que homens e mulheres têm a mesma dignidade, colocam à Igreja questões profundas que a desafiam e não se podem iludir superficialmente” (n.104).
  

II. ATITUDE DE JESUS PARA COM AS MULHERES


Devemos ter presente que os primeiros seguidores do movimento de Jesus foram homens judeus e mulheres judias. Para o Reino de Deus, anunciado por Jesus, todos são convidados: as mulheres e os homens, as prostitutas e os piedosos fariseus. Ninguém é excluído.


Com seu comportamento na vida diária, Jesus se levantou contra esse sistema sociorreligioso, dominante e opressivo contra a mulher. Com sua atuação concreta, Jesus dá à mulher o seu lugar na vida social e religiosa. Para Jesus, a mulher tem a mesma dignidade, categoria e direitos que o homem. Por isso, ele abertamente rejeita as leis e costumes discriminatórios que menosprezam essa dignidade, categoria e direitos, arriscando com isso o seu prestígio e a sua vida.


Jesus admite em sua comunidade homens judeus e mulheres judias(cf. Lc 10,39; 8,1-3) com os mesmos direitos segundo evangelho, de aprender, ser discípulos-discípulas, seguidores-seguidoras de Jesus pelo Reinado de Deus. As exigências e responsabilidades do seguimento são iguais para todos, homens e mulheres.


Que traços da sociedade patriarcal ainda hoje se conservam entre nós? Em quais aspectos trabalhistas, familiares, políticos, religiosos etc. a mulher é discriminada hoje, entre nós ?


III.  JESUS PERANTE O MATRIMÔNIO E O DIVÓRCIO


A Lei permite a possibilidade de um homem repudiar a mulher (mas não vice-versa) e determina que ele lhe dê um documento legal de divórcio, que a deixe livre para se casar (Dt 24,1-4; Jr 3,8). O Deuteronômio dá uma razão geral para o marido divorciar-se da mulher: “Se um homem vier a odiar sua mulher por descobrir nela qualquer coisa inconveniente, escreverá uma letra de divórcio, lha entregará na mão e a despedirá de sua casa” (Dt 24,1). Expressava a superioridade do homem e seu domínio sobre a mulher e refletia a opressão exercida em todos os níveis da sociedade judaica na época.


Questionando Jesus sobre o divórcio, os fariseus se aproximam de Jesus para tentá-lo (cf. 1,13; 8,11.33) e pretendem levá-lo a dizer algo que iria causar conflito com as autoridades em Jerusalém, ou com os romanos pois ambos permitiam a dissolução do casamento; ou então, com a família de Herodes, na qual o divórcio era frequente. Os fariseus querem saber se Jesus diz alguma coisa contra a lei: “É lícito a um marido repudiar sua mulher?” Se responder “sim”, Jesus se mostra como seguidor de Moisés, assim Jesus não será maior que Moisés. Se responder “não”, Jesus estará em oposição à lei de Moisés. Então, será odiado por não respeitar a Lei de Moisés.


Jesus, porém, não está preocupado com a lei que mantém a lógica dominante, que oprime, que marginaliza. Ele mostra que a lei simplesmente cede às conveniências humanas. Ele levanta duas questões: Por que Moisés escreveu tal lei? E será que Moisés a escreveu com intenção de permitir o divórcio? Por isso, Jesus responde: “Foi por causa da dureza do coração de vocês que Moisés escreveu esse mandamento. Mas, desde o início da criação, Deus os fez homem e mulher...os dois serão uma só carne/ser” (vv.6-9).


Para o hebreu, coração significa o centro da pessoa, da sua liberdade, dos seus relacionamentos: lá onde a pessoa se abre e se dá na conversão, no amor e no compromisso. Era esta transformação do coração que os profetas tinham anunciado que iria acontecer no tempo messiânico, quando Deus iria “tirar o coração de pedra e dar um coração de carne” (Ez 36,26-27). A vitória do Reino será justamente a transformação do coração humano. A condição de “dureza de coração” impede que se perceba o valor que cada pessoa tem aos olhos de Deus (3,5); e ela causa cegueira diante da manifestação do Amor de Deus acontecendo em Jesus Cristo (6,52;8,17). Agora ele diz aos fariseus que esta mesma condição pode criar uma incapacidade de realizar o Plano de Deus a respeito do casamento.  Com esta resposta Jesus retoma o projeto original de Deus (cf. Gn 2,24), que a lei contradiz. E nesse projeto original, a união matrimonial é sinal da própria fidelidade de Deus para com seu povo. Jesus invalida a lei porque ela não corresponde à vontade original do projeto de Deus. Na adesão amorosa não existe lugar para leis casuísticas. E pouco ama quem se preocupa com a lei.   


Ao lermos este texto sabemos que Jesus não queria ensinar que o casamento é um simples contrato legal que não pode ser dissolvido. Pois um simples contrato pode sempre ser dissolvido, porque se trata apenas de um acordo entre duas vontades humanas. Jesus vai além disso e mostra que o casamento é mais do que uma lei. Ele é graça de Deus. É uma união de amor. “O amor é o único jogo no qual dois podem jogar e ambos ganharem” (Erma Freesman). “O fundo de uma agulha é bastante espaçoso para um casal que se ama; mas o mundo todo é pequeno para dois inimigos” (Solomon Ibn Gabirol).  É neste nível que o casamento deve ser compreendido, e é neste plano que os esposos devem viver. Jesus dá, então, ao casamento uma dignidade nova.


O MATRIMÔNIO é uma celebração do “Sim” no amor pronunciado oficialmente entre os dois noivos. Neste “SIM” se encontra a chave da felicidade. Neste SIM o esposo se torna o dom para a esposa e vice-versa. Ao dizer “sim” para a esposa, o marido se torna dom de Deus para sua esposa e vice-versa. Os esposos não podem alcançar suas felicidades e plenitudes fora desta verdade que enriquece o sentido de suas liberdades, pois dentro do “Sim” há uma entrega mútua: tornam-se uma só carne. A doação para formar uma só carne é uma oferta pessoal, não se oferecem coisas. Quando o noivo disser SIM à noiva, no sacramento, ele dará o sacramento do matrimonio para ela, e vice-versa.


Mas o “Sim” no casamento não é apenas um ato entre dois, mas triangular; é o Sim dentro de um Sim de Cristo à Igreja (cf. Ef 5,21-33). Este Sim, por isso, não pode ser separado da adesão a Cristo. Por isso, o matrimônio não é um consenso, fruto de mutáveis acordos humanos, mas uma instituição que funda suas raízes no terreno sagrado: a mesma vontade do Criador.
   

O profeta Oséias já havia preparado o caminho com a sua profecia(Os 2,20ss) sobre a profundeza do amor no casamento que se realiza na medida do amor de Deus. Os esposos devem amar-se assim. Devem perdoar como o próprio Deus, que perdoa tudo, e está sempre pronto a começar tudo de novo, e de maneira mais intensa. O casal que ama como Deus ama, tem relacionamento que vem de Deus, e cuja medida é o próprio Deus. Isso salva de toda fraqueza e infidelidade, e dá ao casal a possibilidade de criar um ambiente e uma situação de amor na qual as pessoas se salvam.


Se a instituição do matrimônio é tão ameaçada atualmente, e se muitos jovens não querem comprometer-se no casamento por achar que o amor por uma pessoa até a morte não seja mais possível, talvez porque nossa cultura tenha aspectos que favoreçam a condição de dureza de coração. Valoriza-se a liberdade, mas sem compromissos. Cria-se um conceito da afetividade e sexualidade que é baseado mais no egoísmo do que no respeito pela dignidade do outro, e no espírito de doação.


Hoje sentimos como é necessário ajudar as pessoas a conhecerem a pessoas de Jesus, e a encarar a vida conjugal como uma vocação, ou seja, como um chamamento a viver o Amor do Reino neste estado de vida. Continuamos na obrigação de educar para um amor capaz de assumir compromissos definitivos. Isso se faz para valorizar a confiança mútua, a fidelidade ao outro e a si mesmo, para dar uma chance à felicidade que estava no plano de Deus desde o começo. Não vemos casamento indissolúvel como uma obrigação a ser carregada, mas como um direito que não deve ser sacrificado num mundo que fez do descartável um modo de vida. Responsabilidade, desejo de fidelidade, seriedade na palavra empenhada têm muito a ver com o direito de ser e fazer feliz. Queremos casamento assumido com responsabilidade para mais gente ser feliz.


IV. Para Refletir: Algumas conclusões


1. O sucesso ou a felicidade no casamento não depende do bom parceiro e sim em ser bom parceiro permanentemente. Quando seu coração é bom: Você ajuda o outro muito mais; Você confia muito mais no outro; Você vai dar muito mais o melhor de si para o outro; Você ama e perdoa muito mais o outro.


2. A harmonia no casamento torna grandes pequenas coisas. A falta da harmonia faz coisas grandes destruídas.


3. A principal proposta do casamento cristão é para glorificar Deus e santificar os casais e seus descendentes. O resto é apenas consequência.


4. Você não pode avançar para outro capitulo no seu casamento, se você continuar a reler o mesmo capitulo. O casamento é igual a navegar no alto mar sem bússola. Cada dia tem que aprender o novo jeito de navegar para se salvar.


5. O matrimônio é como uma casa. Uma casa bem cimentada é firme, resistente e durável diante de qualquer tempestade (cf. Mt 7,21-29). Um cimento firme para o matrimônio é o amor. Somente aquilo que fazemos por amor permanece para sempre. As coisas se gastam e envelhecem; as modas passam; os costumes se sucedem, mas o amor permanece, pois “Deus é amor” (1Jo 4,8.16). Somente quando amamos é que somos felizes. E quando somos felizes, o resto se tornará mais fácil, e ganharemos novas forças para superar as dificuldades e para carregar o que é insuportável quando não há amor no coração. O amor é o derradeiro e mais alto objetivo a que o homem pode aspirar. A salvação do homem é através do amor e no amor. A salvação de um casamento é através do amor e no amor.


6.O amor verdadeiro não olha para o ter e sim para o ser; não olha para a aparência e sim para a verdade; não olha para a beleza exterior e sim para a beleza do coração. Não é por acaso que o Livro do Provérbio diz: “Guarda teu coração acima de todas as outras coisas porque dele brotam todas as fontes de vida” (Pr n 4,23). O amor opera grandes transformações. A escuridão se transforma em luz, a solidão em comunhão, o Eu em Nós, o Éros em Ágape, o humano em divino, a família humana em família divina.


7. As pessoas se casam para formar uma família onde cada membro é preparado para entrar na sociedade maior. A família é o ambiente em que cada um aprende a dar e a receber o amor, a sacrificar pelo outro, a ser solidário com o outro, a carregar juntos o fardo que se encontra na caminhada, a perdoar mutuamente pelas ofensas que muitas vezes são frutos não da maldade, mas das limitações naquele momento em que elas ocorreram. A linguagem da fé de cada cristão se aprende no lar. A fé e a ética cristã se aprendem no lar que vão marcar a vida de cada membro para o resto da vida. Nenhum de nós adquiriu por si só os conhecimentos básicos para a vida. Cada um recebe de outros, principalmente da família, a vida e as verdades básicas para viver uma vida sadia pessoal, social e comunitariamente.


8. O lar que dá espaço para Deus (funda sobre a rocha) se torna a morada de Deus. E Deus dá o brilho por dentro a família. Quando nosso brilho vem do interior, aquece a família inteira, preenchendo-a de uma paz e de uma suavidade que serão sentidos por todos que nela entram.

P. Vitus Gustama,svd

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