quarta-feira, 31 de julho de 2019

Domingo,04/08/2019
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SABER PARTILHAR É SER IRMÃO DO PRÓXIMO E SER RICO DIANTE DE DEUS
XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM “C”


I Leitura: Ecl 1,2;2,21-23
2 “Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade”. 2,21 Por exemplo: um homem que trabalhou com inteligência, competência e sucesso, vê-se obrigado a deixar tudo em herança a outro que em nada colaborou. Também isso é vaidade e grande desgraça. 22 De fato, que resta ao homem de todos os trabalhos e preocupações que o desgastam debaixo do sol? 23 Toda a sua vida é sofrimento, sua ocupação, um tormento. Nem mesmo de noite repousa o seu coração. Também isso é vaidade.


II Leitura: Cl 3,1-5.9-11
Irmãos: 1 Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; 2 aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3 Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. 4 Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória. 5 Portanto, fazei morrer o que em vós pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é idolatria. 9 Não mintais uns aos outros. Já vos despojastes do homem velho e da sua maneira de agir 10 e vos revestistes do homem novo, que se renova segundo a imagem do seu Criador, em ordem ao conhecimento. 11 Aí não se faz distinção entre judeu e grego, circunciso e incircunciso, inculto, selvagem, escravo e livre, mas Cristo é tudo em todos.


Evangelho: Lc 12,13-21
Naquele tempo, 13 alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”. 14 Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?” 15 E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. 16E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17 Ele pensava consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. 18 Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19 Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’ 20 Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda esta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’ 21 Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”.    
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Ser Nova Criatura Em Jesus Cristo


Continuamos a acompanhar as Lições do Caminho do Evangelho de Lucas (Lc 9,51-19,28) dadas por Jesus na sua viagem sem volta da Galileia para Jerusalém, pois lá em Jerusalém Ele será crucificado e morto. Com efeito, a vida é uma caminhada sem volta. Nunca para trás, mas sempre para frente. A história do homem é estruturada com base no esquema da peregrinação, no sentido de saída de Deus e retorno a Deus em uma relação entre a eternidade e o tempo, entre o céu e o mundo. Sair de si para voltar a Deus não é apenas remontar às origens, mas também e principalmente progredir em novidade e em crescimento. Caminhar é renovar e inovar.


O evangelista Lucas não tem pressa de contar a chegada de Jesus em Jerusalém, pois ele se concentra em apresentar as últimas lições de Jesus para seus discípulos que vão continuar sua missão neste mundo. A lição dada por Jesus no texto de hoje é a lição sobre o uso dos bens materiais neste mundo e o perigo no seu abuso: a avareza.


A Primeira Leitura deste Domingo começa com a célebre reflexão, tantas vezes, repetida: “Vaidade das vaidades, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade. ... De fato, que resta ao homem de todos os trabalhos e preocupações que o desgastam debaixo do sol?”. Vivemos na permanente tentação: Podem-se ter muitas coisas, mas estar vazio por dentro. Pode-se ser rico humanamente e espiritualmente pobre. O egoísmo de acumular e encher os próprios celeiros com os bens materiais pode nos deixar vazios diante de Deus, como enfatiza o Evangelho deste Domingo.


A vaidade consiste na distância existente entre o ideal do homem e as realizações para as quais ele chega. O coração do homem experimenta um desejo do absoluto que nunca chega a satisfazer neste mundo.


Isto não é uma consequência do pecado e sim simplesmente a expressão da limitação humana. Hoje se chama à vaidade o absurdo ou a ambiguidade. Tomar uma decisão e não poder dar-lhe a solução melhor; buscar e não poder alcançar jamais a verdade absoluta; trabalhar para o futuro e vê-lo em mãos dos que vem destruir tudo. A vaidade se converte na falta do homem que desconhece os limites e equívocos que se impõem a seu esforço. A vaidade é a loucura humana que não conta com a morte e se encontra, desta maneira, brutalmente ridiculizada por ela: “Louco! Ainda esta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?” (Lc 12,20).


Com o texto da Segunda Leitura, começa a seção parenética da Carta de São Paulo aos Colossenses. Nesta seção, como em outras, são abordados temas da ética e moral cristã. É claro que são Paulo espera dos crentes uma maneira concreta de viver sua fé. Como fundamento da conduta cristã é apresentada a vida nova do homem em Cristo, procedente de sua união com o Morto e Ressuscitado por eles. Trata-se, no fundo, de viver o que se é. É procurar reproduzir a imagem do Ressuscitado na conduta de todos os dias. É conhecer Jesus Cristo biblicamente: o estar em Cristo, unidos com Ele, ser membros seus. Tudo isto tem exigências não exatamente morais e sim ontológicas. Se um é filho de alguém, viverá como filho de quem é. O cristão é aquele que vive e age conforme Cristo. Esta é a razão de viver de um modo determinado.


A expressão “nova condição” (cf, Ef 2,15; 4,24) é claramente a transformação pelo ou no Batismo, que implica um novo começo. Já no AT há temas afins a este: a renovação pelo espirito (Ez 36,22s); a nova forma de ser (Ez 18). O homem chega a ser um novo homem, um novo Adão (1Cor 15,45), uma nova imagem de Deus (Cl 1,15). Por isso, não tem sentido a diversidade de raças/etnias, de formas de ser ou pensar, já que tudo é Cristo: “Aí não se faz distinção entre judeu e grego, circunciso e incircunciso, inculto, selvagem, escravo e livre, mas Cristo é tudo em todos” (Cl 2,11). O que Coelet ou Eclesiastes ansiava (Primeira Leitura) se faz realidade no fato de Jesus: ele associa ao que crê n´Ele a uma novidade radical. Aquele que nao se deu conta ainda da novidade de seu próprio Batismo é como um cristão de alma velha.


Aqui temos uma fórmula conscisa e clara do que significa o Batismo: Cristo tudo em todos, “Cristo é tudo em todos” (cf. 1Cor 12,13; Gl 3,28). Não é que o novo tipo de vida que Cristo instaura faça desaparecer as antigas categorias, e sim que estas deixam de ser o determinante e exclusivo para o homem.


Se não experimentarmos esta novidade é porque não decidimos ainda romper com as obras da velha condição humana. Tudo o que significa romper e rasgar produz dor, mas é a única forma de criar a vida.


Lucas e Os Bens Materias


Um dos temas prediletos do Evangelista Lucas é a advertência sobre o perigo dos bens materiais quando não são usados como meio e sim como fim.


Para Lucas, todos os bens deste mundo pertencem a Deus e eles são bons e necessários e devemos desfrutá-los como um presente de Deus que os criou para nosso bem enquanto estivermos neste mundo. O dono de todos os bens continua sendo o Deus-Criador. Temos apenas o direito de uso enquanto estivermos neste mundo. Quando terminar nossa passagem deste mundo, ficará aqui; nada é levado materialmente. O dinheiro é um bem desejável, um meio para conseguir coisas necessárias à vida. Mas sendo um “bem”, facilmente se deseja mais e mais dinheiro, muitas vezes de maneira injusta o que causa a concentração dos bens nas mãos de poucas pessoas.


A atitude crítica diante dos donos dos bens materiais é muito radical em Lucas. A bem-aventurança dos pobres em Lucas é completada com os quatro “ais” sobre os ricos (Lc 6,24). Só Lucas usa a expressão “Mamon (Dinheiro) de iniquidade” (Lc 16,9). E quando se trata de abandonar os bens ou vendê-los e dá-los aos pobres Lucas usa o termo “tudo”: deve-se deixar “tudo” (Lc 5,11.28), deve-se renunciar a “tudo” (Lc14,33;18,22). Somente em Lucas encontram-se as parábolas sobre o perigo das riquezas ou da acumulação dos bens (Lc19,16-31;12,16-21;16,1-9). A riqueza e a cobiça dos bens temporais sufocam o crescimento da semente da Palavra de Deus. A passagem do Evangelho deste domingo está dentro deste tema.


O Texto Do Evangelho e Sua Mensagem


O texto do Evangelho deste Domingo pode ser dividido em três partes: vv. 13-14 falam de alguém que pede a Jesus que resolva o problema de herança; v.15, uma sentença de Jesus sobre os perigos da avareza; e vv.16-21: uma parábola que serve para exemplificar o sentido da sentença de Jesus.


Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo” é a pergunta de alguém do meio da multidão dirigida a Jesus.


As leis de herança entre os judeus eram determinadas pela Torá (cf. Nm 27,28ss; Dt 21,17), e por isso o doutor da lei era o homem capaz de dirimir questões de herança, já que era, ao mesmo tempo, jurista e teólogo. Segundo as tradições jurídicas judias (especialmente numa família camponesa), o filho mais velho tinha direito a 2/3 dos bens móveis da casa paterna, além de herdar a casa e o campo.


Jesus recusa exercer a função de juiz na divisão da herança daqueles irmãos: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?”.   A missão de Jesus é outra. Sua vida estava plenamente dedicada ao anúncio do Reino de Deus pela salvação da humanidade.


O choque entre dois irmãos pela repartição da herança depende, em última análise, da avareza insaciável do homem: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. Qualquer desejo de aumentar os bens materiais sem necessidade é julgado por Jesus como um perigo, do qual os discípulos se devem precaver. A ganância ou a cobiça traz sempre consigo a ilusão de que, pelas posses e pela abundância, a vida se torna segura. Temos que ter uma plena consciência de que a vida é um presente de Deus e não fruto dos bens ou da abundância em bens terrenos e em riquezas. Não é o homem que dispõe da vida e sim o próprio Deus.


Para Jesus, enquanto houver pobres, a riqueza não se justifica. Ele não pretende fazer com que os ricos fiquem pobres a fim de que os pobres se enriqueçam, pois a situação continuaria sendo injusta. Surgiriam novos opressores. Jesus se dirige a ricos e pobres para convidá-los à “conversão” para a alternativa que Jesus propõe: partilhar (que é a alma do projeto de Deus: Deus se doa) o que se tem com irmãos, filhos do mesmo Pai celeste que o necessitam (cf. Mt 25,31-46). Mesmo que isso nos leve a deixar de ser “ricos”. No dia do julgamento o Filho do Homem não perdoará ao que lhe negou o pão ou a água (cf. Mt 25,40.45). Como alerta São Tiago: “Será julgado sem misericórdia quem não fez misericórdia” (Tg 2,13).  Ninguém é pobre quando sabe amar.


Quando avançamos na idade até chegar para a nossa velhice começaremos a perceber que a avareza não tem nenhum sentido para nossa vida. Desfrutaremos muito pouco quando ficarmos idosos mesmo que tenhamos bastantes recursos. Tudo que se adquire aqui neste mundo vai ficar aqui neste mundo. Tudo é emprestado para nós. Ficar apegado aos bens materiais não vale a pena. Um dia seremos obrigados a largar tudo pela força da lei igual a todos: a morte. Necessitamos de alguém com quem conversar. Precisamos de companhia de um ser humano. Temos que gostar de gente usando os bens, e não usar as pessoas em função dos bens. Todos os bens materiais continuam sendo alheios a nós. Consequentemente, eles nunca serão nossos amigos. Por isso, não basta possuir coisas materiais e fruir delas dentro dos limites da moderação imposta pela ordem racional; temos de ser capazes de nos elevar acima de toda alegria e ultrapassar toda posse para podermos chegar à pura posse e à pura alegria de Deus.


Sabemos muito bem de que o ser humano tende por natureza ao desenvolvimento de si mesmo e, como garantia deste direito, ele procura apropriar-se das coisas que o rodeiam, no intuito de utilizá-las. Trata-se de uma aspiração legítima. É bem verdade, está claro, que as criaturas de Deus são boas e que o uso moderado que delas fazemos nos leva à união mais íntima com Deus. É também verdade que os que estão mais intimamente unidos a Deus e desapegados do próprio eu exterior são capazes de saborear a mais pura alegria na beleza das coisas criadas, a qual não mais é obstáculo à luz de Deus. Mas, se a cobiça dos bens for exagerada, excessivo o apego a eles, doentia a afeição pelas coisas e a sua posse não tiver o caráter de meio, impondo-se tiranicamente como um fim, então a pessoa não estará mais exercendo um direito, mas sendo vítima de um vício hediondo: a avareza. Por isso, não basta possuir coisas materiais e fruir delas dentro dos limites da moderação imposta pela ordem racional; temos de ser capazes de nos elevar acima de toda alegria e ultrapassar toda posse para podermos chegar à pura posse e à pura alegria de Deus.


A avareza é, na verdade, um desvio do significado de infinito, uma transposição do absoluto para o que é relativo; ela consiste em acreditar que a riqueza não é um meio para se servir, mas a própria razão de ser da vida. Tudo que amamos por causa de nós mesmos, fora de Deus, só cega nosso intelecto e paralisa nosso julgamento sobre os valores morais; vicia nossas opções, de maneira que não podemos distinguir com nitidez o bem do mal nem saber qual é a vontade de Deus. Quando amamos e desejamos as coisas por elas mesmas, ainda que tenhamos o conhecimento dos princípios morais gerais, não os sabemos aplicar. A avareza obscurece nossas visão das coisas e da vida.


O avarento é vítima de um prazer em possuir as coisas que jamais será satisfeito, mas o estimulará cada vez mais numa espiral sem fim. A satisfação em possuí-las é tão grande que até torna o medo de perdê-las maior que o desejo de aumentá-las. Está tão apegado a elas que, para não se desprender delas, ele até renuncia à possibilidade de multiplicá-las através de investimentos. Ele considera os bens que possui como parte da sua existência, sentindo sua perda ou o desprender-se deles como uma amputação. Ele sacrifica qualquer satisfação da vida ao prazer de contemplar sua riqueza, impondo a si próprio sacrifícios na alimentação, renunciando ao prazer das viagens etc. Ele seria capaz de morrer de fome só para ter à sua disposição os bens necessários para não morrer de fome num amanhã que ele não irá ver. Esta é uma lógica para se viver mal e morrer pior ainda.


Para exemplificar o sentido de sua sentença, Jesus conta uma parábola (vv.16-21). O rico produtor de trigo, que acredita que não terá necessidade, por muitos anos, de temer insucessos de colheita é um tolo/insensato. Biblicamente o tolo/insensato é um modo de falar de um homem que praticamente renega Deus (Sl 14,1). Ele não conta com Deus nem vê a ameaça de morte. É o homem que põe toda sua confiança num falso fundamento. Um projeto de vida fundamentado na acumulação dos bens não tem solidez, porque a fonte da vida não está nos bens e a sua segurança não é proporcional à posse. O homem fechado a Deus e aos outros na sua solidão é destituído daquela lucidez que permite acolher as exatas proporções da realidade. O teor de sua advertência através desta parábola mostra que Jesus considera como perigo ameaçador, não a morte imprevista do indivíduo (porque morrer é algo universal a que todos nós teremos de chegar), mas a catástrofe e o julgamento escatológicos que estão às portas. Por isso, deve-se ler essa parábola dentro do contexto do fim dos tempos. Jesus espera que apliquemos a conclusão à nossa situação: seremos insensatos como o rico tolo ameaçado de morte, se formos avarentos.


Somos convidados ao despojamento (kénosis). Ele é todo um empenhamento para dar lugar à riqueza do poder da graça de Deus, a fim de nos tornarmos imunes contra as ciladas do orgulho e da avareza. Enquanto o despojamento não tiver ocupado o nosso coração, o desapego do nosso egoísmo, da nossas presunção e da ânsia de possuir, poderá tornar-se momentaneamente penoso e cansativo. Mas se, ao contrário, o despojamento se transformará num processo curativo, libertador e generoso. Por ter experimentado o despojamento São Paulo chega a dizer: “Mas tudo isso, que para mim era lucro, reputei-o perda por Cristo...Por Ele, tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo...Não que eu já tenha alcançado a meta, ou que já seja perfeito, mas prossigo a minha carreira para ver se de algum modo a poderei alcançar, visto que já fui alcançado por Jesus Cristo” (Fl 3,7-12).  O homem que se deixa conquistar pelo despojamento de Cristo, deixa de estar alienado ou agarrado a qualquer coisa, sentindo-se, pelo contrário, livre em Cristo pelo seu Evangelho. O despojamento torna-se, então, um encontro libertador consigo próprio, com Deus e com o próximo.


O homem é sempre tentado a buscar sua salvação nos bens, a pôr nas riquezas sua segurança. O cristão deve estar vigilante contra essa tentação insidiosa /cheia de ciladas. Os bens não asseguram nem a mesma vida, menos ainda a salvação. O homem da parábola dialoga consigo mesmo. Este diálogo falha na ordem de salvação. Faltam-lhe interlocutores. Não intervém Deus. Não intervêm os demais homens, pois esse homem fala consigo próprio.


Ser rico diante de Deus significa dar importância àquelas coisas que levaremos conosco na morte: as boas obras, a caridade praticada na verdade, a solidariedade, a partilha e assim por diante. É saber compartilhar com os outros nossos bens que é uma riqueza que vale diante de Deus.
  • "O avarento vive sempre na pobreza." (Horácio)
  • "Ser avarento é pior do que ser pobre." (Textos Judaicos)
  • "A avareza é um tirano bem cruel; manda ajuntar e proíbe o uso daquilo que se junta; visita o desejo e interdiz o gozo." (Plutarco)
  • "A avareza perde tudo ao pretender ganhar tudo." (Jean de La Fontaine)
  • Um homem que trabalhou com inteligência, competência e sucesso, vê-se obrigado a deixar tudo em herança a outro que em nada colaborou (Ecl 2,21).
P. Vitus Gustama,svd

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