segunda-feira, 23 de setembro de 2019

27/09/2019
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JESUS NOS INTERROGA SOBRE QUEM ELE É PARA NÓS
Sexta-Feira da XXV Semana comum


Primeira Leitura: Ageu 1,5b-2,9
1,15b No segundo ano do reinado de Dario, 2,1 no dia vinte e um do sétimo mês, fez-se ouvir a palavra do Senhor, mediante o profeta Ageu: 2 “Vai dizer a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote, e ao resto do povo: 3 Há dentre vós algum sobrevivente que tenha visto esta casa em seu primitivo esplendor? E como a vedes agora? Não parece aos vossos olhos uma sombra do que era? 4 Mas agora, toma coragem, Zorobabel, diz o Senhor, coragem, Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote; coragem, povo todo desta terra, diz o Senhor dos exércitos; ponde mãos à obra, pois eu estou convosco, diz o Senhor dos exércitos. 5 Eu assumi um compromisso convosco, quando saístes do Egito, e meu espírito permaneceu no meio de vós: não temais. 6 Isto diz o Senhor dos exércitos: Ainda um momento, e eu hei de mover o céu e a terra, o mar e a terra firme. 7 Sacudirei todos os povos, e começarão a chegar tesouros de todas as nações, hei de encher de esplendor esta casa, diz o Senhor dos exércitos. 8 Pertence-me a prata, pertence-me o ouro, diz o Senhor dos exércitos. 9 O esplendor desta nova casa será maior que o da primeira, diz o Senhor dos exércitos; e, neste lugar, estabelecerei a paz, diz o Senhor dos exércitos.


Evangelho: Lc 9,18-22
Aconteceu que Jesus 18 estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” 19 Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. 20 Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. 21 Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. 22 E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.
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Deus Está Sempre Conosco: Não Tenhamos Medo!


Coragem, povo todo desta terra, diz o Senhor dos exércitos; ponde mãos à obra, pois eu estou convosco”.


A Primeira Leitura de hoje fala do oráculo do profeta Ageu que aconteceu em 17 de outubro de 520 a.C comparando-se com o templo anterior destruído há quase 70 anos: “No dia vinte e um do sétimo mês, fez-se ouvir a palavra do Senhor, mediante o profeta Ageu”.


Coragem, povo todo desta terra, diz o Senhor dos exércitos; ponde mãos à obra, pois eu estou convosco”. O profeta Ageu continua animando os que voltaram do desterro que estão começando a construir oTemplo de Jerusalém. O fundamento para continuar a obra é a presença do Senhor e de seu Espirito no meio deles, uma vez que continuam a ser fieis à Aliança estabelecida com o Senhor. Por causa da presença permanente do Senhor no meio do povo, o profeta pede-lhes que deixem de lado todo tipo de medo. Neste segundo Templo reinará a paz.


O profeta recorda aos que voltaram da Babilônia (desterro) que Deus continua a estar presente tanto quando libertou os hebreus do Egito como agora, na volta do desterro: “Eu assumi um compromisso convosco, quando saístes do Egito, e meu espírito permaneceu no meio de vós: não temais” (Ageu 1,5). Além da promessa de sua companhia permanente, Deus lhes promete o futuro melhor do que o passado: “O esplendor desta nova casa será maior que o da primeira” (Ageu 1,9). Este Templo será menos esplendoroso do que o Templo de Salomão, porém continua sendo o melhor símbolo da Aliança entre um Deus próximo e um povo que prometeu viver segundo a vontade de Deus.


Há dentre vós algum sobrevivente que tenha visto esta casa em seu primitivo esplendor? E como a vedes agora? Não parece aos vossos olhos uma sombra do que era?”, disse o Senhor através do profeta Ageu.


Deus é realista. Ele não pede nunca que fechemos os olhos diante das dificuldades. Mas temos que olhar para frente. O passado está tão longe, tão acabado. Como se hoje Deus nos dissesse: “Deixe de olhar para a Igreja de ontem. Vamos, ânimo! Construa a Igreja dos séculos futuros! Prepare as futuras gerações! Nunca devemos ser enganados pelos malfeitores, nem vencidos pela indolência em nossa missão de testemunho cristão.


Temos que escutar permanentemente as palavras de alento do profeta Ageu: “Ânimo, povo inteiro! Não temais! Deus está convosco e voltará a encher de glória este templo!”. A Igreja de Jesus tem futuro. Seu Espírito continua inspirando e animando a Igreja.


Não esqueçamos de que as piores provações inspiram os maiores milagres. Os obstáculos podem transformar-se em êxitos, conforme sejam nossos pensamentos interiores e nossa boa vontade. Diante de um muro, temos duas opções: parar ou escalar. Ao escalar o muro, oferecemos a nós mesmos perspectivas novas. O muro escalado nos permite vermos mais e mais longe. Sem muros escalados em nossa vida, quantas descobertas perderemos na nossa vida e no nosso crescimento? Nenhuma provação nos deixa sem novas descobertas quando tivermos coragem de atravessar as dificuldades que no início pareciam insuperáveis. O que mais influencia nossos limites é a nossa maneira de pensar. Ninguém poderá andar para a frente, proibindo-se de cair. Ninguém tem poder de nos ajudar mais ou de nos prejudicar mais do que nós mesmos. Nem sempre o medo prejudicial. Tudo depende do uso que fazemos dele. Há medos que paralisam para sempre, outros que desafiam nossa vontade de nos superar, quando ousamos ter esperança.


Coragem, povo todo desta terra, diz o Senhor dos exércitos; ponde mãos à obra, pois eu estou convosco”. Este é o grande recado do profeta Ageu para nós hoje!


Quem É Jesus Para Mim? Quem Sou Eu Para Jesus?


O evangelista Lucas volta ao tema do evangelho do dia anterior sobre a identidade de Jesus (cf. Lc 9,7-9). No texto do evangelho do dia anterior o interessado por saber quem era Jesus foi Herodes Antipas, filho do rei Herodes, o Grande. No texto do evangelho de hoje é o próprio Jesus quem dirige a pergunta a seus discípulos. Quem é Jesus para as pessoas em geral e quem é Jesus para os próprios discípulos?


A resposta do povo é múltipla: Elias, João Batista, um profeta que ressuscitou. Segundo os discípulos Jesus é o Messias. “Messias” é palavra hebraica que é em grego “Christos” que significa “Ungido”. Jesus é o Ungido de Deus, ou seja, Aquele sobre quem Deus derramou seu Espírito, ungindo-o com Sua força para que leve a cabo uma missão. Jesus está totalmente aberto à vontade de Deus a ponto de o Espírito divino repousar sobre Ele (cf. Lc 3,21-22; Mt 3,16-17) e se deixa guiar completamente pelo mesmo Espírito (cf. Mc 1,12).


Mas que tipo de Messias Jesus é? Estamos aqui no centro da fé: crer em um Messias que será crucificado. A cruz de Jesus não é um incidente e sim uma conseqüência. A presença de Deus se manifesta no caminho da cruz, isto é, na entrega de si mesmo, na recusa de toda imposição, no amor que aceita ser contradito e aparentemente derrotado: “É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar”.


Mas a cruz de Jesus é saborosa, pois trata-se de uma vida vivida até o fim por amor aos homens como manifestação do amor a Deus (cf. Jo 3,16). Por isso, na sua cruz vemos com clareza o amor de Deus por cada um de nós. Deus encarnado é capaz de tudo, até o impossível, pois cada um tem um valor incalculável diante de Deus. Por você e por mim Deus se encarnou em Jesus e por amor a nós todos Jesus aceitou ser crucificado (cf. Mt 8,17; Jo 3,16). O caminho do amor é o caminho que nos leva à salvação. Fora do amor não há a salvação independentemente de nossas práticas religiosas. Por este caminho (amor) não há outro caminho para chegar até Deus que é Amor por excelência (1Jo 4,8.16).


O amor transforma tudo. Com amor levamos a carga sem carga, pois o amor torna tudo leve. O amor faz doce e saboroso o que é amargo. O amor nobre de Jesus nos impulsiona a desejar sempre o mais perfeito e a fazer o bem para todos. O amor não é detido por qualquer coisa deste mundo. O amor quer ser livre. Não há nada que seja mais doce, mais forte, mais alto, mais alegre, mais humano e mais divino do que o amor, pois o amor nasce de Deus, pois “Deus é amor” (1Jo 4,8.16). O amor sempre vela, e dormindo não se dorme; fatigado, não se cansa; angustiado, não se angustia; espantado, não se espanta; é forte na sua fraqueza.


A pergunta de Jesus é repetida para nós em todos os momentos: “Quem é Jesus para nós?”. Não se trata de uma pergunta supérflua. É claro que “sabemos” já quem é Jesus. Não somente cremos em Jesus como o Filho de Deus e Salvador da humanidade, mas queremos segui-Lo com fidelidade na vida de cada dia. Mas temos que refrescar ou renovar com freqüência esta convicção, pensando se realmente nossa vida está orientada para Ele, se nossas opções de cada dia estão de acordo com seus critérios. Quem é Jesus para mim agora, nesta etapa concreta da vida que estou vivendo? Não podemos responder a esta pergunta com palavras magistrais nascidas do estudo. Nossa resposta deve ser muito simples, nascida da vida de cada dia com o próprio Senhor.


O segundo ponto que Lucas quer nos transmitir através do texto do evangelho de hoje é a importância da oração. Lucas nos mostra Cristo em oração toda vez que ele toma uma decisão importante ou quando se compromete em uma etapa de sua missão (Lc 3,21; 6,12; 9,29; 11,1; 22,31-39). Lucas é o único evangelista que menciona a oração de Cristo antes de obter a profissão de fé nos seus e de anunciar-lhes sua Paixão. Assim cabe pensar, como em cada uma das demais circunstâncias mencionadas por Lucas, que Jesus reza pelo cumprimento de sua missão cujos contornos ele não vê mais que na obscuridade. Através da oração vemos a realidade da humanidade de Jesus. “Para ser um bom orador é necessário ser um bom orante”, dizia Santo Agostinho (De doc. christ. 4,15,32).


Se a oração de Jesus demonstra a realidade de sua humanidade, não deixa de ser um sinal de sua divindade. Que Jesus pode reunir em sua oração a profundidade de sua pessoa, onde se estabelece sua vocação como o Ungido de Deus, é o indício de que dispõe do Espírito do Pai. Com feito, a oração não é um discurso que se dirige a Deus como um objeto e sim ter Deus por sujeito que conhece a profundidade de nosso ser. Não podemos alcançar esta profundidade sem a ajuda do Santo Espírito (cf. Rm 8,26-27). Do ponto de vista humano podemos dizer que somente aquele que reza profundamente é que reconhece os próprios limites e fraquezas, pois diante de Deus tudo fica iluminado. Rezar é deixar Deus iluminar nossa vida e nossas decisões de cada dia. Com efeito, sem oração a vida se torna escura. Quem não reza, obscurece a própria vida. A história de nossa oração é a história de nossa vida, pois na oração contamos para Deus tudo o que acontece na nossa vida embora Ele saiba de tudo. Erraremos o caminho se pararmos de orar, pois Deus é a Luz de nossa vida (Jo 8,12).


“Mas para vós, quem sou Eu?”. A pergunta sobre Jesus é a pergunta sobre nós mesmos. É uma pergunta fundamental, porque implica a nossa própria identidade cristã. Jesus agora não pede uma opinião, mas uma opção; não uma teoria, mas uma confissão; não uma conclusão de um discurso, mas uma tomada de posição, porque a questão: “O que significa seguir a Jesus” não pode ser separada da questão sobre a identidade de Jesus: “Quem é Jesus(para mim)?” A resposta do povo já não serve. A pergunta exige uma resposta sem meias-palavras. A pergunta exige uma tomada de posição. Estar com Jesus em pessoa não era suficiente. Ter o conhecimento da multidão não era suficiente. É necessário que seja Deus quem nos revele a cada um o conhecimento da verdadeira identidade de Jesus.


Jesus continua dirigindo esta pergunta à Igreja e aos cristãos de todos os tempos. Todos são chamados a não contentar-se com uma opinião, uma teoria, um curso, uma pesquisa ou uma doutrina a respeito de Jesus, por nova e moderna que ela seja. Podemos até perguntar se temos realmente consciência da importância e da seriedade de nossa fé no Deus que Jesus Cristo nos revelou.
 
P. Vitus Gustama,svd

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