sábado, 12 de outubro de 2019

17/10/2019
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SER VERDADEIRO CRISTÃO É SER JUSTO E PURO DE CORAÇÃO
Quinta-Feira da XXVIII Semana Comum


Primeira Leitura: Rm 3,21-30
Irmãos, 21 agora, sem depender do regime da Lei, a justiça de Deus se manifestou, atestada pela Lei e pelos Profetas; 22 justiça de Deus essa, que se realiza mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que têm a fé. Pois diante desta justiça não há distinção: 23 todos pecaram e estão privados da glória de Deus, 24 e a justificação se dá gratuitamente, por sua graça, em virtude da redenção realizada em Jesus Cristo. 25 Deus destinou Jesus Cristo a ser, por seu próprio sangue, instrumento de expiação mediante a realidade da fé. Assim Deus mostrou sua justiça em ter deixado sem castigo os pecados cometidos outrora, 26 no tempo de sua tolerância. Assim ainda ele demonstra sua justiça no tempo presente, para ser ele mesmo justo, e tornar justo aquele que vive a partir da fé em Jesus. 27 Onde estaria, então, o direito de alguém se gloriar? — Foi excluído. Por qual lei? Pela lei das obras? — Absolutamente não, mas, sim, pela lei da fé. 28 Com efeito, julgamos que o homem é justificado pela fé, sem a prática da Lei judaica. 29 Acaso Deus é só dos judeus? Não é também Deus dos pagãos? Sim, é também Deus dos pagãos. 30 Pois Deus é um só.


Evangelho: Lc 11,47-54
Naquele tempo, disse o Senhor: 47Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram. 48 Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos. 49 É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles, 50 a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, 51 desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo: serão pedidas contas disso a esta geração. 52 Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar”. 53 Quando Jesus saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal, e a provocá-lo sobre muitos pontos. 54 Armavam ciladas, para pegá-lo de surpresa, por qualquer palavra que saísse de sua boca.
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Deus é Justo Para Todos


Diante da justiça de Deus não há distinção: todos pecaram e estão privados da glória de Deus, e a justificação se dá gratuitamente, por sua graça, em virtude da redenção realizada em Jesus Cristo”, escreveu são Paulo aos Romanos que lemos na Primeira Leitura de hoje.


Esta é a tese que São Paulo vai repetindo na sua Carta aos Romanos, e o mesmo tema podemos encontrar na Carta aos Gálatas. Para ele, todos nós somos pecadores e somos salvos gratuitamente por Deus em Jesus Cristo, por um puro amor: “Todos pecaram e estão privados da glória de Deus, e a justificação se dá gratuitamente, por sua graça, em virtude da redenção realizada em Jesus Cristo”. Para São Paulo não há como o homem se salva com os próprios recursos. O homem que somente confiar nos próprios recursos sem contar com Deus, um dia conhecerá a amargura de uma queda. Para ser salvo e se manter na graça, o homem precisa da intervenção prodigiosa do Deus Pai de Jesus Cristo.


Todos pecaram e estão privados da glória de Deus, e a justificação se dá gratuitamente, por sua graça, em virtude da redenção realizada em Jesus Cristo”. Também nós devemos nos sentir perdoados por Deus, salvos gratuitamente por Ele em Jesus Cristo morto e ressuscitado por nós. Não creiamos que tenhamos direito à salvação por nossas “obras meritórias”. A salvação não se compra a base de boas obras. Esta boas obras temos que fazê-las, mas não são as que nos salvam a modo de paga. Fazemos boas obras como expressão de nossa gratidão a Deus que nos ama e salva gratuitamente e não para comprar “bilhete” para poder entrar no céu. A bondade sempre atrai a bondade. O amor atrai o amor. Tanto “judeus como gregos’, os que pertencem ao povo israelita como os que o não, todos nós estamos em dívida com Deus e temos que agrader-Lhe porque nos salvou ao enviar Jesus como Redentor para nos resgatar do domínio do pecado. São Paulo na outra carta escreveu: “Pela graça de Deus, sou o que sou, e a graça que ele me deu não tem sido inútil” (1Cor 15,10ª). “A justificação é um dom de Deus. Mas não nos é concedida sem nossa colaboração. Nossa é a vontade; sua é a graça. A justiça de Deus existe sem nós, mas nos é aplicada sem nós”, dizia Santo Agostinho (Serm. 169, 11,13). A força salvadora de Deus se tornou realidade em Jesus Cristo morto e ressuscitado.


Aparece no texto de hoje a palavra “justiça”, “justo”, “justificação”, “justificado”.


O conceito de justiça constitui uma das peças mais básicas e, ao mesmo tempo, mais complexas da linguagem moral. Porque com ele, sempre nos referimos ao nosso relacionamento com os outros, seja indivíduos, grupos e até mesmo a ordem social em geral. Na linguagem comum, o termo justiça traz consigo a intuição de que "as pessoas devem receber o tratamento que merecem" e, nesse sentido, a definição conhecida ainda conserva seu vigor: "Dê a cada um aquilo que é dele próprio". Ao reter sem razão o que é do outro, se comete a injustiça.


A justiça de Deus é, em primeiro lugar, um aconteciento ("e agora", Rm 3,21). Já no Antigo Testamento ("Moisés e os Profetas" do v. 21), a justiça de Deus designou não tanto seu julgamento sobre os bons e os maus quanto sua fidelidade à Aliança e sua preocupação em triunfar, mesmo que seja por misericórdia e perdão. Assim entendida, a justiça de Deus (Rm 3,21) se opõe à sua ira (Rm 1:18), que nada mais seria do que o destruidor da Aliança. Mas "agora", isto é, na era escatológica em que vivemos, a justiça definitivamente se manifestou em Jesus Cristo, o primeiro homem testemunhando a "justiça" de Deus e que supera, graças a ela, seus limites de morte e de egoísmo: seguindo Jesus, todos os que nEle crêem podem viver a mesma justiça (Rm 3,24).


A idéia bíblica de justiça ou de retidão geralmente expressa conformidade com todas as áreas da vida de Deus: lei, governo, aliança, lealdade, integridade ética ou ações amáveis. Quando os homens aderem à vontade de Deus como expressa em Sua Lei, eles são considerados justos ou retos. Jesus ensinou que aqueles que conformam suas vidas aos seus ensinamentos também são justos, retos. O justo somente pratica o bem e nunca o mal.


São Paulo mostra em seus escritos que a justiça está relacionada ao eixo do evento da salvação, isto é, à Morte e Ressurreição de Cristo. Ele observa que a justiça não é apenas um atributo que se aplica a Deus, mas é um fator importante que faz o homem como deveria ser em referência a Deus e outros homens.


Praticar a justiça é ser imparcial em tudo o que você faz. É ver com seus próprios olhos e não julgar algo pelo que os outros lhe dizem. A justiça significa que a pessoa recebe o que merece. Todos devem receber o que é legítimo para eles. É justo que as pessoas recebam uma punição quando fizeram o que não é justo. Também é certo que nos recompensamos quando agimos bem. Ser justo é defender seus direitos e os dos outros. Ser justo é investigar a verdade por si mesmo, aceitando o que os outros dizem apenas como uma opinião individual. Investigue os fatos com seus próprios olhos.  Quando você é justo, você age sem preconceitos, vendo cada um como a pessoa que é. Você é justo quando não toma decisões sobre os outros com base na sua etnia, nacionalidade, religião ou sexo, ou porque são ricos ou pobres, e sim na base da justiça e do amor. “Diante da justiça de Deus não há distinção”, escreveu São Paulo no texto da Primeira Leitura de hoje. Quando você é justo, você admite seus próprios erros e aceita as consequências. Quando você é justo, você se defende quando é verdade e defende os outros quando eles estão certos. Quando se pratica a justiça na se faz fofocas nem críticas de costas.


É Preciso Purificarmos Nosso Coração De Todo Tipo de Podridão Para Voltar a ser justos


Continuamos a acompanhar as Lições do Caminho dadas por Jesus durante sua última viagem para Jerusalém (Lc 9,51-19,28), pois nessa cidade Ele será crucificado, morto e glorificado.


E a passagem do evangelho de hoje nos apresenta a ultima parte do conjunto de acusações de Jesus (Lc 11,37-54) contra os dirigentes oficiais judeus, os fariseus e os escribas porque eles invertem o valor das coisas. Eles vivem uma vida dupla. São denunciados pela incoerência de sua vida. As palavras de Jesus têm um tom de denúncia e por isso, trata-se de a voz de um profeta.


Nesta ultima parte encontramos os mais terríveis acusações, pois a religião dos fariseus não só camufla a morte espiritual, mas também mostra uma oposição radical aos verdadeiros porta-vozes de Deus, pois esses profetas foram assassinados. Não se pode considerar verdadeira uma religião, uma crença que usa de violência contra aos demais seres humanos. Cada verdadeira religião, cada verdadeira Igreja, cada crença verdadeira deve transformar seus adeptos em irmãos e irmãs da humanidade. Cada verdadeira religião, cada verdadeira Igreja deve manter sua função profética contra qualquer injustiça social, contra qualquer desigualdade, contra qualquer violência e assim por diante. A denúncia de Jesus, apesar de conter toda verdade, provoca o ódio feroz nos seus adversários e o próprio Jesus será vítima da própria denúncia. “Os que discutem mais que defendem a verdade, utilizam mais as desculpas que os argumentos, não se preocupam com a verdade, mas com seu próprio triunfo”, dizia Santo Agostinho (Epist. 238,2).


Mas a verdade vencerá, e o tempo vai mostrar toda a verdade. Dia virá, indeterminado, porém seguro, em que Deus pedirá contas da consciência que destruímos, da pobreza que geramos e das vidas que prejudicamos, do sangue de todos os profetas que derramamos, de todos os inocentes, sacrificados aos interesses humanos em virtude da inteligência mal empregada e da defesa de uma lei supostamente sagrada. O sagrado é o próprio ser humano, pois ele é o templo de Deus (cf. 1Cor 3,16-17; cf. Mt 25,40.45).


Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram. Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos. (...) Sim, eu vos digo: serão pedidas contas disso a esta geração” (Lc 11, 47-48. 51b).


Os escribas crêem honrar os profetas assassinados fazendo-lhes esplêndidos sepulcros. Ou seja, os fariseus estão dispostos a honrar os profetas mortos, mas não fazem caso para os profetas vivos. Eles tratam os profetas de seu tempo igual ao tratamento que os seus antepassados faziam contra os verdadeiros profetas. Em outras palavras, na realidade, eles seguem o mesmo caminho (eles vão matar Jesus). Eles matarão Jesus em nome de sua interpretação sobre a lei. Possuidores da chave da ciência eles fecham o caminho da salvação aos que confiam neles e os seguem como guias. Eles preferem seus próprios caminhos ao caminho de Deus.


Ao denunciar a perseguição e a morte dos profetas antigos, Jesus denuncia antecipadamente a injustiça praticada contra Ele, no futuro próximo, exatamente, por aqueles que buscam agradar a Deus e cultivam uma suposta santidade. Isto nos mostra que a recitação de um credo e a prática do culto sem o compromisso de uma conduta coerente eticamente é um ópio que adormece a própria consciência. É um grande alerta a todos que se dizem religiosos ou fieis para que a prática religiosa não seja mais importante do que o próprio Deus e o próximo.


Que falta que os profetas nos fazem! E o Evangelho insiste: os profetas foram perseguidos, acusados e derramaram seu sangue, foram assassinados (Lc 11,49). O mundo precisa verdadeiramente dos homens e das mulheres que profetizam, isto é, que anunciam o bem e denunciam o mal e tudo que é desumano. Em um lugar e em um tempo em que carece o transcendente, o divino; em um tempo onde tantos filhos de Deus, os inocentes estão maltratados e crucificados pela fome, pela exploração, pela injustiça, pela desesperança, em um lugar onde a verdade é silenciada e distorcida, somente as vozes proféticas podem dizer algo transparente, crível capaz de chegar até o coração de cada pessoa para transformá-lo em um coração sincero, em um coração de irmão. Se nos faltarem os profetas, o testemunho cristão será opaco, sua voz será inexpressiva, suas atividades serão infecundas e frustrantes. São Paulo nos adverte: “Não extingais o Espírito; não desprezeis as profecias. Discerni tudo e ficai com o que é bom. Guardai-vos de toda espécie de mal” (1Ts 5,19-22). Necessitamos de profetas dentro da própria Igreja e fora dela da mesma forma.


Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar”.


Os escribas dominam as Sagradas Escrituras. Possuidores da chave da ciência, os escribas fecharam a salvação aos que põem neles sua confiança e os seguem como guias. Eles preferem os próprios caminhos ao caminho de Deus. Mas não basta compreender a Palavra de Deus. É preciso abrir toda essa riqueza para que seja desfrutada por todos. Deus nos confiou a riqueza de Seu amor, de Sua vida, de Seu perdão, de Sua salvação não para que escondamos e sim para que todos conheçam toda essa riqueza a fim de que sua vida tenham sentido apesar de tudo, como a perseguição. Não basta construir templos. É necessário viver o Evangelho. É necessário que a salvação seja parte de nossa própria vida de cada dia. A fé nos move para que mudemos nossos critérios de acordo com a Palavra de Deus a fim de que sejamos sinais do amor de Deus para os demais.


Nós nos reunimos em torno de Cristo na celebração de Seu mistério pascal para assumirmos nossa própria responsabilidade. Quem somente participa (= assistir) da missa sem nenhuma capacidade de produzir fruto, se faz responsável, não somente, da morte de Jesus, mas também do mal que continua dominando muitos ambientes de nosso mundo.


Não basta construir templos, casas de assistência social, fundar clubes ou associações de ajuda solidária. É necessário viver o Evangelho. É necessário confessar Jesus Cristo. Na sua primeira homilia, logo depois de sua eleição, o Papa Francisco disse: “Podemos caminhar o que quisermos, podemos edificar um monte de coisas, mas se não confessarmos Jesus Cristo, está errado. Tornar-nos-emos uma ONG sócio-caritativa, mas não a Igreja, Esposa do Senhor... Quando não se confessa Jesus Cristo, faz-me pensar nesta frase de Léon Bloy: ‘Quem não reza ao Senhor, reza ao diabo’. Quando não confessa Jesus Cristo, confessa o mundanismo do diabo, o mundanismo do demônio”. A Igreja de Cristo não pode ficar na somente promoção social como uma filantropia. Mas é necessário fazer que a salvação faça parte de nossa própria vida para que possamos levá-la também aos demais.
P. Vitus Gustama,svd

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