quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

08/02/2020
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APRENDER A DESCANSAR COM O SENHOR PARA VIVER NA SABEDORIA
Sábado Da IV Semana Comum


Primeira Leitura: 1Rs 3,4-13
Naqueles dias, 4 o rei Salomão foi a Gabaon para oferecer um sacrifício, porque esse era o lugar alto mais importante. Salomão ofereceu mil holocaustos naquele altar. 5 Em Gabaon, o Senhor apareceu a Salomão, em sonho, durante a noite, e lhe disse: “Pede o que desejas e eu to darei”. 6 Salomão respondeu: “Tu mostraste grande benevolência para com teu servo Davi, meu pai, porque ele andou na tua presença com sinceridade, justiça e retidão de coração para contigo. Tu lhe conservaste esta grande benevolência, e lhe deste um filho que hoje ocupa o seu trono. 7 Portanto, Senhor meu Deus, tu fizeste reinar o teu servo em lugar de Davi, meu pai. Mas eu não passo de um adolescente, que não sabe ainda como governar. 8 Além disso, teu servo está no meio do teu povo eleito, povo tão numeroso que não se pode contar ou calcular. 9 Dá, pois, a teu servo, um coração compreensivo, capaz de governar o teu povo e de discernir entre o bem e o mal. Do contrário, quem poderá governar este teu povo tão numeroso?” 10 Esta oração de Salomão agradou ao Senhor. 11 E Deus disse a Salomão: “Já que pediste estes dons e não pediste para ti longos anos de vida, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos, mas sim sabedoria para praticar a justiça, 12 vou satisfazer o teu pedido; dou-te um coração sábio e inteligente, como nunca houve outro igual antes de ti, nem haverá depois de ti. 13 Mas dou-te também o que não pediste, tanta riqueza e tanta glória como jamais haverá entre os reis, durante toda a tua vida”.


Evangelho: Mc 6,30-34
Naquele tempo, 30os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer. 32Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles. 34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.
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Viver Na Sabedoria De Deus Para Viver e Governar Bem


“Dá, pois, a teu servo, um coração compreensivo, capaz de governar o teu povo e de discernir entre o bem e o mal. Do contrário, quem poderá governar este teu povo tão numeroso?”. Este é o pedido de Salomão a Deus antes de iniciar o seu reinado/governo depois que seu pai, Davi, morreu. Pode-se ler também o capítulo 7 do livro da Sabedoria sobre o sucesso e as consequências desta oração de Salomão.


O pedido de Sabedoria a Deus por Salomão constitui um prólogo magnífico para a história do reinado de Salomão. Este prólogo tem uma dupla finalidade. A primeira finalidade é apresentar Salomão como sucessor legítimo do rei Davi, seu pai, referendado pelo beneplácito divino (1Rs 3,1-2). A segunda finalidade é propor Salomão como exemplo de rei sábio (1Rs 3,3ss).


Salomão, consciente da magnitude de sua tarefa e de suas próprias limitações, pede a Deus um coração sábio para governar, como qualidade preferida a outros bens e dons (1Rs 3,6-9).


A resposta de Deus dá destaque à anuência e concessão dessa petição (1Rs 3,10-12) com o acréscimo de outros três dons: riqueza, glória e vida longa (1Rs 3,13-14): “Já que pediste estes dons e não pediste para ti longos anos de vida, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos, mas sim sabedoria para praticar a justiça, vou satisfazer o teu pedido; dou-te um coração sábio e inteligente, como nunca houve outro igual antes de ti, nem haverá depois de ti. Mas dou-te também o que não pediste, tanta riqueza e tanta glória como jamais haverá entre os reis, durante toda a tua vida”, é a resposta de Deus ao pedido de Salomão. Em Salomão se cumpriu o que Jesus dirá mais tarde: ”Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas(Mt 6,33; cf. Sl 112,3; Provérbios 8,18; 10,3; 28,10; Eclesiastes 10,2; Is 26,9;33,6 ).


O jovem rei, Salomão, quis inaugurar seu reinado com um ato religioso, oferecendo sacrifícios a Deus. Aqui Salomão aparece como um homem de muito fé e quer adquirir a sabedoria de Deus para governar bem. Por causa de sua sabedoria, a Salomão são atribuídos livros sapienciais como o livro dos Provérbios, e uma fama universal superios à sabedoria de todos os sábios, que provocará a visita da rainha de Sabá (1Rs 10,1-13; cf. 2Crônicas 9,1-12). É famoso o juízo de Salomão que quando ele teve que decidir sobre o caso das duas mulheres e da criança que ambos reivindicaram como sua própria (1Rs 3).


Todos nós necessitamos de sabedoria. Muitas vezes na vida, tanto no nível pessoal como comunitário, ou familiar, nós nos encontramos diante da encruzilhada de uma decisão e ás vezes nos custa discernir uma solução. Podemos aplicar todos os recursos humanos e os cálculos e as experiências. Mas somente a sabedoria de Deus é que nos ajuda a termos uma visão melhor das coisas, das pessoas e dos acontecimentos. A vida, antes de ser vivida, precisa ser rezada.


O verdadeiro "sábio" é aquele que escolhe escutar as propostas de Deus, aceitar os seus desafios, e seguir os caminhos que ele indica. A sabedoria simplesmente significa a capacidade de fazer as escolhas corretas, de tomar as decisões certas, de escolher os valores verdadeiros que conduzem o homem à sua realização, e à sua felicidade. A sabedoria é um tipo de "luz" que indica caminhos e que permite discernir as opções corretas a tomar. É ela que permite ao homem gozar os bens terrenos com maturidade e equilíbrio, sem obsessão e sem cobiça, colocando-os nos seu devido lugar e não deixando que sejam eles a conduzir a vida do homem e a ditar as suas opções. Viver na sabedoria de Deus significa darmos prioridade àquilo que é realmente essencial, fundamental, importante e que nos assegura, não momentos efêmeros, mas momentos eternos de felicidade e de vida plena, pois os valores efêmeros não servem para encher completamente a nossa vida de significado e não nos garantem a vida verdadeira.


A Palavra de Deus nos ajuda a discernirmos o bem e o mal e a fazermos as opções corretas. Ela ressoa no nosso coração, confronta-nos com as nossas infidelidades, critica os nossos falsos valores, denuncia os nossos esquemas de egoísmo e de comodismo, alerta o perigo de nossa prepotência, mostra-nos o sem sentido das nossas opções erradas, grita-nos que é preciso corrigir o nosso rumo/direção, desperta a nossa consciência, indica-nos o caminho para Deus. Senhor, dá, pois, a teu servo, um coração compreensivo, capaz de governar o teu povo e de discernir entre o bem e o mal”.


“Dá-nos, Senhor, a sabedoria que julga a partir de cima e a distância. Dá-nos um espírito que menospreza o que é insignificante em favor do essencial. Ensina-nos a termos serenidade diante da luta e dos obstáculos e a prosseguir com , sem perturbar o caminho por Ti traçado. Dá-nos uma atividade serena que abarque, com uma visão unitária, a totalidade (Oração de um anônimo).


Evangelho e Sua Mensagem


1. Revisão Da Vida Apostólica


Anteriormente Jesus chamou os Doze para depois enviá-los à missão (Mc 6,7-13). Depois de sua primeira “missão”, os discípulos voltaram a se reunir com Jesus: “Naquele tempo, os apóstolos reuniram-se com Jesus...


Muitos cristãos compreendem hoje que sua fé se torna robusta quando decidem reunir-se, no espírito do Senhor, com outros irmãos para partilhar e dialogar sobre sua fé. Este é um dos sentidos da assembléia eucarística dominical: depois de sua missão durante a semana, os cristãos se reúnem junto a Jesus na companhia de outros irmãos da fé.


Os apóstolos contaram tudo (a Jesus) o que haviam feito e ensinado”. Trata-se de uma revisão da vida apostólica. Esta revisão de nossa vida com Jesus é uma das formas mais úteis de nossa oração. Cada noite nós deveríamos criar ocasião para “relatar” a Jesus “o que temos feito”. Se fizermos isso diariamente, a nossa participação na celebração eucarística dominical ficará mais rica e profunda.


2. Descansar Com Jesus Uma Solicitude Pastoral


Depois de ouvir seu relato Jesus convidou os Apóstolos: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”.  Trata-se de uma necessidade de silêncio, de recolhimento, de solidão. É essencial para os homens de todas as épocas, especialmente é indispensável para o homem moderno na agitação de vida de hoje.


A resposta de Jesus se concreta em levá-los com Ele para um lugar onde ninguém possa perturbá-los para descansar com Ele e n’Ele. Esse convite nos recorda aquilo que o próprio Jesus disse no evangelho de Mateus sobre a importância do descanso com o Senhor e no Senhor: “Vinde a Mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e Eu vos darei descanso” (Mt 11,28). Jesus conjuga muito bem o trabalho e a oração. Dedica-se prioritariamente à evangelização, mas sabe buscar momentos de silêncio e oração para si e para os seus, mesmo que dure apenas pouco tempo como aconteceu no relato do evangelho de hoje.


Convidar os discípulos para descansar na solidão também é um gesto muito humano de Jesus. Jesus sabe o que é a fatiga e busca, muitas vezes, a solidão (no monte, no campo ou de noite). O ativismo nos esgota e empobrece. Não é bom o “stress”, ainda que seja espiritual. Quando não há o equilíbrio interior, todos cairão no nervosismo e diminuirá a eficácia humana e evangelizadora. Necessitamos da paz e da serenidade. Todos os que trabalham, também pelo Reino, necessitam de uma certa serenidade e um certo equilíbrio mental e psíquico. As pessoas que trabalham pelo Reino têm que ser pessoas de paz e de serenidade.


O trabalho de um verdadeiro pastor ou de qualquer líder cristão não é fácil, pois ele tem que manter a unidade e a segurança do seu rebanho. Por isso, quem é enviado como pastor, e, quem é encarregado de ser líder dos outros numa comunidade necessita de descanso. Mas o descanso dos pastores e dos lideres cristãos é feito com e no grande Pastor. Eles fazem seu descanso no Pastor dos pastores. O descanso dos pastores consiste em saber “estar” com Jesus: escutá-Lo, viver com Ele, aprofundar em sua comunhão de vida como pastor. É aprender do grande Pastor sobre como deve conduzir e rebanhar as ovelhas do qual ele próprio faz parte. As ovelhas são do Senhor (Jo 21,17) e não dos líderes.


Esse convite para descansar com e no Senhor é a primeira solicitude de Jesus como Pastor para aqueles que são encarregados de alguma tarefa na comunidade de irmãos. Esse convite tem como característica a comunhão de ministério com Jesus. Essa comunhão ajudará os pastores e os demais líderes da comunidade a terem a mesma solicitude de Jesus para com todos e para com a multidão que, em cada momento da história vive “como ovelhas sem pastor”, pois o pastor é Jesus e somente Ele. Entender isso significa entender a grande missão dos que são enviados, em Seu nome, com o objetivo de conduzir a humanidade para o grande Pastor, Jesus Cristo.


3. Somos Chamados A Ser Seguidores Compassivos Como Jesus


Depois de um rápido descanso dos Doze com Jesus o evangelista Marcos nos relatou com as seguintes palavras: Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.


Esta frase reproduz a situação refletida em 1Rs 22,17: “Vejo todo o Israel espalhado pelas montanhas como um rebanho sem pastor” (cf. Nm 27,17). Trata-se de uma imagem clássica na literatura bíblica no contexto de acusação aos pastores que não cumprem sua missão de rebanhar (unir e reunir) suas ovelhas. E Jesus se apresenta como o verdadeiro Pastor, pois ele dá sua vida pelo rebanho (Jo 10,14-15).


Cristo é o Bom Pastor (Jo 10,11-15). Ele dá Sua vida em todo momento, também quando não lhe resta tempo nem para comer. Ali está Ele, buscando um tempo para descansar em companhia de seus discípulos, mas para os necessitados de Deus, Ele oferece Seu amor. É como o pai de uma família que, depois de uma jornada cansativa, volta para casa com o único desejo de descansar. Mas ao ver que seus filhos lhe pedem algo que lhe é impossível humanamente, tira suas últimas forças para brincar e fazer felizes seus filhos, dando-lhes o melhor de si, ainda que o corpo exija um descanso.


Os cristãos dentro da comunidade, de um modo ou de outro, participam do serviço pastoral para com os demais, imitando e representando Jesus Cristo, Pastor de todos. Onde estiver e para onde for, o cristão faz tudo em nome de Cristo. Ele representa Cristo em qualquer lugar. Ele é cristão para todos os momentos e lugares.


Jesus teve compaixão da multidão que vivia sem nenhuma orientação e começou a ensinar-lhes muitas coisas. Jesus teve tempo para a multidão necessitada. Ter tempo para os demais, especialmente para os necessitados é o ponto alto de uma vocação pastoral na Igreja de Jesus. Isso supõe a renúncia aos próprios planos, interesses e horários em função do bem de todos. O cristão existe para servir os demais.


O mundo de hoje continua a estar desorientado como “ovelhas sem pastor”, pois, no meio do avanço tecnológico, muitas pessoas morrem de fome. No meio da democracia ainda se encontram os ditadores que adormentam e sacrificam os pequenos e inocentes da sociedade. No meio de tanta facilidade tecnológica encontram-se os imprudentes que fazem tantas famílias chorarem pela perda de seus entes-queridos precocemente. No meio da luta pela solidariedade global encontram-se os gananciosos capazes de pisar sobre os outros em nome do prazer. O perigo e o prazer crescem no mesmo ramo. O fato de que em nossa civilização tão avançada há tantos homens morrem de fome ou são vitimas de uma guerra ou de um poder desenfreado, ou de uma imprudência, demonstra que os chefes que dirigem atualmente o mundo não olham para o povo e sim para os próprios interesses ou para os interesses partidários. É preciso ter progresso na verdade, na justiça na caridade.


Cristo quer que todos os cristãos ajudem esta humanidade a encontrar os caminhos da verdade e da felicidade, da paz e do verdadeiro progresso. Ser seguidor de Cristo significa aprender a olhar para os outros com um coração cheio de carinho, ser responsável pelos outros irmãos e falar-lhes do sentido da vida. A maneira com que tratamos um ser humano é a forma com que tratamos a nosso Senhor. Isso não exige explicação e sim contemplação (cf. Mt 25,40.45). O dia mais desperdiçado de todos é aquele no qual não conseguimos fazer alguém sorrir ou deixamos de fazer o outro sorrir. Um sorriso não custa tanto quanto a eletricidade, no entanto, ilumina muito mais do que ela.
P. Vitus Gustama,svd

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