sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Santo Arnaldo Janssen, 15 de Janeiro


SANTO ARNALDO JANSSEN
Festa: 15 de Janeiro
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Não há amor que seja maior do que o amor que Deus tem por nós, porque ele entregou seu Filho único à morte por amor, para que sejamos salvos (Jo 3,16). O Verbo se fez homem em Jesus de Nazaré (Jo 1,14) para revelar o nome do Pai e anunciar o Reino do seu amor. Cristo continua a sua missão através dos seus seguidores: levar a todos a confortadora mensagem e o amor do Pai que nos liberta e congrega.  Consequentemente, a vocação fundamental de todo homem é abrir-se ao chamado gratuito do Amor de Deus, um amor que humaniza, personaliza e diviniza o homem. Se Deus é amor (1Jo 4,8.16), então a única coisa que pode humanizar e divinizar o homem é viver e conviver, trabalhar e ajudar com amor e por amor. ”Quem ama a Deus, confia Nele; quem não confia Nele, não O ama” (Santo Arnaldo Janssen). 

Hoje celebramos a festa de santo Arnaldo Janssen. Pe. Arnaldo nasceu no dia 15/11/1837. É o segundo filho de uma família de onze irmãos em Goch, uma pequena cidade alemã da Baixada Renância, junto à fronteira holandesa.

Pe. Arnaldo Janssen é o fundador da SVD (Societas Verbi Divini, Sociedade do Verbo Divino, uma congregação missionária), no dia 08 de setembro de 1875, e mais tarde fundou duas congregações femininas: as Missionárias Servas do Espírito Santo, SSpS, 8/12/1889 e as Missionárias Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua, 08/12/1896.

“O Carisma do Fundador, na sua origem mais alta, é o Verbo Encarnado que se manifesta e se pronuncia. É como uma Palavra do Evangelho que se faz carne no tempo e no espaço. ‘Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura’ foi a palavra colocada no coração de Arnaldo com letras de fogo. E, como uma palavra do Evangelho está em relação a todas as outras, assim também o Fundador está em relação com todos os Carismas e se torna um homem universal a serviço da humanidade” (Pe. Benito Maurutto SVD).

A SVD é uma congregação internacional que trabalha na Europa, América, Ásia, Oceania e África. Com o nome “Verbo Divino” os membros desta congregação são comprometidos, de modo especial, com o Verbo Divino e sua missão: “Sua vida é a nossa vida, sua missão é a nossa missão”. É uma missão que é partilhada com todas as outras pessoas. A razão de ser da SVD é a atividade missionária. “Na qualidade de membros da Congregação do Verbo Divino consideramos nosso dever anunciar a Palavra de Deus a todos os povos, criar novas comunidades do Povo de Deus e promover-lhe o crescimento e a união entre si e com a Igreja inteira. Trabalhamos, primeiro e, antes de mais nada, onde o Evangelho ainda não foi anunciado, ou o foi insuficientemente, e onde a Igreja local ainda não é autossuficiente. Outras tarefas devem ser orientadas para esta meta principal” (Constituições da SVD no.102). 

Para realizar sua finalidade a SVD se engaja em quatro dimensões características, como o rosto verbita: Apostolado Bíblico, Animação Missionária, JUPIC (Justiça, Paz e Integridade da Criação) e Comunicação. Estas características não são mutuamente excludentes, mas permeiam a vida e o trabalho da SVD. Cada uma das características implica em uma atitude básica na vida e no serviço. No Apostolado Bíblico, a atitude básica é a de se viver centrado em Deus, resistindo à tentação de ser "envergonhados do Evangelho" (Rm 1,16). A postura fundamental na Animação Missionária é envolver outras pessoas, animá-las com o entusiasmo e ser animado por elas, para o caminho rumo ao Reino, em vez de cair na tentação de pensar que se pode fazer tudo sozinho. A atitude essencial da JUPIC é comprometer-se com a transformação da sociedade e do mundo, analisando estruturas injustas e promovendo a dignidade humana, bem como a preservação do meio-ambiente, ao invés de guardar silêncio diante das tragédias humanas e da violência ao meio-ambiente, que continuam a afligir o nosso mundo. A Comunicação envolve uma atitude de sair de nós mesmos, que nos ajuda a superar a inércia e o medo que, às vezes, pode nos alcançar e impedir que nos engajemos em diálogo com os nossos interlocutores. ”O anúncio do Evangelho é a primeira e a mais sublime das obras de caridade. E não são as longas orações e sim as ações generosas que comovem o coração de Deus” (Santo Arnaldo Janssen).

Estas são as características do nosso fundador, Arnaldo Janssen:
1.    Busca incansável da Vontade de Deus, mesmo sofrendo muitos dissabores. “Quanto mais santa é uma obra, tanto maiores as dificuldades normalmente se apresentam.  ... Que a santa vontade de Deus seja bendita para sempre! Temos que adorar esta vontade e abraçá-la com amor, se queremos agradar a Deus. Peço ao bom Deus que nos permita reconhecer sua santa vontade e nos conceda uma alegre serenidade em cumpri-la. Senhor, seja feita sempre a vossa vontade! A batalha da vida consiste em sacrificar muito daquilo que tínhamos desejado e planejado. Mesmo que a vontade de Deus não corresponda aos nossos próprios desejos, ela é sempre proveitosa para nós”, dizia Pe. Arnaldo.

2.    Profunda vida de oração: Suas decisões eram fruto de oração sincera e genuína, que sustentava sua perseverança e tenacidade em segui-las. ”Quem reza, prende a Terra ao Céu. Quem vive sempre unido a Deus, o mundo lhe pertence e cada dia é um milagre”, dizia ele.

3.    Vida de fé e união com Deus: por meio destas ele via o mundo e a vontade de Deus.

4.    Era capaz de perceber as necessidades do futuro da Igreja. Com uma visão do mundo além dos limites da Província geográfica, ele provou estar bem além do seu tempo.

5.    Sinceridade nas suas observações: ele insistia com seus colaboradores para serem dignos de confiança, corresponsáveis.

6.    Caridade e humildade: Quando criticado e combatido, ficava calado em vez de contestar a seus rivais. 

7.    Amor à verdade: ele era correto em todas as suas palavras e ações.

8.    Visão clara Sobre os vocacionados: na seleção de candidatos, manteve os seguintes critérios que julgava essenciais à vida religiosa: Amor à oração e união com Deus; Humildade como sinal da verdadeira adesão ao Senhor; e Amor aos companheiros na prontidão de servir aos outros.

Santo Arnaldo sabia ler os sinais dos tempos e dar respostas viáveis aos desafios de sua época a partir de sua vida de fé. Ele reconheceu a situação como vinda da mão de Deus, de Sua Divina Providência e estava disposto a ser seu instrumento ou colaborador. Uma vez que percebesse uma ação como Vontade de Deus, não perdia de vista seu objetivo e a decisão de realizá-lo. Por isso, no decreto de sua Beatificação em 1975, o Papa Paulo VI louvava sua perseverança na busca incansável da Vontade de Deus dizendo: “Aberto aos sinais dos tempos e atento, procurava a Vontade do Senhor... Uma vez que reconhecesse o chamado do alto, deixava tudo, esquecia-se de si mesmo e dedicava todo o seu ser na sua realização...” Pe. Arnaldo Janssen sempre se colocou conscientemente sob a direção do Espirito Santo para que Ele o tornasse capaz de cumprir as tarefas que Deus lhe designaria

Tudo começou em Steyl, uma pequena aldeia da Holanda. Humanamente falando, foi difícil descobrir a grandeza do Padre Arnaldo Janssen. “Sabemos muito bem que com as forças que possuímos não podemos resolver os nossos problemas. Esperamos em Deus, nosso Senhor, que nos vá conceder tudo o que for necessário, fazendo de nós o que melhor lhe convier. Se sair algo de bom desta casa, vamos atribuir à graça de Deus. Se não sair nada de bom, vamos bater, humildes, no peito e reconhecer que fomos indignos da graça de Deus”, dizia Pe. Arnaldo Janssen na inauguração da casa missionário em Steyl. A maioria das pessoas duvidaram de suas habilidades e qualificações para fundar uma congregação missionária. Até o próprio Pe. Arnaldo teve tentação do demônio ao sussurrar no seu ouvido: “Você já fez demais! e, claramente, Deus não quer esta obra!”.  Mas Pe. Arnaldo resiste, dizendo a si mesmo: “Se eu tivesse de dizer a mim mesmo: ‘Você é um covarde!’, eu já teria abandonado tudo. Mas Deus me deixa espernear e não me abandona fazendo-me passar por grandes dissabores”. Além disso, um bispo chamado dom Paredis dizia: “Arnaldo Janssen ou é um louco ou é um santo”. Mas com toda a sua humildade disse no início da fundação da casa SVD: “Se é que a casa der alguma coisa, agradeceremos a Deus; se fracassar, aí resta-nos bater no peito, reconhecendo que não fomos dignos da graça”. De fato, Pe. Arnaldo Janssen foi digno dessa obra e da graça de Deus.

Por que é que Pe. Arnaldo Janssen tinha tanta vontade de ser instrumento ou de ser colaborador da obra missionária de Deus? Os pais do Pe. Arnaldo, Gerhard Janssen e Anna Katharina Janssen, educaram seus filhos numa atmosfera de profunda fé e oração. 
·      A mãe foi, acima de tudo uma mãe orante no sentido mais pleno da palavra.

·      E o pai, tinha uma profunda adoração à Santíssima Trindade e especialmente ao Espírito Santo.

·      Na oração da tarde a família lia muitas vezes o Prólogo do Evangelho de João.

·      O rosário era rezado fielmente.

·      Além disso, era uma prática comum ler, em voz alta, revistas das missões e das atividades missionárias durante encontro da família, à noite. A família já tinha um grande interesse pelas missões.

Assim, foi no contexto da família que a semente da vida de oração do Pe. Arnaldo Janssen foi semeada. E ele a nutriu e desenvolveu ao longo da vida.

Que a santa vontade de Deus seja bendita para sempre! Temos que adorar esta vontade e abraçá-la com amor, se queremos agradar a Deus. Peço ao bom Deus que nos permita reconhecer sua santa vontade e nos conceda uma alegre serenidade em cumpri-la. Senhor, seja feita sempre a vossa vontade! A batalha da vida consiste em sacrificar muito daquilo que tínhamos desejado e planejado. Mesmo que a vontade de Deus não corresponda aos nossos próprios desejos, ela é sempre proveitosa para nós. A vontade de Deus é sempre salutar, mesmo quando não corresponde aos nossos desejos”, dizia Pe. Arnaldo Janssen.

Outras frases do santo Pe. Arnaldo Janssen:

Se não formos um só coração e uma só alma, a obra não poderá prosperar”.

A amabilidade é a palavra que anima, levanta, consola e fortalece. Assim como o orvalho refresca e embeleza as plantas que murcham”.

O verdadeiro amor e a autêntica confiança em Deus são a base de todo trabalho em equipe”.

Quanto mais santa é uma obra, tanto maiores as dificuldades que, normalmente, se apresentam”.
P. Vitus Gustama,SVD

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