sábado, 24 de agosto de 2019

27/08/2019

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JUSTIÇA, MISERICÓRDIA E FIDELIDADE SÃO ESSENCIAIS NO ANÚNCIO DO EVANGELHO
Terça-Feira da XXI Semana Comum


Primeira Leitura: 1Ts 2,1-8
1 Bem sabeis, irmãos, que nossa vinda até vós não foi em vão. 2 Apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como sabeis, encontramos em Deus a coragem de vos anunciar o Evangelho, em meio a grandes lutas. 3 A nossa exortação não se baseia no erro, na ambiguidade ou no desejo de enganar. 4 Ao contrário, uma vez que Deus nos achou dignos, a ponto de nos confiar o Evangelho, falamos não para agradar aos homens, mas a Deus, que examina os nossos corações. 5 Bem sabeis que nunca usamos palavras de adulação, nem procedemos movidos por disfarçada ganância. Deus é testemunha disso. 6 E também não procuramos elogios humanos, nem da parte de vós, nem de outros, 7 embora pudéssemos fazer valer a nossa autoridade de apóstolos de Cristo. Foi com muita ternura que nos apresentamos a vós, como uma mãe que acalenta os seus filhinhos. 8 Tanto bem vos queríamos, que desejávamos dar-vos não somente o Evangelho de Deus, mas até a própria vida; a tal ponto chegou a nossa afeição por vós.


Evangelho: Mt 23,23-26
Naquele tempo, disse Jesus: 23 Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vós deveríeis praticar isto, sem contudo deixar aquilo. 24 Guias cegos! Vós filtrais o mosquito, mas engolis o camelo. 25 Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós limpais o copo e o prato por fora, mas, por dentro, estais cheios de roubo e cobiça. 26 Fariseu cego! Limpa primeiro o copo por dentro, para que também por fora fique limpo.
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Somos Enviados Para Ser Fieis e Valentes e carinhosos Evangelizadores-Missionários De Deus


Bem sabeis, irmãos, que nossa vinda até vós não foi em vão. Apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como sabeis, encontramos em Deus a coragem de vos anunciar o Evangelho, em meio a grandes lutas.... Uma vez que Deus nos achou dignos, a ponto de nos confiar o Evangelho, falamos não para agradar aos homens, mas a Deus, que examina os nossos corações”.


Aqui se fala do comportamento de são Paulo e seus colaboradores na obra da evangelização: um comportamento valente, limpo, sacrificado, serviçal, insubordinável, desinteressado. Eles não têm segundas intenções nessa obra: simplesmente trabalham pelo bem da humanidade e sua salvação. Pelo fato de ter consciência de que “Uma vez que Deus nos achou dignos, a ponto de nos confiar o Evangelho”, são Paulo e seus colaboradores não têm medo de encarar nenhuma dificuldade que poderá impedir a difusão do Evangelho e nem amedrontar os seus anunciadores, pois eles não defendem a causa própria (pessoal) e sim a causa de Deus: o Evangelho de Deus (1Ts 2,4.8.9).


Apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como sabeis, encontramos em Deus a coragem de vos anunciar o Evangelho, em meio a grandes lutas” (1Ts 2,2). São Lucas contará mais tarde em At 16,16-40 como são Paulo foi maltratado e preso em Filipos antes de chegar a Tessalênica por causa do Evangelho de Deus. Apesar de serem maltrados, são Paulo e seus colaboradores não adulteram nem manipulam o conteúdo da mensagem do Evangelho só para “agradar aos homens”: “... uma vez que Deus nos achou dignos, a ponto de nos confiar o Evangelho, falamos não para agradar aos homens, mas a Deus, que examina os nossos corações” (1Ts 2,5). O Evangelho que não incomoda os homens não é mais o verdadeiro Evangelho de Deus.


Quantos pregadores não põem em prática seus sermões! Quantos pais não atuam segundo o que recomendam a seus filhos! Quantos militantes, responsáveis, que não aplicam em sua própria atividade os princípios que defendem verbalmente! E eu? Que distância há entre minhas intenções e minha conduta real?


Além da fidelidade ao conteúdo do Evangelho e a valentia no anúncio do mesmo, são Paulo também enfatiza o amor na evangelização. O amor é a alma da evangelização: “Foi com muita ternura que nos apresentamos a vós, como uma mãe que acalenta os seus filhinhos. Tanto bem vos queríamos, que desejávamos dar-vos não somente o Evangelho de Deus, mas até a própria vida; a tal ponto chegou a nossa afeição por vós” (1Ts 2,7b-8). Para são Paulo o anúncio do Evangelho tem que ser, antes de tudo, um serviço de amor, como uma mãe que cuida de seus filhos e como um pai disposto a dar a vida pelos seus filhos. As imagens usadas são muito familiares. Quando uma mãe nutre seu filho, ela dá o que é dela; ela dá de sua própria vida. Assim também é um pai: quando trabalha para que seu filho tenha o necessário para seu crescimento, gasta da própria vida em favor do filho; ele transpira para alcançar aquilo que é importante para seu filho. Porém, para são Paulo, no anúncio o importante é não impor, mas propor, e propor sempre com amor. São Paulo coloca a ternura do seu coração acima de qualquer dificuldade e sofrimento no anúncio do Evangelho. Ternura, afeto, dom de si: virtudes maternais, virtudes do apóstolo. Não podemos anunciar o evangelho mais do que amamos. Nossas palavras não podem ultrapassar nossas obras ou atividades reais.


Será que podemos dizer, de verdade, que atuamos na Igreja como atuava são Paulo na obra de evangelização? Trabalhamos com fidelidade e com amor? Trabalhamos para agradar aos homens ou para agradar a Deus? Será que trabalhamos para a cimunidade/paróquia com intenções puras e entrega generosa ou há engano, fraude, adulação, vaidade e interesse econômico em nosso serviço? O Salmo Responsorial de hoje (Sl 138/139) nos recorda que Deus nos conhece por dentro e diante d´Ele devemos nos examinar: “Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos. A palavra nem chegou à minha língua, e já, Senhor, a conheceis inteiramente. Por detrás e pela frente me envolveis; pusestes sobre mim a vossa mão”.


Onde Houver o Amor verdadeiro, Ali Não Há Máscaras


Continuamos a acompanhar os “ais” de Jesus endereçados aos dirigentes religiosos do povo (escribas e fariseus). Como foi dito no dia anterior, o capítulo 23 do Evangelho de Mateus é uma página mais dura dirigida aos escribas e fariseus, pois a hipocrisia que eles vivem afeta a vida e a salvação do povo. No texto do evangelho de hoje Jesus desmascara todos aqueles que se escondem atrás de uma fachada religiosa para enganar o povo/os outros com o seu ensinamento.


Jesus se enfrentou abertamente com as autoridades judaicas. Ele os criticava a falta de responsabilidade para o povo de Deus, pois só pensavam nos próprio interesses e não no bem comum. As comparações que Jesus faz põe em evidência a mentira com que os fariseus se encobrem. Aparentemente eles são homens puros, mas em seu interior somente acumulam a cobiça, a corrupção e a maldade. Os fariseus se mostram como homens extremamente cumpridores da lei, mas não lhes importa a justiça nem a fidelidade a Deus.


 “Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da lei como a justiça, a misericórdia e a fidelidade”, assim Jesus disse no texto do evangelho de hoje.


Os fariseus (e os escribas) se preocupam em pagar os dízimos até as mínimas coisas, mas esquecem-se de observar o mais essencial. Os pontos essenciais da lei que as normas se referem ao amor ao próximo são a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Justiça indica o comportamento para o homem que compreende todo o campo da justiça social, tal como entendiam os profetas (cf. Am 5,24; Os 4,1-2, etc.). Justo é aquele que vive de acordo com os mandamentos do Senhor resumidos no amor fraterno. Daqui nasce a “misericórdia”, isto é, ama até os que não merecem ser amados (misericórdia= dar o coração aos miseráveis) que tanto se enfatiza neste evangelho: “Ide e aprendei o que significam estas palavras: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício” (Mt 9,13; cf. Mt 12,12-13). Da justiça nasce também a “fidelidade” entendida como verdadeiro cumprimento da vontade de Deus (cf. Mt 22,34-40). Jesus não despreza as mínimas coisas, mas que não se esqueça o essencial para a vida e a salvação do homem.


O que essencial no ensinamento de Jesus é amar a Deus e ao próximo. Toda a ação pastoral deve ser direcionada para essa essência. Quanto tempo gastamos para discutir os secundários, e menos tempo para o essencial. Ame! “Por este caminho não há outro caminho”, dizia Santo Agostinho.


Os cristãos receberam, no Batismo, uma das três funções: a função profética. A comunidade cristã é chamada e enviada para continuar a ação profética de Jesus. A comunidade cristã não pode guardar silêncio diante dos que usam o poder sem escrúpulo que enganam o povo com mentiras e projetos fantasiosos e promessas enganosas. Quem tem um olhar profético e permanece em Cristo percebe facilmente tudo que é falso e mentirosos, e logo toma posição contra.


Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da lei como a justiça, a misericórdia e a fidelidade”.


Os judeus eram minuciosos em algumas bagatelas e não se preocupavam com os assuntos importantes. Jesus nos recorda as grandes exigências de todos os tempos: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Justiça é reconhecer os direitos dos outros, é dar a outro o que lhe compete ou lhe pertence. Não tem como praticar a caridade sem praticar a justiça. Para praticar a caridade o homem tem que reconhecer o direito do outro. Simplesmente, podemos dizer que a justiça é dar a alguém o que é dele e dar a mim o que é meu. A caridade é dar a alguém o que é meu. Do mesmo modo podemos dizer quer não tem como pedir o perdão de Deus se não formos capazes de ser misericordiosos para com os outros. Não tem como sermos fieis, se nossa vida for contaminada pelas traições praticadas violando nossa própria dignidade e conseqüentemente a dignidade dos outros.


Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade.


Hoje diríamos: a ajuda aos mais pobres, a defesa dos débeis e dos oprimidos, a pureza do coração, a honestidade profissional, a justiça social, respeito devido a toda pessoa, e assim por diante. Jesus quer que a fidelidade às observâncias cultuais seja o reflexo de uma fiel observância do amor aos demais durante toda a vida.


Os defeitos apresentados no evangelho de hoje não são exclusivos dos fariseus, podemos tê-los também hoje em dia. Na vida há coisas de pouca importância para as quais há que dar pouca importância. E há outras coisas muito mais transcendentes para as quais vale a pena que se preste atenção a elas. Em outras palavras temos que dar a importância para as coisas de acordo com seus valores para nossa vida e nossa salvação. Temos que saber discernir o que é importante e urgente para ser realizado e o que não é importante nem urgente. Há coisas que são importantes, mas não são urgentes para serem realizadas. É preciso a aprender a viver de acordo com a escala de valores. Para isso, temos que aprender a viver de acordo com os valores. Não podemos nivelar o valor do ouro com o da prata.


Seremos como os fariseus se reduzirmos nossa vida de fé a meros ritos exteriores sem nenhuma ligação com a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Seremos fariseus se dermos mais importância ao parecer do que ao ser, à aparência do que à transparência, ao bonzinho do que ao bom. Tudo é puro quando sai de um coração limpo. A impureza do coração afasta a pessoa da vontade de Deus. Pelo contrário, buscando-se a pureza interior, tudo o mais se torna puro. Autenticidade atrai, a falsidade afasta as pessoas. Uma pessoa simples atrai a simpatia dos outros; uma pessoa complicada afasta as outras pessoas de seu círculo.


Ao fazer qualquer coisa devemos também nos perguntar: Será que aquilo que estou fazendo é essencial? Será que aquilo que estou vivendo e praticando serve para minha edificação e para minha salvação e das pessoas com quem vivo? Não deixemos “de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade” é a mensagem forte da Palavra de Deus hoje para cada um de nós.

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SANTA MÔNICA

(27/08)      

Também celebramos hoje a festa de Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho (a festa de Santo Agostinho no dia 28 de agosto). Ela nasceu em Tagaste, África, em 331, de uma família cristã. Ainda muito jovem casou-se com Patrício, legionário pagão, com quem teve três filhos: Agostinho, Navígio e uma filha (que morreu como superiora do mosteiro de Hipona, em 424).



A vida de Mônica não foi muito tranqüila, mas terminou feliz. Em primeiro lugar, ela teve aflições pelo marido. Ela suportou infidelidades conjugais, sem jamais hostilizar, demonstrar ressentimento contra o marido por isso. Além disso, o marido era um homem de comportamento esquentado. Mônica se mostrava calma e paciente por causa de sua vida espiritual profunda. “Depois que ele se refazia e acalmava, ela procurava o momento oportuno para mostrar-lhe como se tinha irritado sem refletir”, escreveu Santo Agostinho sobre sua mãe, Mônica, diante do marido, Patrício (Confissões, IX,19). Era assim que ela conquistava o marido.  O que tem por trás disso é a fidelidade de Mônica a Deus dia a dia. Por isso, Mônica teve a consolação de levar o marido à fonte batismal em 371, um ano antes da morte dele.
Após a morte do marido, Patrício, Mônica se viu sozinha diante da conduta desordenada do filho Agostinho, que aos 16 anos abandonou a vida digna de um filho de Deus. Trata-se de outra aflição que Mônica tinha. Agostinho era um filho rebelde à graça de Deus, inteligente, mas indiferente. Por ele, Mônica rezou e chorou. Ela suplicou a Deus com insistência e não cansou de pedir a ajuda das pessoas sábias. Um dia ela pediu o conselho do bispo Ambrosio de Milão (festa 07/12). Dele ela recebeu esta resposta: “Vai em paz, mulher, e continua assim; não te preocupes, contenta-te com rezar por ele; é impossível que perca o filho de tantas lagrimas”. Esse pensamento se expressa na coleta da festa: “Ó Deus, consolação dos que choram, que acolhestes, as lagrimas de Santa Mônica pela conversão de seu filho, Agostinho....”. Mônica mais uma vez alcançou a graça de ter conseguido de Deus a conversão de Agostinho. Agostinho recebeu o batismo em 387.

Mônica e Agostinho passaram juntos o verão na Itália, aguardando a partida de Mônica para a África. As últimas palavras de Mônica para Agostinho eram estas: “Meu filho, quanto a mim, não existe nada que me atraia nesta vida. Nem sei mesmo o que estou fazendo aqui, e por que ainda existo. Uma única coisa que me fazia desejar viver ainda um pouco era ver-te católico antes de eu morrer. Deus me concedeu algo mais e melhor: ver-te desprezar as alegrias terrenas e só a Ele (Deus) servir. Por isso, o que é que estou fazendo aqui?” (cf. Confissões, 25). “Maravilhados diante da coragem dessa mulher (Mônica), dádiva tua, perguntaram-lhe se não tinha medo de deixar o corpo longe de sua cidade natal. E ela respondeu: ‘Para Deus nada é longe, nem devo temer que no fim dos séculos ele reconheça o lugar onde me ressuscitará’”, recordou Santo Agostinho (Confissões, 28).

E dentro de pouco tempo ela morreu (em Óstia) antes de embarcar de volta à pátria. Era o ano de 387 e tinha 56 anos de idade. “Pelo nono dia de doença, aos cinqüenta e seis anos de idade, quando eu tinha trinta e três, essa alma fiel e piedosa libertou-se do corpo. Fechei-lhe os olhos, e uma tristeza infinita invadiu-me a alma. Estava prestes a transbordar em torrentes de lágrimas”, assim escreveu Santo Agostinho sobre a morte de sua mãe, Mônica (Confissões, 28-29).

Agostinho ficou tão admirado pela virtude de sua mãe, Mônica, até chegou a escrever: “Não quero calar os sentimentos que me brotam na alma a respeito de tua serva, que me deu a vida temporal segundo a carne e que, pelo coração, fez-me nascer para a vida eterna”. (Confissões IX, 17). No seu livro “Confissões”, Agostinho dedicou o cap. IX para falar da virtude de sua mãe, Mônica.

Creio que muitas mães de hoje, que sofrem pela mesma causa ou outras causas, vêem-se em Santo Mônica e se identificam com ela. Mônica quer dar a mensagem de esperança para todas as mães sofredoras que continuem a acreditar em Deus e permaneçam na oração serena. Deus pode tardar, mas nunca falha. É preciso aprendermos a viver ao ritmo de Deus, pois com Sua sabedoria infinita Deus dá o que nos é digno no tempo certo. É importante mantermo-nos fieis até o fim. E o próprio Jesus afirma: “E Deus, não faria justiça a seus eleitos que clamam a Ele dia e noite, mesmo que os faça esperar?” (Lc 18,7). 
P. Vitus Gustama,svd



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