quarta-feira, 29 de maio de 2019

Domingo,02/06/2019
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ASCENSÃO DO SENHOR-
ANO “C”


I Leitura: At 1,1-11
1 No meu primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo, 2 até o dia em que foi levado para o céu, depois de ter dado instruções, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que tinha escolhido. 3 Foi a eles que Jesus se mostrou vivo, depois de sua paixão, com numerosas provas. Durante quarenta dias, apareceu-lhes falando do Reino de Deus. 4 Durante uma refeição, deu-lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: 5 ‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias’”. 6 Então os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o Reino em Israel?” 7 Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com a sua própria autoridade. 8 Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”. 9 Depois de dizer isso, Jesus foi levado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo. 10 Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de branco, 11 que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus, que vos foi levado para o céu, virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.


II Leitura: Ef 1,17-23
Irmãos: 17 O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai, a quem pertence a glória, vos dê um espírito de sabedoria que vo-lo revele e faça verdadeiramente conhecer. 18 Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos, 19 e que imenso poder ele exerceu em favor de nós que cremos, de acordo com a sua ação e força onipotente. 20 Ele manifestou sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus, 21 bem acima de toda a autoridade, poder, potência, soberania ou qualquer título que se possa nomear, não somente neste mundo, mas ainda no mundo futuro. 22 Sim, ele pôs tudo sob seus pés e fez dele, que está acima de tudo, a Cabeça da Igreja, 23 que é o seu corpo, a plenitude daquele que possui a plenitude universal.


Evangelho: Lc 24,46-53
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 46 “Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47 e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48 Vós sereis testemunhas de tudo isso. 49 Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto”. 50 Então Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. 51 Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu. 52 Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria. 53E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus.
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Certos teólogos e Padres da Igreja (Tertuliano, Hipólito, Eusébio, Atanásio, Ambrósio e Jerônimo) concordam que a ascensão de Jesus acontece simultaneamente com a ressurreição. O dia da Páscoa, por isso, não é somente o dia da ressurreição, mas também o dia da ascensão. Esta ideia durou até o fim do século IV. Celebrava-se no assim chamado “Pentecostes”, que durava desde a Páscoa até o dia de Pentecostes, num período festivo de cinquenta dias, a ressurreição, a ascensão e a missão do Espírito Santo como um único mistério festivo. A Igreja primitiva tinha bastante consciência da unidade íntima da ressurreição, ascensão e missão do Espírito Santo. Só a partir do século V (ou no fim do século IV), baseia-se sobre o relato lucano, é que começou a existir uma festa da ascensão no quadragésimo dia, após a Páscoa e Pentecostes, separadamente como hoje temos costume de celebrar. É claro que, de ponto de vista teológico, esta separação se considera como uma perda (para ter uma visão maior sobre esse assunto veja Gerhard Lohfink, A Ascensão de Jesus, Paulinas,1977).


A ressurreição, a Ascensão e Pentecostes são aspectos diversos do mistério pascal. São apresentados como momentos distintos e são celebrados como tais na liturgia para pôr em destaque o rico conteúdo do mistério pascal.  A ressurreição sublinha a vitória de Cristo sobre a morte, a Ascensão seu retorno ao Pai e tomada de posse do Reino e Pentecostes, sua nova forma de presença na história.


Por isso, afirmar que Jesus “subiu ao céu” (1Pd 3,22) ou “foi exaltado na glória” (1Tm 3,16) é exatamente a mesma coisa que afirmar que ele “ressuscitou”, que foi glorificado, que entrou na glória de Deus. Não foi uma viagem interplanetária. Não houve nenhum deslocamento no espaço. A ascensão significa a caminhada de Jesus que vai da morte à glória do Pai, caminhada que para nós é invisível e incompreensível. Não é uma caminhada como as que conhecemos pela nossa experiência aqui na terra. Não se pode fixá-lo no tempo, nem medir sua distância, nem se pode dizer se vai nesta ou naquela direção. Tempo, distância, direção, tudo isso vale para as nossas caminhadas terrenas. A caminhada de Jesus até a glória do Pai realiza-se na ressurreição. A ascensão é um evento pascal.


Ficando independente de tempo e espaço, Jesus está totalmente liberto. Ninguém mais pode retê-lo para si, ninguém pode ser dono de Jesus, ninguém tem a última palavra para interpretá-lo. Nesse novo modo de presença, Jesus ultrapassa tudo que quisermos usar para defini-lo. A narrativa de Lucas nos Atos dos Apóstolos (a primeira leitura) é uma página de teologia, não uma informação sobre fatos. Neste relato Lucas quer nos dizer que a ressurreição de Jesus não significa que a história agora já chegou a seu termo e que a volta de Jesus na glória esteja imediatamente às portas (isso se discutia muito na época). Ao contrário, a Páscoa significa que Deus concede agora à Igreja espaço e tempo para se desenvolver: para uma missão sem fronteiras. Além disso, neste livro nos é ensinado que tudo o que acontece aqui na terra: sucesso ou fracasso, injustiças, sofrimentos e até mesmo os fatos mais absurdos, como uma morte ignominiosa, não estão excluídos do projeto e do olhar amoroso de Deus.


A festa da Ascensão nos dá a oportunidade de reacender cada dia com nova luz a maior das certezas de nossa vida: Jesus está vivo e está conosco todos os dias com seu poder (Mt 28,20). Jesus não foi para um outro lugar, mas permanece na companhia de cada um de nós. Com a Ascensão a sua presença não ficou limitada, mas se multiplicou. Por isso, a nossa esperança não está perdida no espaço, mas baseia-se na confiança depositada na lealdade de um Deus, “o qual faz viver os mortos e chama à existência as coisas que não existem” (Rm 4,17). O Deus da vida é fiel aos homens. Se este é o destino de todo o homem, a morte já não inspira medo. Jesus a transformou num nascimento para a vida com Deus. Todo aquele que tem essa esperança não se deixa ficar olhando para o céu, como fizeram os apóstolos naquele dia, mas ao contrário, traduz esta esperança em empenho e testemunho.


Sobre A Bênção E Adoração De Jesus (vv.50-52)


O motivo da bênção e da adoração foi tomado do AT, especialmente do Eclo 50,20-23 (os mesmos elementos e na mesma ordem encontram-se no texto lucano, menos a frase no v. 51). Nestes versículos narra-se a conclusão de uma liturgia no templo onde o Sumo Sacerdote ergueu as mãos e abençoou o povo. Depois disso, o povo se prostrou em adoração.


“Jesus, erguendo as mãos, os abençoou” (v.50). “Erguer as mãos” caracteriza o ressuscitado que se despede como sacerdote: a despedida em forma de bênção é fim da liturgia de sua vida, mas essa bênção há de ficar sobre eles: “Enquanto os abençoava, Jesus afastou-se deles” (v.51). Ao se despedir, Jesus abrange a comunidade dos discípulos com sua bênção, subtraindo-se, mas permanecendo próximo e presente de uma nova maneira.


Os discípulos, abençoados com toda a bênção espiritual, recebem a missão de comunicar a bênção da fé, da conversão e da salvação a todas as nações (v.47). Todo cristão, abençoado, é também enviado. Em cada missa/eucaristia todos nós somos abençoados pela experiência da comunhão fraterna, pela Palavra de Deus, pelo Pão da vida, o Pão eucarístico. Por isso nós recebemos também uma missão: transformarmo-nos em fonte de bênção para o próximo. Isso é explicitado no rito final da Missa. Dá-se a bênção e realiza-se o envio: “Ide em paz e o Senhor vos acompanhe!” respondemos: “Graças a Deus!” Também minha vida será uma ação de graças e uma bênção e uma paz para os outros. A eucaristia/missa nos consagra em cada domingo a esta missão. Voltemos para casa na expectativa de ser “revestidos da força do alto” (Lc 24,49), da paz e da bênção do Senhor.


A celebração da Ascensão do Senhor urge-nos a passar da comodidade (comodismo), dos bons sentimentos à realidade dos fatos, mesmo chegando a complicar nossa vida por amor de Cristo e dos irmãos mais necessitados. Somente assim cumpriremos como discípulos de Jesus a tarefa de tornar real em nosso mundo Cristo, nossa esperança e salvação.


Sobre A Alegria (v.52)


 Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria” (v.52). É uma alegria estranha numa despedida! Certamente, no dia da Ascensão do Senhor aconteceu uma transformação maravilhosa nos discípulos. Os discípulos compreenderam claramente, apesar de todas as tendências humanas, que deviam procurar a alegria para além do visível, no reino do invisível, e que poderiam encontrá-la porque Cristo está presente por toda a parte. E assim os discípulos começaram a experimentar vivamente que o invisível e o inefável se ocultam no visível. A partir daí, o homem não tem mais que olhar extasiado para o céu, para encontrar a alegria, mas para se desempenhar nas tarefas terrenas. O Senhor habita no coração que sabe amar. E o amor nos alegra.


O Evangelho de Lucas é, além de outros títulos, conhecido também como “o Evangelho de alegria”. O verbo ”alegrar-se” se encontra sete vezes em Lc e nenhum em outros evangelhos. O substantivo “alegria” ocorre 12 vezes em Lucas e 16 vezes em outros evangelhos. Em Lucas, a alegria é um mandamento de Jesus: “Alegrai-vos porque vossos nomes estão escritos nos céus” (Lc 10,20).


A alegria é sinal da salvação que se aproxima e que já se realiza em Jesus Cristo. Ela é a característica do cristão na esperança, na expectativa e na certeza da ressurreição. Por isso, a tristeza e o desânimo não são apenas sintomas de um profundo cansaço, mas são um sinal da ausência de uma verdadeira esperança cristã que no fundo provém de uma falta de fé.


A autêntica alegria constitui sempre um presente para nós. Ela procede de Deus. A alegria humana é uma participação graciosa na alegria divina, na essência de Deus, que constitui um único espaço de sublime alegria. As fontes da autêntica alegria estão, portanto, lá onde o homem sai ao encontro de Deus.


Um coração feliz e um caráter alegre são um dom precioso não só para aquele que os possui, mas também para aqueles que vivem à sua volta. A Bíblia fala da dança e da salmodia como expressões de júbilo. E a Bíblia fala frequentes vezes das muitas e boas razões que temos para estarmos alegres. A revelação divina é, do princípio ao fim, uma mensagem de alegria contagiosa. São Paulo, por exemplo, grita: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4). Se interiorizarmos esta rica mensagem de alegria, nada deverá perturbar ou mesmo destruir a nossa paz interior. Toda a nossa existência, qualquer gesto da nossa parte, deveria manifestar ao mundo que temos origem na transbordante bem-aventurança de Deus que nos chamou a concelebrar o festim eterno da Sua felicidade e da Sua alegria.


A alegria cristã é independente de qualquer coisa no mundo porque tem sua fonte na contínua presença de Cristo (cf. Mt 28,20). O cristão pode perder todas as coisas e todas as pessoas, mas ele jamais perderá Cristo Jesus (Rm 8,35-39). Embora se encontre numa circunstância em que a alegria se tornaria impossível, a alegria cristã permanece. Para São Paulo, nenhum obstáculo ou dificuldade é capaz de impedir a verdadeira alegria, pois ela é um dos frutos do Espírito Santo (cf. Gl 5,22). Trata-se da origem superior, e por isso, está acima de tudo que é passageiro. Tudo pode passar, inclusive o sofrimento, mas a alegria permanece, pois é o fruto da aceitação de Deus na vida do homem, fruto do Espírito Santo. O mistério de alegria nasce de Deus, é um dom, e por isso não se compra em nossos mercados nem se encontra em nossas salas de festa. A alegria brota de dentro e tem sua origem no Espírito Deus. Dois amores, quando estiverem juntos, são sempre felizes, onde quer que eles estejam. Seria blasfêmia apresentar Deus como inimigo da vida e da alegria. O homem foi criado para expandir-se na alegria e é, por isso, chamado por Deus para expandir a alegria.  Não é por acaso que para o evangelista Lucas a alegria é um mandamento: “Alegrai-vos porque vossos nomes estão inscritos nos céus” (Lc 10,20). O verdadeiro cristão jamais perderá sua alegria porque jamais perderá Jesus Cristo.


Quando fizermos o tão necessário da alegria, não pensemos só em nós. O nosso próximo necessita do nosso rosto alegre e, às vezes, também de uma palavra que o faça sorrir. A firme intenção de sermos portadores de alegria e o empenho em contagiar os outros com uma alegria santa, são uma defesa muito eficaz contra a perda da mesma. Na medida em que nós distribuímos alegria, a experimentamos também.  Podemos e devemos, por isso, rezar para alcançarmos um coração alegre e aprendermos a arte de alegrar os outros. é preciso nos manter em união plena com o Espirito Divino para nos manter na verdadeira alegria.


Ascensão É Uma Festa De Compromisso Cristão


O livro dos Atos dos Apóstolos nos relata que durante quarenta dias depois da ressurreição Jesus apareceu aos discípulos falando-lhes do Reino de Deus (At 1,3b). O número quarenta é um número simbólico: é o número que define o tempo necessário para que um discípulo possa aprender e repetir as lições do mestre. Aqui define, portanto, o tempo simbólico de iniciação ao ensinamento do Ressuscitado.


Além disso, o mesmo livro nos relata que dois homens vestidos de branco chamam atenção dos discípulos ao dizer: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu?” (At 1,10b.11).


Tudo isto quer nos dizer que o cristão é chamado a não ficar parado num espiritualismo alienado da realidade, e sim a transformar o mundo através da vivência e do anúncio dos valores que Cristo lhes ensinou que se resumem no mandamento do amor fraterno. Os cristãos recebem de Jesus o encargo de anunciar a Boa Notícia para todos. Anunciar Jesus Cristo significa dar testemunho de um fato, de um acontecimento. O anúncio tem de ser acompanhado por sinais que dão credibilidade que serão por si mesmos Boa Notícia. A mensagem deve ser um anúncio de libertação para todos, libertação daquelas ideologias que propõem ao homem um modo de vida contrário ao que Deus quer.


Portanto, a prova de que alguém fala em nome de Jesus são estes: quando as suas palavras saem do coração livre, as palavras que têm a marca do coração; quando se compromete com a libertação dos homens; quando sua vida mostra que o amor é muito mais importante do que o poder, o prestígio e o dinheiro; Quando ele é apaixonado pela vida e pela defesa da vida em todas as suas etapas: no seu início, na sua duração e no seu fim. Estes sinais: a libertação, o amor e a vida são os sinais que devem identificar aos seguidores de Jesus, os sinais que garantem que a mensagem anunciada é a mensagem de Cristo.


A ascensão de Jesus nos recorda que Ele foi elevado para junto do Pai e nos encarregou de continuar a tornar realidade o seu projeto libertador no meio dos homens, nossos irmãos. Jesus não está aqui fisicamente, mas podemos lhe emprestar nosso corpo para fazer Jesus presente no mundo. Jesus não tem aqui Suas mãos, mas as nossas lhe servem para continuarmos a abençoar, a libertar e a construir a fraternidade. Jesus não pode mais, fisicamente, percorrer nossos caminhos, mas podemos emprestar nossos pés para ir ao encontro dos necessitados (Igreja em saída), como Jesus fazia. Jesus não pode repetir Suas bem-aventuranças nem proclamar o Ano da graça nem pronunciar Suas palavras de vida eterna, mas podemos lhe emprestar nossos lábios para continuar a anunciar a Boa Notícia aos pobres/necessitados e a salvação a todas as pessoas. Jesus não pode acariciar as crianças, curar os enfermos, perdoar aos pecadores, mas podemos emprestar-lhe nosso coração para continuar a estar próximos de todos os que sofrem e a mostrar e anunciar-lhes a misericórdia de Deus.


É relativamente frequente ouvirmos dizer que muitos seguidores de Jesus gostam mais de olhar para o céu, do que comprometerem-se na transformação da terra. Estamos, efetivamente, atentos aos problemas e às angústias dos homens, ou vivemos de olhos postos no céu, num espiritualismo alienado? Sentimo-nos questionados pelas inquietações, pelas misérias, pelos sofrimentos, pelos sonhos, pelas esperanças que enchem o coração dos que nos rodeiam? Sentimo-nos solidários com todos os homens, particularmente com aqueles que sofrem?


Tudo isso quer nos dizer que não existe lugar definitivo aqui neste mundo. O lugar definitivo não está aqui. Também nossos bens, tudo o que possuímos é provisional. Não poderemos levar nada conosco. Tudo o que não partilhamos com os outros perdemos. Tudo o que guardamos para nós somente, tudo o que intentamos conservar com nossas próprias forças, se desfazer em nossas mãos. Tudo o que conservamos com carinho, tudo o que consideramos mais valioso de nossa vida, o perderemos se não pusermos ao serviço dos irmãos: bens materiais, tempo, conhecimento.


Nossa vida sobre a terra deve ser uma constante Ascensão, isto é, deve ser uma constante superação, um progresso, uma maduração. Viver é dar passos adiante, alcançar novas metas, aproximar-se da plenitude. As imagens que indicam as possibilidades da vida humana são a semente que cresce, o caminho a percorrer, a meta a ser alcançada. A vida é um projeto que se vai perfilando, mas que nunca se acaba. Para manter a esperança temos ter sempre presente a meta que queremos alcançar. Ao dizer que Jesus subiu aos céus ou foi levado ao céu, o texto bíblico quer nos dizer que a vida de Jesus alcançou a plenitude, pois ele sempre a viveu em função do bem, da bondade, do amor, da compaixão. A vida de Jesus foi uma vivida em Deus que se traduziu no amor sem limite ao ser humano, especialmente aos necessitados.
P. Vitus Gustama,svd

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