SÃO
MATIAS,
14 de
At 1,15-17.20-26; Jo 15,9-17
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Neste
Eleição de Matias Como Apóstolo
É digno de observar e de levar em conta a eleição do novo apóstolo num clima de oração. Os Onze apóstolo entram em oração para saber a vontade de Deus. Com isso os apóstolos querem nos dizer claramente que a eleição realizada não é obra dos apóstolos e sim totalmente a vontade e a intervenção de Deus. Esta lição é um ótimo ensinamento para nós: temos que deixar abertas nossas decisões à vontade de Deus e inspirar nossas opções nas opções de Deus pela ação do Espírito Santo em nós.
Os
Pedro,
Pedro, ao
E Pedro acrescentou: “Está
Matias foi escolhido através da chamada divina para ocupar o lugar de Judas Iscariotes, como para compensar a traição de Judas. Como sabemos que Judas traiu Jesus, seu Mestre. O Verbo "trair" deriva de uma palavra grega que significa "entregar". Por vezes o seu sujeito é inclusivamente Deus em pessoa: foi ele que por amor "entregou" Jesus por todos nós (cf. Rm 8, 32). No seu misterioso projeto salvífico, Deus assume o gesto imperdoável de Judas como ocasião da doação total do Filho para a redenção do mundo. Matias precisamente ocupa o lugar de Judas Iscariotes. Deus precisa de cada um de nós para completar sua obra de redenção.
Tenhamos consciência de que na Igreja não faltam cristãos indignos e traidores. Mas compete a cada um de nós equilibrar o mal que eles praticam com o nosso testemunho transparente a Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.
Amar Como Jesus Nos Amou, Até O Fim
Jo 15,9-17
A breve passagem do evangelho de hoje tirada do Evangelho de são João, na Festa do apóstolo Matias, nos oferece umas palavras do nosso Senhor Jesus Cristo durante a Última Ceia com seus discípulos. São palavras carregadas de riqueza de conteúdo. Fixemos na ideia principal: DEUS NOS AMA. Com toda razão temos que dizer que somos objeto do carinho divino. Nosso Criador e Senhor, sem deixar de sê-lo, nos ama com um amor pessoal, com um amor à maneira do amor que o Pai eterno tem para seu Filho Unigênito, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade: “Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor”.
Certamente, não há palavras humanas capazes de expressar a bondade de Deus com sua criatura humana. Também nossos sentimentos são incapazes de vibrar adequadamente em consonância com o inapreciável tesouro recebido. Deus nos ama é uma mensagem muito forte. É uma frase que deve ser lembrada e vivida por qualquer um de nós para que permaneçamos alegres e esperançosos.
É necessário pensar muitas vezes naquilo que Jesus insiste em que Deus quis e quer nos faze objeto de seu amor. “Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor”. Estas palavras de Jesus mostram uma particular ternura, um reflexo dos sentimentos de seu coração. Jesus é meu Amigo entranhável que quer com toda divina loucura de seu Coração. Pensemos bem nesta verdade: Tu és de Deus. Deus é teu! Ele te ama.
Com efeito, o apóstolo, o cristão é alguém que se sente
chamado a amar, a amar até o extremo, a amar além de toda possibilidade humana,
a amar a todos, sempre, a amar até a entrega total de si mesmo, a exemplo do
próprio Jesus. Por isso, o apóstolo, o cristão antes de
tudo, deve “permanecer no amor”: no
amor de Jesus a ele (apóstolo/cristão) e no amor do Pai a Jesus: “Como
meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor”.
Permanecer no amor significa viver em comunhão perfeita que é, ao mesmo tempo, horizontal e vertical, isto é, com os irmãos na fé e com Deus, término último de nosso amor.
“Deus nos ama” é a mensagem muito forte do Evangelho de hoje. O amor de Deus por nós chegou até o extremo de entregar seu próprio Filho para o perdão de nossos pecados e para que n´Ele recebamos a própria vida de Deus. Jesus Cristo, sua vida, seu ministério, suas palavras, suas obras, sua própria pessoa, é a linguagem pela qual Deus nos diz quanto nos ama. Mas de nada servirá esta oferta de amor que Deus faz, se nos fecharmos e não nos deixarmos amar. Nossa felicidade não consiste apenas em ser amados, nem tampouco em amar aos demais como Cristo nos amou. Para que a felicidade seja nossa e chegue à sua plenitude em nós, devemos nos deixar amar, devemos aceitar conscientemente esse amor, devemos caminhar alegres por este amor, seguros e dispostos a tudo num compromisso de totalidade com Aquele que nos ama. Esse amor nos leva a darmos frutos, frutos de amor que permaneçam como um sinal de que glorificamos nosso Deus e Pai.
O amor, que Deus nos tem, nos reúne, como filhos e filhas seus, para participarmos da Mesa em que seu Filho não somente se faz presente entre nós mediante o Memorial de seu Mistério Pascal (Paixão-Morte-Ressurreição) e sim que se converte em alimento de Vida eterna para nós todos. Jesus, tendo nos amado, nos amou até ao extremo. Que abramos nosso ser completamente a esse amor para que o amor de Deus, que nos manifestou em seu Filho Jesus Cristo, seja nosso. O amor é que nos leva para a vida eterna. O amor nos eleva até Deus de amor. O amor nos torna irmãos para os outros.
Entrar em comunhão de vida com Cristo,
portanto, nos leva a aceitarmos ser perdoados e renovados em Cristo Jesus. Na
Eucaristia não somente celebramos o amor de Deus por nós e sim que o tornemos
nosso, de tal forma que, renovados em Cristo Jesus, não caminharemos sob o
impulso de nossos caprichos nem de nossas paixões desordenadas e sim sob o
impulso do Espirito de Deus e a Vida nova que de Deus recebemos em Jesus
Cristo, Pão da Vida eterna para nós. O homem morre não quando deixa de viver e
sim quando deixa de amar. O homem vive de verdade não quando respira e sim
quando ama e perdoa. São Matias, interceda por nos para permanecermos no amor
de Cristo! Assim seja!
P. Vitus Gustama,svd
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