domingo, 9 de outubro de 2022

12/10/2022-Nossa Senhora Aparecida

NOSSA SENHORA APARECIDA

Pescadores: Domingos Martins Garcia, Joao Alves e Filipe Pedroso

(1717)

Primeira Leitura: Est 5,1b-2;7,2b-3

1b Ester revestiu-se com vestes de rainha e foi colocar-se no vestíbulo interno do palácio real, frente à residência do rei. O rei estava sentado no trono real, na sala do trono, frente à entrada. 2 Ao ver a rainha Ester parada no vestíbulo, olhou para ela com agrado e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão, e Ester aproximou-se para tocar a ponta do cetro. 7,2b Então, o rei lhe disse: “O que me pedes, Ester; o que queres que eu faça? Ainda que me pedisses a metade do meu reino, ela te seria concedida”. 3 Ester respondeu-lhe: “Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida — eis o meu pedido! — e a vida do meu povo — eis o meu desejo!” 

Segunda Leitura: Ap 12,1.5.13a.15-16a

1Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. 5E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. 13aQuando viu que tinha sido expulso para a terra, o dragão começou a perseguir a mulher que tinha dado à luz o menino. 15A serpente, então, vomitou como um rio de água atrás da mulher, a fim de a submergir. 16aA terra, porém, veio em socorro da mulher.

Evangelho: Jo 2,1-11

Naquele tempo, 1houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. 4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”. 5Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser!”. 6Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. 7Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água!”. Encheram-nas até a boca. 8Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala!”. E eles levaram. 9O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. 10O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!” 11Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele.

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Neste dia 12 de outubro celebramos a solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. 

Onde foi encontrada a imagem de Nossa Senhora Aparecida? Foi encontrada no fundo do rio Paraíba do Sul, no Porto de Iguaçu. O fato de eles terem encontrado a imagem no fundo de um rio nos chama nossa atenção. Isso nos lembra aquilo que Jesus disse aos discípulos depois de uma noite sem apanharem nenhum peixe: avança para as águas profundas. Duc in altum! (cf. Lc 5,4). 

E não é qualquer imagem que foi encontrada e sim a imagem de Nossa Senhora. Quem é a Nossa Senhora? É aquela que se abriu para o mistério e o plano de Deus. É aquela que gera o Autor da vida, a vida de nossas vidas, Jesus Cristo (cf. Jo 1,4; 10,10;14,6). 

Onde se encontram coisas valiosas? Não na superfície e sim na profundeza. Santo Agostinho dizia que para rezar não precisa olhar para o céu e sim olhar para dentro de si, no fundo do seu ser. Até o Salmista rezou: das profundezas eu clamo a Ti, Senhor (Sl 130,1). Precisamos aprofundar nas coisas e nos acontecimentos para encontrar sua essência e seu sentido. Vier superficialmente é viver sem sentido, pois nada se faz com sentido e com profundidade. 

Não sejamos pessoais superficiais que não querem avançar para a vida de mais valores. Diante da vitória, continue! Diante da derrota, não desanime, diante da dor não se entregue, diante do fracasso, aprenda, diante do novo mergulhe, diante do desafio, abrace, diante do amor, ame, diante do passado, aprenda, diante do futuro, sonhe, diante do presente, vibre e diante de tudo, viva! Essa é maneira de viver na sua profundidade. 

Segundo o relato, depois de uma longa distância os três pescadores apanharam, não peixe e sim a imagem de Nossa Senhora: primeiro, o corpo e depois, a cabeça de Nossa Senhora. Somente depois disso é que começaram a apanhar uma grande quantidade de peixes. O que isso quer nos dizer? 

Isto quer nos dizer que para vivermos a vida na sua abundância e plenitude precisamos colocar em primeiro lugar Aquele que é a fonte e o Doador da vida: Deus. É preciso procurar primeiro o Criador para depois procurar as criaturas de Deus para nossa vida neste mundo. Muitos homens somente correm atrás das coisas de Deus e se esquecem do Deus das coisas. Muitos querem matar a sede e não procuram cuidar da fonte onde a água sai.  Aqui Maria representa aquele ventre bendito pelo qual nos trouxe a vida que é Jesus Cristo. Para vivermos na alegria, no ânimo, precisamos colocar Deus em primeiro lugar, precisamos viver a Palavra de Deus e de acordo com Sua Palavra. A vida, antes de ser vivida, precisa ser rezada para que possamos viver a vida na sua abundância e plenitude. 

Em segundo lugar, depois que pescaram a imagem de Nossa Senhora é que os três pescadores começaram a apanhar uma grande quantidade de peixes. Com isso, a Nossa Senhora quer falar para os três: “Eu sou a Mãe de vocês. Vocês são meus filhos. Não desistam de suas dignas lutas, pois cedo ou tarde eu vou aparecer na vida de vocês para ajudá-los. Vivam como filhos meus e, portanto, como irmãos”. “Eis a tua mãe!”, disse Jesus da Cruz ao discípulo amado (Jo 19,27). 

Nós frequentemente chamamos Nossa Senhora de mãe. Logo somos filhos. Logo somos irmãos de Jesus. Logo somos uma família com Jesus. É preciso viver a espiritualidade familiar onde um membro se preocupa com o outro membro, um cuida do outro. É viver na filiação divina. Sem a vivência dessa espiritualidade familiar, não podemos chamar Maria de nossa Mãe, pois careceria de sentido. 

Quando fala sobre Maria, a Mãe da evangelização, na sua exortação apostólica Evangelii Gaudium, o Papa Francisco escreveu: “Como Mãe de todos, (Maria) é sinal de esperança para os povos que sofrem as dores do parto até que germine a justiça. Ela é a missionária que Se aproxima de nós, para nos acompanhar ao longo da vida, abrindo os corações à fé com o seu afeto materno. Como uma verdadeira mãe, caminha connosco, luta connosco e aproxima-nos incessantemente do amor de Deus. Através dos diferentes títulos marianos, geralmente ligados aos santuários, compartilha as vicissitudes de cada povo que recebeu o Evangelho e entra a formar parte da sua identidade histórica. Muitos pais cristãos pedem o Batismo para seus filhos num santuário mariano, manifestando assim a fé na ação materna de Maria que gera novos filhos para Deus. É lá, nos santuários, que se pode observar como Maria reúne ao seu redor os filhos que, com grandes sacrifícios, vêm peregrinos para A ver e deixar-se olhar por Ela. Lá encontram a força de Deus para suportar os sofrimentos e as fadigas da vida. Como a São João Diego, Maria oferece-lhes a carícia da sua consolação materna e diz-lhes: ‘Não se perturbe o teu coração. (...) Não estou aqui eu, que sou tua Mãe?’” (n.286).

A festa de Nossa Senhora Aparecida quer nos lembrar que somos filhos de Deus, pois nós chamamos Deus de Pai Nosso. Quem ensinou isso foi Jesus, Aquele nasceu de Maria. Ser irmão é ser aquele que quer o teu bem, mesmo às vezes discordando de ti; que não procura te explorar, é aquele que sabe te olhar sem a inveja de tua felicidade; é aquele que te corrige na intimidade e te elogia em publico; é aquele que sorri contigo na alegria, te consola na tristeza, te alivia na dor e se eterniza contigo em Deus. Irmão é aquele que tem uma alma acolhedora, um coração aberto e a mão sempre amiga. Ser irmão é ser amigo. “A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor” (Joseph Addison). Em outras palavras, É ser filho de Deus e irmão de Jesus Cristo. 

Para celebrar a festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida a Igreja (no Brasil) escolhe uma passagem do evangelho de São João 2,1-11 que fala da festa de casamento em Caná da Galileia. No entanto, os protagonistas não são os noivos, mas Jesus e sua mãe, o que aponta já para dois níveis de leitura: a leitura a partir de Cristo que converte a água em vinho e a leitura a partir de Maria que faz a intervenção suplicante nessa festa.          

1. Festa De Casamento: Quem É O Nosso Deus Revelado Em Jesus Cristo?          

O simbolismo matrimonial é freqüente na Bíblia (Is 54,6.10; 62,5;Os 2,16-18.21 etc...) para falar da ternura, da intimidade e do afeto da nova relação de Deus com o seu povo, todos nós. Isto quer nos dizer que o nosso Deus não é um Deus severo e tirano, e sim esposo e amigo, capaz de amar com ternura e paixão, de encontrar alegria no amor a seu povo.           

Não é por acaso que o texto diz: “Jesus e os seus discípulos foram também convidados para o casamento” (v.3). Isto quer nos dizer que o Deus de Jesus não nos é revelado rodeado de imponente majestade, mas nas bodas e acompanhado de amigos. É precisamente isto que o que o evangelista João diz: a presença de Jesus é a manifestação deste Deus novo e diferente. Não do medo e do castigo, distante das pessoas, mas o Deus próximo, em meio à festa compartilhando as suas alegrias e preocupações. É um Deus que nos acompanha, que está sempre no meio de nós (Mt 28,20; 18,20). A religião de Jesus é, e continua sendo a da alegria e a da festa compartilhada porque Jesus é o vinho novo da nossa vida. Ele é capaz de transformar as situações em que tudo parece como água, sem sabor nem cor. Quem está com Jesus tem vida sobrando, pois Jesus que é a Vida (Jo 14,6; 10,10) comunica continuamente vida e alegria. Para vivermos a vida na sua abundância precisamos ter lugar especial para Jesus na nossa vida diária. 

2. Maria, Nossa Mãe Quem Suplica Por Nós 

A cena da festa de bodas em Cana da Galiléia, que lemos no Evangelho de hoje, é rica em detalhes. Uma festa de bodas é um marco bíblico para explicar o amor de Deus para com os homens, todos nós. A história da salvação é uma história de amor: o amor de Deus pelos homens. Nesta história há infidelidades e traições, como em qualquer casamento, mas o amor de Deus é mais forte do que as infidelidades dos homens. Nesta história há tentativa de divisão e desunião, mas Deus dá oportunidade para as reconciliações, para a renovação de aliança ou de compromisso, pois Ele é amor (1Jo 4,8.16). Nesta história de amor, às vezes, o homem sente como se Deus largasse os homens no seu destino, mas outra vez o homem se lembra de que seu nome está escrito na palma da mão de Deus (cf. Is 49,16) e que Deus chama cada homem pelo nome (cf. Is 43,1). Este evangelho quer nos dizer que o mais divino e o mais humano andam juntos, mesmo que o homem não o perceba. Com Jesus chegou o tempo definitivo.                     

Maria, Mãe de Jesus também estava presente nas Bodas de Caná. O texto diz: “A mãe de Jesus estava presente”. Mas não é uma presença passiva. A mãe de Jesus está presente ativamente a ponto de perceber a necessidade dos noivos e interceder por eles: “Eles não têm mais vinho”. Maria tem a capacidade de dar atenção às coisas particulares. Ela consegue ver o ponto central com a inteligência do coração. Este comportamento chama-se ATENÇÃO.  Atenção é um comportamento vigilante do eu sobre os outros e suas necessidades. É uma prontidão em notar sinais de sofrimento em volta de si e para depois oferecer uma solução para sanar essa situação. Esta é a presença que queremos de Maria em nossa vida, em nossa casa e na sociedade. Ao mesmo tempo esta é a presença que Maria quer de nós na nossa vida, em casa e na sociedade. 

E nessa festa, ao perceber que estava faltando vinho, Maria se dirigiu diretamente a Jesus e não ao organizador da festa: “Eles não têm mais vinho”. O vinho, na Bíblia, representa o amor e a alegria (cf. Ct 1,2;7,10;8,2). Quem são “eles” nesta frase da mãe de Jesus?  São aqueles que basearam a relação com Deus não no amor, mas numa série de normas e regras, tornando assim essa relação fria e paralisada. Jesus é quem transforma essa relação cheia de regras para uma relação cheia de amor simbolizada na transformação da água em vinho.         

Mas a mãe de Jesus não quer que as pessoas fiquem presas nela. Porque ela não é o destino de nossa peregrinação, mas Deus. Por isso, há uma expressão no Evangelho de hoje que deve ser acentuada: “Fazei tudo o que ele vos disser” (v.5). É um pedido que parte de Maria a cada um de nós. Maria pede, sim, graças ao Filho e as obtém. Mas ao mesmo tempo nos pede fazer aquilo que Cristo nos ensinou, para que também nós realizemos a nossa parte. Por isso, todas as vezes que fazemos um pedido a Maria, nossa súplica deve ser ao mesmo tempo um exame de consciência de como estamos vivendo os ensinamentos de Cristo. “Fazei tudo o que ele vos disser” são as últimas palavras que os Evangelhos conservaram de Nossa Senhora. Com a mesma insistência e cuidado ela as repete hoje para nós. E Maria é o exemplo de tudo o que ela nos disse. Observemos que Maria, com seu “faça-se em mim segundo a Tua palavra”(Lc 1,38), dito na anunciação e vivido na fé e na esperança ao longo de seus dias, é modelo para nós hoje em fazer a vontade de Deus. Por isso, para ser de Maria tem que ser de Deus para que sejamos também do povo. Maria é de Deus, e por isso, ela é do povo. Será que somos de Deus? Será que você é de Deus? 

 Fazei tudo o que ele vos disser” (v.5). O que leva Maria a dizer esta frase é a fé absoluta em Jesus Cristo. Ela não exige provas antes de render a seu Filho uma total confiança. Ela não tem dúvida alguma de que Jesus vai fazer algo. Maria leva até o limite a sua fé consciente. Ela abandona-se à decisão do Filho. A fé de Maria é ilimitada em Jesus. A expressão “Fazei tudo o que ele vos disser”, sublinha a soberania de Jesus, por um lado e a fé absoluta de Maria em Jesus, por outro lado.         

Pela sua atitude e pelas suas palavras, ao convidar os servidores a adotar a mesma atitude de obediência às palavras de Jesus, Maria é modelo para todos os que fazem parte do novo Povo de Deus. Maria não só realiza a vontade de Deus na sua vida, mas também orienta os outros a fazerem de acordo com a Palavra de Deus. Maria, como a perfeita discípula e seguidora de Jesus se torna mestra e guia para todos nós. Sua frase continua atual. Ela continua nos dizendo hoje: “Para ser feliz, para viver a vida na sua profundidade e na sua abundância, vale a pena ouvir, ler, meditar e viver de açodo com a Palavra de Deus”.          

Além disso, Maria nos ensina a orar pelos nossos irmãos, assim como ela fez nas Bodas de Caná. Maria é uma mulher muito atenciosa e prestativa. Por isso, ela percebe com rapidez as necessidades dos outros e logo toma providência ou toma iniciativa. Maria é muito atenciosa. A atenção é um comportamento vigilante do eu sobre os outros; é uma transparência de olhar, uma prontidão em notar sinais de sofrimento em volta de si, um doar-se. A atenção é o amor verdadeiro, delicado, desinteressado e previdente. Ela é uma qualidade humana necessária e preliminar no caminho espiritual. 

Virgem e Mãe Maria, Vós que, movida pelo Espírito, acolhestes o Verbo da vida na profundidade da vossa fé humilde, totalmente entregue ao Eterno, ajudai-nos a dizer o nosso ‘sim’ perante a urgência, mais imperiosa do que nunca, de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus. Vós, cheia da presença de Cristo, levastes a alegria a João o Baptista, fazendo-o exultar no seio de sua mãe. Vós, estremecendo de alegria, cantastes as maravilhas do Senhor. Vós, que permanecestes firme diante da Cruz com uma fé inabalável, e recebestes a jubilosa consolação da ressurreição, reunistes os discípulos à espera do Espírito para que nascesse a Igreja evangelizadora. Alcançai-nos agora um novo ardor de ressuscitados para levar a todos o Evangelho da vida que vence a morte. Dai-nos a santa ousadia de buscar novos caminhos para que chegue a todos o dom da beleza que não se apaga. Vós, Virgem da escuta e da contemplação, Mãe do amor, esposa das núpcias eternas intercedei pela Igreja, da qual sois o ícone puríssimo, para que ela nunca se feche nem se detenha na sua paixão por instaurar o Reino. Estrela da nova evangelização, ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão, do serviço, da fé ardente e generosa, da justiça e do amor aos pobres, para que a alegria do Evangelho chegue até aos confins da terra e nenhuma periferia fique privada da sua luz. Mãe do Evangelho vivente, manancial de alegria para os pequeninos, rogai por nós. Amém. Aleluia! (Papa Francisco: Exortação Apostólica, Evangelii Gaudium n.288). 

Que Nossa Senhora interceda por nós para que tenhamos um coração e um olhar atenciosos sobre nossos irmãos que necessitam de nossa ajuda ou apoio. Assim seja!

Pe. Vitus Gustama,svd

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