sábado, 7 de maio de 2016




SER MÃE


“Em cada família há mãe. Cada pessoa deve a vida a uma mãe e quase sempre lhe deve muito da própria existência sucessiva, da formação humana e espiritual. Contudo, a mãe é pouco escutada e pouco ajudada no dia a dia, pouco considerada no seu papel central na sociedade. Aliás, muitas vezes aproveita-se da disponibilidade das mães a sacrificar-se pelos filhos para ´economizar´ nas despesas sociais.


Acontece também que na comunidade cristã a mãe nem sempre é valorizada, é pouco ouvida. Todavia, no centro da vida da Igreja está a Mãe de Jesus.


As mães são o antídoto mais forte contra o propagar-se do individualismo egoísta. ´Indivíduo´ quer dizer ´que não se pode dividir´. As mães, ao contrário, ´dividem-se´, a partir do momento em que hospedam um filho para dar à luz e fazer crescer. São elas, as mães, que mais odeiam a guerra, que mata os seus filhos. A escolha de vida de uma mãe é a escolha de dar a vida. E isso é grande, é bonito.


Uma sociedade sem mães seria uma sociedade desumana, porque as mães sabem testemunha sempre, mesmo nos piores momentos, a ternura, a dedicação, a força moral. As mães transmitem, muitas vezes, também o sentido mais profundo da prática religiosa: nas primeiras orações, nos primeiros gestos de devoção que uma criança aprende, está inscrito o valor da fé na vida de um ser humano. Sem as mães, não somente não haveria novos fiéis, mas a fé perderia boa parte do seu calor simples e profundo. E a Igreja é mãe, com tudo isso, é nossa mãe! Nós não somos órfãos, temos uma mãe! Nossa Senhora, a mãe Igreja e a nossa mãe. Não somos órfãos, somos filhos da Igreja, somos filhos de Nossa Senhora e somos filhos das nossas mães.


Queridas mães, obrigado, obrigado por aquilo que sois na família e porque o dais à Igreja e ao mundo. E a ti, amada Igreja, obrigado por ser mãe. E a ti, Maria, mãe de Deus, obrigado por nos fazer ver Jesus. E obrigado a todas as mães aqui presentes: saudemo-las com um aplauso!”


Papa Francisco


Fonte: AUDIÊNCIA GERAL, Sala Paulo VI Quarta-feira, 7 de Janeiro de 2015

Um comentário:

viagem disse...

Obrigada pelo carinho.

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