sábado, 25 de setembro de 2021

Quinta-feira Da XXVI Semana Comum, 30/09/2021

SOMOS TODOS MISSIONÁRIOS DO SENHOR

Quinta-feira da XXVI Semana Comum

Memória de São Jerônimo

Primeira Leitura: Ne 8,1-4a.5-6.7b-12

Naqueles dias, 1 todo o povo se reuniu como um só homem na praça que fica defronte da porta das Águas, e pediu ao escriba Esdras que trouxesse o livro da Lei de Moisés, que o Senhor havia prescrito a Israel. 2 O sacerdote Esdras apresentou a Lei diante da assembleia de homens, de mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. Era o primeiro dia do sétimo mês. 3 Assim, na praça que fica defronte da porta das Águas, Esdras fez a leitura do livro, desde o amanhecer até o meio-dia, na presença dos homens, das mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. E todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei. 4ª Esdras, o escriba, estava de pé sobre um estrado de madeira, erguido para esse fim. 5 Estando num lugar mais alto, ele abriu o livro à vista de todo o povo. E, quando o abriu, todo o povo ficou de pé. 6 Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu, levantando as mãos: “Amém! Amém!” Depois inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor, com o rosto em terra. 7b Os levitas explicavam a Lei ao povo, e cada um ficou em seu lugar. 8 E leram clara e distintamente o livro da Lei de Deus e explicaram seu sentido, de maneira que se pudesse compreender a leitura. 9 O governador Neemias e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo disseram a todos: “Este é um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus! Não fiqueis tristes nem choreis”, pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei. 10 E Neemias disse-lhes: “Ide para vossas casas e comei carnes gordas, tomai bebidas doces e reparti com aqueles que nada prepararam, pois este dia é santo para o nosso Senhor. Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será a vossa força”. 11 E os levitas acalmavam todo o povo, dizendo: “Ficai tranquilos; hoje é um dia santo. Não vos aflijais!” 12 E todo o povo se retirou para comer e beber. Distribuíram também aos outros e expandiram-se em grande alegria, pois haviam entendido as palavras que lhes tinham sido explicadas. 

Evangelho: Lc 10,1-12

Naquele tempo, 1 o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2 E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3 Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4 Não leveis bolsa nem sacola nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5 Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ 6 Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7 Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. 8 Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9 curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós’. 10 Mas, quando entrardes nu­ma cidade e não fordes bem recebidos, saindo pelas ruas, dizei: 11 ‘Até a poeira de vossa cidade que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vós. No entanto, sabei que o Reino de Deus está próximo!’ 12 Eu vos digo que, naquele dia, Sodoma será tratada com menos rigor do que essa cidade”.

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Voltar a Reconstruir a Vida Escutando Atentamente a Palavra de Deus 

“Todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei... Depois inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor, com o rosto em terra... Todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei”, assim lemos na Primeira Leitura tirada do capítulo VIII do livro de Neemias.

Neemias 8,1-12 é um dos textos mais importantes para conhecer a origem e desenvolvimentos do culto sinagogal do judaísmo. 

Neemias, para reconstruir a comunidade e dar ao povo uma nova consciência moral e política, reúne a comunidade e chama Esdras para que proclame a Palavra da Lei. Nela o povo descobrirá suas relações com Deus. 

A partir de um púlpito Esdras pronuncia a bênção inicial a que povo responde com um duplo “Amém” e uma série de gestos: ficar de pé, chorar, prostrar-se etc. A leitura é traduzida do hebraico para a língua falada pelo povo, o aramaico, e é comentada para o povo entender seu sentido. 

Essa leitura pública da Lei serve de prelúdio para a renovação da Aliança. A Lei é a recordação do encontro salvífico de Deus com seu povo. Essa leitura é para recordar o povo todo que o Senhor foi, é e será sempre seu Protetor, especialmente nos momentos difíceis. Graças à intervenção divina o povo eleito nunca foi abandonado. Por isso, como resposta, o povo deve corresponder sendo fiel a esta Lei. E a recordação da Lei e de seu significado provoca o pranto de um povo sem fé que se reconhece infiel a Deus e se compromete a ser fiel ao Senhor, seu Protetor. E termina com um banquete: “Ide para vossas casas e comei carnes gordas, tomai bebidas doces e reparti com aqueles que nada prepararam, pois este dia é santo para o nosso Senhor. Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será a vossa força”.

A leitura pública da Lei (Palavra de Deus) marca uma data muito importante na história de Israel, pois até aquele momento, o povo vivia sua fé rezando, participando nas cerimônias do templo. O sacerdote Esdras entende que, daqui em diante, a comunidade se desenvolverá em torno da leitura, da meditação e da interpretação do Livro Sagrado: a Bíblia não estará guardada e sim que será livro de todos e a norma de sua fé.

Daqui aprendemos que a fé cristã não ganha sua força na luta de cada dia sem partir da Palavra de Deus lida e escutada e meditada comunitariamente.  A Palavra de Deus proclamada diante da assembleia e aceita pela mesma, comentada depois, e interiorizada por cada um, leva à responsabilidade e à conversão de todos. A conversão é o primeiro passo para formar uma comunidade de irmãos. E aqueles que participarem de uma mesma Palavra, tomarão parte de um mesmo banquete para celebrar a festa da reconciliação. A reconciliação com Deus e com os irmãos e a aceitação da vontade de Deus implica necessariamente o amor entre os homens e a acolhida dos mais pobres aos quais Deus ama, como enfatiza a Primeira Leitura.

Além disso, a Primeira Leitura que lemos hoje é uma página capital para entendermos o que é uma “liturgia da Palavra”. O primeiro elemento da liturgia é a assembleia. O culto verdadeiro não é, em primeiro lugar, o cumprimento de uns ritos e sim é uma comunidade reunida. A primeira exigência de uma liturgia é estar juntos, lado a lado diante de Deus como irmãos do mesmo Pai do céu. 

Fica para nós uma pergunta: Será que, ao escutar a Palavra de Deus nas nossas celebrações, sentimos tanta emoção como aconteceu com o povo eleito? Qual é o apelo de Deus para mim ao escutar a Palavra proclamada na liturgia? 

É Preciso Colaborar Na Missão Deixada Por Jesus a Partir De Nossas Carismas 

O evangelista Lucas, como Mateus, fala duas vezes sobre a missão. Logo se trata de um tema importante para a Igreja. No capítulo anterior do evangelho lido neste dia, lemos que a missão antes foi confiada aos Doze (Lc 9,1-6). Mas a obra de Jesus não está encerrada e não se restringe para um grupo pequeno. Realiza-se e expande-se através dos setenta (e dois).

O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir”. A Igreja existe não para si mesma, não ficar dentro de quatro paredes apenas rezando. A Igreja existe para a humanidade. A Igreja existe para ser sal da terra e luz do mundo: iluminar e dar sabor à vida através da vivência dos valores cristãos ensinados por Jesus Cristo. “Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! Repito aqui, para toda a Igreja, aquilo que muitas vezes disse aos sacerdotes e aos leigos de Buenos Aires: prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos. Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida. Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’ [Mc 6, 37] (Papa Francisco: Exortação Apostólica, Evangelii Gaudium n.49)

Por isso, com o número setenta (e dois) Lucas quer nos dizer que a missão não é apenas exercida por um pequeno grupo de pessoas, mas todos os que seguem a Jesus, todos os batizados têm a mesma missão de continuar a obra de Jesus. Todos os cristãos têm a mesma missão. Missão significa que alguém é enviado. Jesus envia todos os cristãos ao mundo para serem testemunhas de tudo o que Jesus fez e disse, especialmente de sua morte e ressurreição por amor à humanidade. Por isso, a missão dos discípulos tem como primeiro princípio ser testemunha do amor, do perdão, da justiça e da verdade, dentro e fora da comunidade. 

São enviados como cordeiros entre os lobos. O lobo é o símbolo da violência e da arrogância, da vontade de dominar e de corromper os outros. O cordeiro simboliza a mansidão, a fraqueza, a fragilidade. O cordeiro só consegue se salvar da agressão do lobo se o pastor intervém na sua defesa. Os discípulos não podem contar com a força, o poder e a violência. Devem estar sempre desarmados. Para isso, é necessário que os discípulos estejam vigilantes para que eles não sejam conduzidos a cumprir as ações dos lobos como o abuso de poder, as agressões, as violências etc..  Jesus salvou o mundo, comportando-se como cordeiro, e não como lobo.

Ao enviar 70 (e dois) discípulos para a missão Jesus dá as seguintes recomendações:

Primeiro, Deus quer que mudem as relações entre os seres humanos; que todos se vejam como iguais e se tratem como irmãos, pois todos são filhos e filhas do mesmo Pai do céu. Por isso, eles têm que viver como uma família, sem competições e sem ambições. O Reino não é tarefa para gente solitária. Por isso, Jesus envia os 70 (e dois) de dois em dois para que se ajudem, se confrontem e se complementem. Quando se compartilhar o que se tem, haverá sobra. Esta é a experiência do grupo de Jesus e daqueles que querem ser discípulos de Jesus. 

Segundo, o Reino de Deus que eles anunciarão vai vencer o mal e a morte, porque o Reino de Deus vai ter a última palavra e não o mal. Por isso, o mal não tem futuro. Deus quer que todos tenham vida (Jo 10,10). Por isso, todos têm que optar pela vida e não pela morte eterna, e pelo bem e não pelo mal.

Terceiro, todos devem pôr toda sua confiança no Pai celeste, mas nos meios humanos. Isso é condição fundamental para quem quer colaborar com o Reino de Deus. É a pobreza no espírito. Essa pobreza no espírito lhes dará liberdade e será um testemunho maior do que mil palavras de que o Reino não se impõe pela força e sim que se oferece como amor e por isso, livre de todo poder. E devem aprender a reconstruir as relações de confiança formando uma comunidade de irmãos como o próprio Deus quer. Devemos abandonar nossos egoísmos, deixar a autossuficiência e nos entregar nas mãos de Deus para que o Reino de Deus aconteça aqui e agora. 

O fundamental que os discípulos devem ter em conta é que eles estão trabalhando na construção do Reino de Deus e não por seu próprio reino. Se cada um se preocupar em construir o próprio reino, haverá guerra permanente e disputa permanente, pois cada um quer defender o próprio reino e não o Reino de Deus. Quem tem consciência de que trabalha pelo Reino de Deus, também acredita na providência divina. Quem acredita somente na própria força e técnica, um dia vai se cansar quando as próprias forças se esgotarem. As ovelhas são do Senhor, temos tarefa de apascentá-los. A vinha é do Senhor, somos apenas colaboradores para essa vinha. 

O envio dos 70 (e dois) tem, então, como horizonte fundamental o Reino de Deus. Este constitui o conteúdo de toda pregação cristã e o horizonte que jamais devemos perder de vista quando referimos à ação da Igreja no mundo. A Igreja existe em função do Reino. A Igreja existe a serviço do Reino de Deus. A Igreja não é o Reino de Deus. 

A missão serve tanto para formar missionários como para despertar os que são visitados para serem também missionários. Todos são enviados para fazer missão e para tornar o outro missionário. 

É bom cada um perguntar-se: “O que é que tenho contribuído na missão do Reino de Deus? O que é que tenho feito até agora na evangelização? Qual é o lugar da Palavra de Deus na minha vida? Será que faço parte daqueles que criticam muito, mas nada colaboram?”. 

Para Refletir:

·      “A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se frente àqueles que só vêem confusão, perigos e ameaças ou àqueles que pretendem cobrir a variedade e complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões irresponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários. Isso não depende tanto de grandes programas e estruturas, mas de homens e mulheres novos que encarnem essa tradição e novidade, como discípulos de Jesus Cristo e missionários de seu Reino, protagonistas de uma vida nova para uma América Latina que deseja reconhecer-se com a luz e a força do Espírito” (Documento Aparecida da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, no. 11).

·      “Cada comunidade é interpelada e convidada a assumir o mandato, confiado por Jesus aos Apóstolos, de ser suas «testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo» (At 1, 8); e isso, não como um aspecto secundário da vida cristã, mas um aspecto essencial: todos somos enviados pelas estradas do mundo para caminhar com os irmãos, professando e testemunhando a nossa fé em Cristo e fazendo-nos arautos do seu Evangelho. Convido os bispos, os presbíteros, os conselhos presbiterais e pastorais, cada pessoa e grupo responsável na Igreja a porem em relevo a dimensão missionária nos programas pastorais e formativos, sentindo que o próprio compromisso apostólico não é completo, se não incluir o propósito de «dar também testemunho perante as nações», perante todos os povos. Mas a missionariedade não é apenas uma dimensão programática na vida cristã; é também uma dimensão paradigmática, que diz respeito a todos os aspectos da vida cristã (Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões de 2013).

P. Vitus Gustama,svd

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SÃO JERÔNIMO, PRESBÍTERO

E DOUTOR DA IGREJA

Memória: 30 de setembro 

Nasceu em Estridão (Dalmácia) cerca do ano 340. Estudou em Roma e aí foi batizado. Tendo abraçado a vida ascética, partiu para o Oriente e foi ordenado sacerdote. Regressou a Roma e foi secretário do papa Dâmaso. Nesta época começou a revisão das traduções latinas da Sagrada Escritura e promoveu a vida monástica. Mais tarde estabeleceu-se em Belém, onde continuou a tomar parte muito ativa nos problemas e necessidades da Igreja. Escreveu muitas obras, principalmente comentários à Sagrada Escritura. Morreu em Belém no ano 420.

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Do Prólogo Ao Comentário Sobre O Profeta Isaías, De São Jerônimo, Presbítero

(Nn.1.2: CCL 73,1-3)

(Séc.V)

Ignorar As Escrituras É Ignorar A Cristo 

Pago o que devo, obediente aos preceitos de Cristo que diz: Perscrutai as Escrituras (Jo 5,39); e: Buscai e achareis (Mt 7,7). Assim que não me aconteça ouvir com os judeus: Errais, sem conhecer as Escrituras nem o poder de Deus (Mt 22,29). Se, conforme o Apóstolo Paulo, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder de Deus e sua sabedoria, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo.

Daí que eu imite o pai de família que de seu tesouro tira coisas novas e antigas. E a esposa, no Cântico dos Cânticos, que diz: Coisas novas e antigas, irmãozinho meu, guardei para ti (cf. Ct 7,14 Vulg.). E explicarei Isaías ensinando a vê-lo não só como profeta, mas ainda como evangelista e apóstolo. Ele próprio falou de si e dos outros evangelistas: Como são belos os pés daqueles que evangelizam boas novas, que evangelizam a paz (Is 52,7). E também Deus lhe fala como a um apóstolo: Quem enviarei, e quem irá a este povo? E ele respondeu: Eis-me aqui, envia-me (cf. Is 6,8). 

Ninguém pense que desejo resumir em breves palavras o conteúdo deste livro, pois esta escritura contém todos os mistérios do Senhor, falando do Emanuel, o nascido da Virgem, o realizador de obras e sinais estupendos, o morto e sepultado, o ressurgido dos infernos e o salvador de todos os povos. Que direi de física, ética e lógica? Tudo o que há nas santas Escrituras, tudo o que a língua humana pode proferir e uma inteligência mortal receber, está contido neste livro. Atesta esses mistérios quem escreveu: Será para vós a visão de todas as coisas como as palavras de um livro selado; se é dado a alguém que saiba ler, dizendo-lhe: Lê isto, ele responderá: Não posso, está selado. E se for dado a quem não sabe ler e se lhe disser: Lê, responderá: Não sei ler (Is 29,11-12).

E se alguém parecer fraco, ouça as palavras do mesmo Apóstolo: Dois ou três profetas falem e os outros julguem; mas se a outro que está sentado algo for revelado, que se cale o primeiro (1Cor 14,32). Como podem guardar silêncio, se está ao arbítrio do Espírito, que fala pelos profetas, o calar-se e o falar? Se na verdade compreendiam aquilo que diziam, tudo está repleto de sabedoria e de inteligência. Não era apenas o ar movido pela voz que chegava a seus ouvidos, mas Deus falava no íntimo dos profetas, segundo outro Profeta diz: O anjo que falava a mim (cf. Zc 1,9), e: Clamando em nossos corações, Abba, Pai (Gl 4,6), e: Ouvirei o que o Senhor Deus disser em mim (Sl 84,9).

Para Refletir

No dia 30 celebramos a memória de São Jerônimo. Reflitamos sobre algumas frases deste santo:

·      Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder e a sabedoria de Deus. Portanto ignorar as Escrituras Sagradas é ignorar a Cristo. 

·      Quando rezamos, falamos com Deus,
quando lemos a Bíblia é Deus que nos fala.

·      Jesus é ciumento: ele não quer nossas afeições colocadas em outras coisas, mas nele só.

·      Nós honramos os santos para adorar aquele de quem somos testemunhas; honramos os servos porque a honra deles recai sobre o Senhor.

·      Quanto mais forem importunas e perseverantes nossas orações, tanto mais serão agradáveis a Deus.

·      Trabalha em algo, para que o diabo te encontre sempre ocupado.

P. Vitus Gustama,svd


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