segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Quinta-feira Da XIX Semana Comum,12/08/2021

PERDOAR: POR QUÊ E PARA QUÊ?

Quinta-Feira da XIX Semana Comum

Primeira Leitura: Js 3,7-10ª.11.13-17

Naqueles dias 7 o Senhor disse a Josué: “Hoje começarei a exaltar-te diante de todo Israel, para que saibas que estou contigo assim como estive com Moisés. 8 Tu, ordena aos sacerdotes que levam a arca da aliança, dizendo-lhes: Quando chegardes à beira das águas do Jordão, ficai parados ali”. 9 Depois Josué disse aos filhos de Israel: “Aproximai-vos para ouvir as palavras do Senhor vosso Deus”. 10ª E acrescentou: “Nisto sabereis que o Deus vivo está no meio de vós e que ele expulsará da vossa presença os cananeus. 11 Eis que a arca da aliança do Senhor de toda a terra vai atravessar o Jordão adiante de vós. 13 E logo que os sacerdotes, que levam a arca do Senhor de toda a terra, tocarem com a planta dos pés as águas do Jordão, elas se dividirão: as águas da parte de baixo continuarão a correr, mas as que vêm de cima pararão, formando uma barragem”. 14 Quando o povo levantou acampamento para passar o rio Jordão, os sacerdotes que levavam a arca da aliança puseram-se à frente de todo o povo. 15 Quando chegaram ao rio Jordão e os pés dos sacerdotes se molharam nas águas da margem – pois o Jordão transborda e inunda suas margens durante todo o tempo da colheita –, 16 então as águas que vinham de cima pararam, formando uma grande barragem até Adam, cidade que fica ao lado de Sartã, e as que estavam na parte de baixo desceram para o mar da Arabá, o mar Salgado, até secarem completamente. Então o povo atravessou, defronte a Jericó. 17 E os sacerdotes que levavam a arca da aliança do Senhor conservaram-se firmes sobre a terra seca, no meio do rio, e ali permaneceram até que todo Israel acabasse de atravessar o rio Jordão a pé enxuto.

Evangelho: Mt 18,21-35         

Naquele tempo, 18,21 Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22 Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24 Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25 Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26 O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo’. 27 Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28 Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29 O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’. 30 Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31 Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muitos tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32 Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33 Não devias, tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ 34 O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35 É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. 19,1 Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do Jordão.

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Deus Continua Nos Acompanhando Diariamente

Hoje começarei a exaltar-te diante de todo Israel, para que saibas que estou contigo assim como estive com Moisés”, disse Deus a Josué, o sucessor de Moisés”. 

Depois que terminou o êxodo pelo deserto, a gora chegou o momento de o povo eleito entrar na terra de Canaã cuja entrada não foi tao pacífica nem poética como aquilo que se descreve. Foi uma luta longa, encarniçada com muitas vítimas, povo por povo e região por região. Mas quando se escreve o livro, séculos depois, tende-se a mitificar.

Hoje e nos próximos dias (alguns dias) o texto da Primeira leitura é tirado do Livro de Josué. Este livro narra a ocupação da terra prometida pelo povo de Israel. Sem esta ocupação, a promessa feita aos patriarcas pela terra prometida seria vã e a saída do Egito seria uma condenação para viver na miséria. Para um israelita, a posse da terra aos pais era a soma de todos os bens. O redator deuteronomista deste livro relaciona esse valor da terra com o que para ele era o valor supremo: a adesão incondicional ao Senhor, Deus de Israel. A terra prometida para os pais é um dom do Senhor que é dada com uma condição: a fidelidade. Portanto, o livro de Josué completa a narrativa do Pentateuco (os primeiros cinco livros da Bíblia).

Porém, devemos estar conscientes de que este livro não é uma história científica, no sentido de estar escrita de acordo com as regras da historiografia moderna, e sim uma coleção de dados que o autor sagrado, sob o influxo da inspiração divina escolheu e selecionou para pôr em destaque o profundo significado religioso da fidelidade de Deus em cumprir sua promessa de entregar a terra de  Canaã ao seu povo eleito, como terra prometida. Por tanto, não se faz tanto história e sim catequese, inclusive com uma linguagem que parece litúrgica: a passagem pelo Rio Jordão com trombetas, cantos, procissão de sacerdotes e, sobretudo, a Arca da Aliança, símbolo da presença de Deus entre o povo eleito. Evidentemente, trata-se de mostrar que a divina providência continua cuidando do povo eleito. Deus sempre o mesmo e atua com idêntica misericórdia. Em cada época ou circunstância da história humana Deus oferece ao povo algum sinal de sua existência e de sua proximidade. Estando com Deus tudo o que é essencial será alcançado.

No texto da Primeira Leitura de hoje fala-se da mudança da liderança. Depois que Moisés morreu, o seu fiel discípulo, Josué, assume a liderança. Mas o importante que o autor sagrado quer destacar é que Deus continua a estar na frente de seu povo: “Hoje começarei a exaltar-te diante de todo Israel, para que saibas que estou contigo assim como estive com Moisés”. 

Aplicando este detalhe para nossa vida particular e missão, este relato significa que sempre devemos saber contar com o apoio de Deus, pois segundo o filosofo pascal, quem não conta com Deus é porque não sabe contar. Quando incluímos Deus como o protagonista de nossa vida e missão, no fim saborearemos o sucesso final. A fim de vencermos as dificuldades da vida, não podemos confiar totalmente nas nossas forças nem podemos lutar baseando-nos apenas sobre nossa boa vontade e nossas forças. É importante manter nossa união com Deus e confiar na Sua força para que ganhemos e renovemos as forças que temos para continuar nossa luta. Deus é a fonte que não se esgota. Por isso, podemos voltar sempre para este Fonte para nos abastecer e para renovar nossa forças permanentemente.  

Além disso, nós podemos nos alegrar, com maior razão do que nossos irmãos do AT de que um Deus vivo está no meio de nós, pois seu nome é Emanuel, Deus-conosco que arrumou sua tenda no meio de nós (Jo 1,14). Agora não mais acompanhamos a Arca da Aliança e sim o próprio Cristo que se faz Eucaristia, se faz alimento para o caminho que percorremos rumo à eternidade. Por isso esse alimento se chama “viatico”. O próprio Jesus é nosso Companheiro da viagem. Com Ele não ficaremos perdidos, pois além de ser nosso alimento, Ele é o próprio caminho para o céu (cf. Jo 14,6).

Além disso, o capitulo 3 de Josué apresenta a passagem do Jordão como a prova maravilhosa da condução do povo por Deus. A primeira preocupação do redator do texto, ao relatar a passagem maravilhosa do rio Jordão, é fazer é fazer desta passagem a réplica da passagem do mar vermelho . as águas do Jordão são “cortadas” (Josué 3,13) como as do mar vermelho (Ex 14,21); “elas se amontoam” (v. 16) como em Êx 15,8 e dão origem aos “secos” (v. 17) como em Êxodo 14, 21-22. Os cronistas de Israel conceberam a passagem do Jordão como uma prova de que a primeira libertação pascal se renovaria toda vez que o povo tivesse necessidade dela (Josué 5,10-12).

Em segundo lugar, a travessia do Jordão se apresenta como uma procissão litúrgica. Pode-se dizer que a passagem do Jordão se reduz a levar solenemente a Arca de Deus de uma orla para outra. Toda a atenção é dirigida à Arca da Aliança e o povo recebe ordens precisas para passar diante dela como sinal de veneração. Esta relevância  reservada à Arca prova que o redator considera a passagem do Jordão como a entrada solene de Deus (Javé) no país que Ele mesmo escolheu como morada: na terra prometida. Para o redator, o acontecimento nada mais é do que um sinal da presença de Deus ao lado do seu povo. 

A ação salvadora de Deus continua agora ou hoje, ainda mais intensa do que antes. A Páscoa de Jesus foi o verdadeiro «êxodo», a passagem da morte para a nova existência do Ressuscitado, a Páscoa que salva todos nós que nos juntamos a ele através do sacramento do Batismo.

Agora já não são o Mar Vermelho nem o Rio Jordão: é a torrente da morte e do pecado que Cristo atravessou com a sua Páscoa e que nos ajuda a atravessar também. Aos domingos, no dia da vitória pascal de Cristo, na véspera, cantamos muitas vezes o Salmo 113, o responsorial de hoje, que nos descreve poeticamente com alegre ironia - o que aconteceu então a Israel: “O mar, à vista disso, pôs-se em fuga, e as águas do Jordão retrocederam; as montanhas deram pulos como ovelhas, e as colinas, parecendo cordeirinhos. Ó mar, que tens tu, para fugir? E tu, Jordão, por que recuas deste modo? Por que dais pulos como ovelhas, ó montanhas? E vós, colinas, parecendo cordeirinhos?”. 

Temos que estar convencidos de que Deus está presente em nossa vida e quer nos salvar de nossa escravidão pessoal ou comunitária. Podemos nos alegrar, com mais razão do que nossos irmãos do AT, que "um Deus vivo está em nosso meio". Agora não estamos acompanhados pela primeira Arca da Aliança, mas pelo próprio Cristo, que, para melhor compreendermos a sua presença, quis também fazer da Eucaristia, alimento para o caminho, que significa "viático". 

Perdão É A Expressão Máxima Do Amor

Não te digo até sete vezes tu deves perdoar, mas até setenta vezes sete”, disse Jesus. Estamos na última parte do quarto discurso de Jesus sobre a vida comunitária no evangelho de Mateus (Mt 18). Na passagem do evangelho de hoje Jesus enfatiza a importância do mútuo perdão para que a convivência subsista e o Reino de Deus se realize na terra.

Um dos maiores desafios para qualquer tipo de convivência, como também na comunidade de Mt, é o perdão. A sobrevivência de qualquer comunidade humana depende da capacidade que seus membros têm de perdoar. Sem isto, não há comunidade ou convivência que possa subsistir por muito tempo. O perdão é que possibilita a própria existência e a continuação da comunidade ou de uma convivência. Sem o perdão não existe vida fraterna, vida religiosa, vida conjugal, vida familiar ou vida comunitária. Para aprender a amar verdadeiramente o cristão tem que aprender a perdoar vivendo o espírito de Deus que não se cansa de nos perdoar. Por isso, perdoar não é somente dever moral, e sim o eco da consciência de ter sido perdoado por Deus. Assim chega a ser uma espécie de virtude teologal que prolonga o perdão dado por Deus a mim (cf. Cl 3,13; Mt 6,14-15; 2Cor 5,18-20). “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido...”, assim rezamos no Pai Nosso. Neste sentido, perdoar o próximo é sinal da plenitude da eficácia do perdão de Deus recebido. Para pedir o perdão a Deus tenho que aprender a perdoar o outro.          

Até quantas vezes devo perdoar? Os judeus diziam que o máximo de vezes a perdoar era quatro vezes. E quem perdoava sete vezes já era considerado santo. Pedro é generoso porque ele eleva o número para sete, pensando chegar ao ideal de Jesus. Mas qualquer que seja o motivo que leva Pedro a fazer sua pergunta ou a elevar o número quatro para o sete, uma coisa é certa: ele quer que Jesus confirme a existência de um limite no exercício da caridade cristã, especialmente no perdão.         

Jesus, porém, enfatiza o perdão sem limite: Até 70 vezes sete (v.22). No AT o número 77 representava a vingança dos filhos de Caim (Gn 4, 24). O que tem por trás da afirmação de Jesus é o Deus da misericórdia. Jesus quer nos levar à consciência primordial sobre a razão de nossa existência. Jesus quer nos relembrar de que no início era a misericórdia. Fomos criados por um gesto misericordioso, fomos feitos por mãos misericordiosas, fomos idealizados por uma mente misericordiosa e fomos gerados pelo ventre misericordioso (misericórdia no AT significa “seio materno” = rahamim que se traduz para o português por “misericórdia”, que deriva do latim: miseris, “miserável” + “cor”, “coração” + “dare”, “dar”. Misericórdia significa dar o coração aos miseráveis).        

A nossa origem é a misericórdia. Somos seres perdoados e por isso somos chamados a perdoar sem parar. Se esta é a nossa origem, o perdão não é mais uma realidade ocasional, da qual temos necessidade de vez em quando. Se a misericórdia existe desde o princípio, ela ainda agora é fonte de vida e da graça da qual temos necessidade continuamente e que constantemente está agindo em nós para nos reconciliar. O perdão é a expressão máxima do amor. Por isso, não existe perdão sem amor. O perdão é o critério para saber se temos ou não o amor no coração. Se não tem amor no coração, então somos ateus porque Deus é amor (1Jo 4,8.16). O amor é uma força poderosíssima, maior que pecado, não se rende diante do mal, porque é sempre capaz de descobrir o bem e de dar novamente a esperança ou de convidar ainda o outro a caminhar juntos. Para perdoar, basta ter um ato de amor. Mas se é sincero, é força que pode mudar a história.        

Perdoar significar encarar positivamente os nossos sentimentos negativos como: a raiva, a mágoa, a culpa, a vingança, o rancor e assim por diante. Os sentimentos estão em cada um de nós. Os sentimentos não podem ser controlados, mas sim podem ser controladas suas reações. Sentir-se ofendido ou ofender o outro é uma prova de que somos vulneráveis e humanos, e que nossa pobreza interior foi posta à vista. Posso ser ofendido por alguém e sentir raiva ou mágoa dele. Mas posso reagir a esse sentimento com o perdão, pois o perdão não é sentimento, mas é decisão. Quando a raiva e outros sentimentos negativos não se libertam, costumam manifestar-se em forma de medo, isolamento, autodepreciação, fúria, depressão, comportamentos agressivos, falta de concentração no trabalho e incapacidade para relações emocionais íntimas. Muita gente sofre demasiadamente porque vive em mágoa contínua. Mantém-se preso ao passado levando vida sofrida, estagnada como água parada que apodrece. A mágoa produz efeitos nocivos. O estresse causado pela mágoa, pela falta de perdão, ataca muitas vezes o sistema imunológico. Assim se pode explicar a origem de muitas doenças, tais como artrite, arteriosclerose, doenças cardiovasculares, diabetes etc. Entre as melhores estratégias contra os efeitos múltiplos do ressentimento é a prática habitual do perdão no dia-a-dia. Muitas vezes acontece que o que nos perturba não é o que acontece, mas o modo de ver o que acontece; não o fato em si, mas a interpretação que é dada a esse fato. A interpretação, muitas vezes, atinge mais a pessoa do que o próprio ato ou evento desagradável. O que perturba é o modo de olhá-lo ou de interpretá-lo. Algumas pessoas não se corrigem e não podem sofrer correção porque vivem negativamente e se ofendem por qualquer coisa.          

A recusa do perdão é a fonte de tristeza. O rancor (a mágoa do coração) é fruto do perdão recusado. A Bíblia mostra as conseqüências da amargura: o obscurecimento da inteligência, o desespero, o refúgio em Deus considerado um Deus vingativo (cf. Sl 12,2-5). O perdão recusado pode gerar a raiva e o desespero. Em troca, o perdão libera em nós a força de amar. A verdadeira liberdade é amar, pois o amor dilata o coração.                 

Perdoar não é uma atitude para gente fraca. A vingança é que o prazer do ofendido e o ódio rancoroso é o único refúgio do mais fraco. Quando se odeia alguém, o que se quer, no fundo, é que ele sofra e até se fica satisfeito com seus sofrimentos. A dificuldade de perdoar o outro nos revela a nós mesmos que existe em nós um instinto de perversidade e nos faz descobrir um eu hostil, atraído pelo mal. Isto quer dizer que existe violência em nosso coração e seria ingênuo e perigoso negá-lo. Perdoar, neste sentido, significa abandonar os desejos sutis de vingança, é renunciar a fazer justiça em causa própria. Quando você perdoa, você se livra do veneno que está dentro de você e sua saúde é recuperada. Quando você se nega a perdoar, você adoece e sofre pelo veneno da recusa do perdão.    

A palavra grega para “perdão” é aphesis, que significa liberar, libertar da escravidão, remissão da dívida, da culpa e do castigo. É usada quando a prisão é aberta e o prisioneiro pode sair livre.

Todos nós somos chamados a ser livres, perdoando os outros e recebendo o pedido de perdão do outro. O não- perdão é um veneno que adoece a pessoa, que faz a pessoa infeliz, presa, triste, sem liberdade por causa dos sentimentos negativos cultivados em si. Todos nós que pensamos sobre a paz e queremos a paz, devemos considerar seriamente esse apelo para perdoar. É um apelo à mudança, a não mais sermos controlados por nossas mágoas e medos, nossos sentimentos de vingança e ressentimentos. “Quereis ser feliz por um instante? Vingai-vos! Quereis ser feliz para sempre? Perdoai! (Henri Ladordaire).

Deixemos hoje as seguintes interrogações que podem complementar a interrogação de Pedro: 

1). Eu em relação aos outros no perdão:

Quantas vezes eu tenho que perdoar os outros quando o outro me ofendeu? O que é que eu tenho que perdoar nos outros? Eu devo colocar o limite para o perdão que eu devo dar aos outros?

2). Os outros em relação a mim no perdão:

Quantas vezes os outros devem me perdoar quando eu os ofendeu? O que eles devem me perdoar? Os outros devem colocar o limite para o perdão que eles devem me dar?

3. Eu e a Oração do Pai-Nosso

No Pai-Nosso rezamos: “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Isto quer dizer que o perdão dado é o perdão recebido. Dentro do conteúdo dessa oração, o que acontecerá comigo diante de Deus se eu não perdoar o irmão? “O homem não se movimenta pelos pés, mas pelos afetos. Até os próprios pés ele move por afetos” (Santo Agostinho: In ps. 9,15). O afeto nos move a perdoarmos o outro. Perdoar não muda o passado, mas engrandece o presente e o futuro.

P.Vitus Gustama, svd

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