segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Sexta-feira Da XXI Semana Comum,27/08/2021

ESTEJAMOS PREPARADOS PARA O ENCONTRO DEFINITIVO COM AQUELE QUE NOS SALVA

Sexta-Feira da XXI Semana Comum

Primeira Leitura: 1Ts 4,1-8

1 Meus irmãos, eis o que vos pedimos e exortamos no Senhor Jesus: Aprendestes de nós como deveis viver para agradar a Deus, e já estais vivendo assim. Fazei progressos ainda maiores! 2 Conheceis, de fato, as instruções que temos dado em nome do Senhor Jesus. 3 Esta é a vontade de Deus: vivei na santidade, afastai-vos da impureza; 4 cada um saiba tratar o seu parceiro conjugal com santidade e respeito, 5 sem se deixar levar pelas paixões, como fazem os pagãos que não conhecem a Deus. 6 Que ninguém, nessa matéria, prejudique ou engane seu irmão, porque o Senhor se vinga de tudo, como já vos dissemos e comprovamos. 7 Deus não nos chamou à impureza, mas à santidade. 8 Portanto, desprezar estes preceitos não é desprezar um homem e sim, a Deus, que nos deu o Espírito Santo.

Evangelho: Mt 25,1-13

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1”O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2 Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3 As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4 As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5 O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6 No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 7 Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8 As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. 9 As previ­dentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 10 Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11 Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ 12 Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!’ 13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora”.

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A Santidade Se Alcança Na Vivência Do Amor

Esta é a vontade de Deus: vivei na santidade, afastai-vos da impureza; cada um saiba tratar o seu parceiro conjugal com santidade e respeito, sem se deixar levar pelas paixões, como fazem os pagãos que não conhecem a Deus”.

Na segunda parte da Primeira Carta de São Paulo aos tessalonicenses (1Ts 4,1-5,24) encontram-se exortações, instruções e palavras de consolo. Trata-se de uma catequese apostólica com o intuito de esclarecer as mentes e fortalecer as vontades para que os cristãos se mantenham na vida querida por Jesus Cristo. 

Os habitantes de Tessalônica, como os das demais cidades pagãs, estavam acostumados, antes de sua conversão, com um estilo de vida cheia de libertinagem, dentro e fora da vida matrimonial. Por isso, São Paulo recomenda aos tessalonicenses: “Esta é a vontade de Deus: vivei na santidade, afastai-vos da impureza; cada um saiba tratar o seu parceiro conjugal com santidade e respeito, sem se deixar levar pelas paixões, como fazem os pagãos que não conhecem a Deus”. 

Juntamente à justiça, a liberdade é considerada pelo homem moderno como valor fundamental da existência do indivíduo e da sociedade. Nesta perspectiva, a história tende a aparecer como história da liberdade, e as diversas épocas e culturas são julgadas em relação à sua capacidade de promover e de ampliar a liberdade. Mas muitas vezes o homem não sabe usar sua liberdade a ponto de ele se tornar prisioneiro de sua própria liberdade sem regra chamada libertinagem. São Paulo nos alerta, através de sua Carta aos gálatas: “Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade como pretexto para prazeres carnais. Pelo contrário, fazei-vos servos uns dos outros pela caridade” (Gl 5,13).

 

Deus não nos chamou à impureza, mas à santidade”, escreveu São Paulo que lemos na Primeira Leitura.

A Teologia Moral afirma que o pecado da impureza consiste no abuso da faculdade sexual, isto é, na sua aplicação contrária ao seu sentido e finalidade. O mal não está no prazer sexual como tal e sim em buscá-lo abusivamente e fora da ordem estabelecida pelo Criador no matrimônio. É bom ter o prazer psíquico e físico causado pelo uso da faculdade sexual sempre que esteja dentro da ordem querida por Deus. O “prazer é mau” quando resulta de seu abuso voluntário, a causa da desordem que encerra todo o ato.

A impureza usurpa o direito de propriedade que Cristo tem sobre o corpo: “O corpo não é para a fornicação (impureza) e sim para o Senhor, e o Senhor é para o corpo” (1Cor 6,13) e constitui uma falta de respeito ao corpo de Cristo, ao que pertencemos pelo batismo (1Cor 6,15s). A impureza é uma profanação do templo do Espirito Santo e uma negação da glória que a Deus se deve dar com o mesmo corpo (cf. 1Cor 6,19s; Rm 6,19).

Ao contrário, “Deus vos chamou à santidade”. A ideia de santidade está presente em todas as religiões, ainda que seja com acentos e perspectivas diversos. No mundo semítico, a santidade expressa, antes de tudo e fundamentalmente, a noção de uma misteriosa potência que está relacionada ao mundo divino e que é também inerente a pessoas, instituições e objetos particulares. Desta potência brota, como segundo elemento característico, o conceito de separação: o que é santo deve estar separado do profano para que possa conservar seu caráter especifico e, ao mesmo tempo, para que o profano não se veja afetado pela perigosa energia do santo. A santidade aparece, por isso, como um valor sumamente complexo, que implica as noções de sagrado e de pureza e que se encontra relacionado especialmente com o mundo de culto.

Para ser santo, não é necessário ser bispo, sacerdote, religiosa ou religioso. Muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade esteja reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais” (Papa Francisco: Exortação Apostólica: Gaudete Et Exsultate n.14)

Portanto, para participar da santidade de Deus há um meio muito eficaz: o amor. Somente o amor origina uma doação absoluta do homem a Deus, porque somente o amor conduz o homem a Deus que é o próprio amor (1Jo 4,8.16). Com efeito, o homem somente é plenamente ele mesmo quando se dirige aos demais por amor e unicamente no amor o homem pode ter verdadeira doação de si mesmo e somente o amor é a resposta plena que se deve a Deus como pessoa. O verdadeiro amor a Deus se estende ao homem. O amor ao próximo implica necessariamente um amor implícito a Deus no qual se fundamenta e se sustenta.

Caminhar Ao Encontro com Aquele Que Nos Ama e Salva

Os capítulos 24-25 de Mt constituem o quinto e o último discurso de Jesus neste Evangelho. Este quinto discurso é conhecido como o “Discurso escatológico” (discurso apocalíptico). Mt elabora notavelmente o discurso escatológico de Mc (Mc 13) e o amplia com uma série de parábolas e com uma impressionante descrição do julgamento final (Mt 25,31-46), cuja principal intenção é orientar os cristãos sobre como preparar a vinda do Senhor.                     

A linguagem destes capítulos pode provocar temor. Mas, na verdade, trata-se de uma linguagem apocalíptica que era relativamente freqüente entre alguns grupos judeus e cristãos. Chama-se de linguagem apocalíptica porque tem como objetivo manifestar uma revelação escondida (apocalypsis). Em muitas ocasiões esta revelação é dirigida a grupos ou comunidades que vivem uma situação de perseguição, com a intenção de animá-los e encorajá-los em suas lutas e tribulações. Por isso, não há motivo nenhum de alguém ver nestes textos uma ameaça, e sim, uma mensagem de esperança.

A parábola das dez virgens é uma das mais belas parábolas do evangelho, pois ela nos faz penetrar mais profundamente no coração de Jesus. Jesus é o Prometido. Jesus vem nos encontrar para salvar. Ele quer nos introduzir em sua família. 

A vida cristã é uma marcha ao encontro com Alguém que nos ama e consequentemente no salva. Deus ama a humanidade e a humanidade vai ao encontro de Deus. O homem foi criado para a intimidade com Deus, para o intercâmbio de amor com Ele. Mas a visita ou a vinda é imprevista, a hora é imprecisa; não se sabe quando a visita vai acontecer. Por isso, é importante estar vigilante. 

Se olharmos do ponto de vista da prudência, pois a parábola trata das cinco virgens prudentes (phronimoi) e outras cinco insensatas (morai), esta parábola nos faz lembrar também da conclusão do Sermão da Montanha que compara um homem néscio a um homem prudente (Mt 7,24-27). Na literatura sapiencial o prudente é aquele que age de acordo com as exigências de Deus; o insensato, ao contrário, age conforme sua própria cabeça (cf. Ecl 2,12-17). Da conclusão do Sermão da Montanha sabemos que um que é néscio construiu a casa sobre a areia e o outro que é prudente sobre a rocha. A casa do néscio desmoronou, pois sem nenhuma base sólida, enquanto a do outro fica firme diante da tempestade, pois foi construída sobre a rocha.

Na parábola das dez virgens encontra-se novamente o contraste entre prudente e néscio. Sabemos que a prudência determina o que é necessário escolher e o que é necessário evitar.  Ela separa a ação do impulso, o essencial do secundário. “A prudência é um amor que escolhe com sagacidade”, dizia Santo Agostinho. 

A palavra “prudência” provém do latim “prudens-entis” que, na acepção própria, significa precavido, competente. Prudência é virtude que faz prever, e procura evitar as inconveniências e os perigos; cautela, precaução. A prudência é a capacidade de ver, de compenetrar-se e de ajustar-se à realidade. A prudência oferece a possibilidade de discernir o correto do incorreto, o bom do mau, o verdadeiro do falso, o sensato do insensato a fim de guiar o bom rumo de nossas ações. O prudente jamais se precipita no falar nem no agir sem conhecimento da causa ou da realidade. Tendo conhecimento da causa ou da realidade ele fala com cautela. A prudência é a faculdade que nos permite vermos e aprendermos a realidade tal como é. A prudência é o modo de viver dos sábios, pois o homem sábio é sempre guiado pela prudência. Por isso, o sábio dificilmente machuca os outros. 

As cinco virgens levam o azeite suficiente, pensando na chegada atrasada do noivo, enquanto que as outras cinco não pensam nisso. Como é importante estar preparado, tanto para as surpresas agradáveis como para as desagradáveis na vida. Mas muitas vezes somos pegos de surpresa. O azeite é a Palavra de Deus vivida no dia a dia que se resume no amor. Diz Santo Agostinho: “Coisa grande, verdadeiramente muito grande significa o azeite (óleo). Só pode ser amor”.

Nesta parábola lemos que as cinco virgens insensatas gritam: “Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!” (v.11). Mas a porta continua fechada. Quem vive segundo a Palavra de Deus tem a chave na mão para abrir a porta (do céu). As palavras da profissão “Senhor, Senhor” só salvam quem as professa, se ele viver de acordo com essa profissão. Chamamos e professamos Deus de Senhor porque queremos que ele assenhore nossa vida, e guie nossos atos e decisões, que ele seja o centro de nossa vida, que a vontade dele prevaleça na nossa vida, pois tudo que Deus quer é só salvar. Quem de nós não quer ser salvo?                       

As cinco virgens prudentes estão de prontidão e prestam atenção às coisas essenciais. Enquanto que as cinco insensatas pensam em tudo, menos naquilo que é essencial, ou, de fato, tem importância. Há pessoas que perdem o rumo por causa das coisas efêmeras e não se lembram dos valores autênticos como caridade, justiça, paz, verdade, retidão, honestidade, reconciliação etc. pelos quais vale a pena comprometer-se. O homem é tão ocupado com as mil coisas que não deixam mais do que efêmeras satisfações que se esgotam logo que se produzem. Um sábio diz que há esquecimento por falta de memória, mas há esquecimento por falta de amor. Esquecemos Deus não por falta de memória, mas por falta de amor para com ele. Quando lhe convém, o homem esquece que é cristão(Santo Agostinho. In ps. 21, 2,5).         

O que nos chama a nossa atenção é o aparente egoísmo e aparente falta de solidariedade das cinco virgens prudentes que não dividiram seu azeite para as insensatas, e a aparente falta de amor do noivo que não abriu a porta para as cinco insensatas também chama a nossa atenção. A parábola quer destacar uma responsabilidade pessoal que não é substituível por ninguém diante de Deus no fim dos tempos. Ninguém pode prestar contas em nome de outra pessoa diante de Deus nesse momento. Cada um é único diante do Deus único. As qualidades interiores, as qualidades do espírito que temos ou não as temos, não podem ser emprestadas ou repartidas diante da seriedade do momento. É insubstituível o compromisso pessoal da vigilância.          

O juízo particular é tema que desperta não só responsabilidade, mas também esperança e otimismo. Deus não empurra ninguém para o céu ou para o inferno. É a própria pessoa quem decide sobre isso durante sua vida. Não é uma sentença divina que vai declarar a pessoa culpada ou inocente, e sim é o modo de vida da pessoa que vai condicionando sua opção por Deus. “Nunca esqueças: a única razão para ser cristão é a vida eterna” (Santo Agostinho. De civ. Dei 5,25). “Põe na terra as coisas terrenas, mas teu coração, no céu” (Santo Agostinho. In Joan. 18,6).Buscas a Deus na Igreja, ou buscas a ti mesmo?” (Santo Agostinho. Serm. 137,9).

Pe. Vitus Gustama,svd

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SANTA MÔNICA

(27/08)       

Também celebramos hoje a festa de Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho (a festa de Santo Agostinho no dia 28 de agosto). Ela nasceu em Tagaste, África, em 331, de uma família cristã. Ainda muito jovem casou-se com Patrício, legionário pagão, com quem teve três filhos: Agostinho, Navígio e uma filha (que morreu como superiora do mosteiro de Hipona, em 424).        

A vida de Mônica não foi muito tranquila, mas terminou feliz. Em primeiro lugar, ela teve aflições pelo marido. Ela suportou infidelidades conjugais, sem jamais hostilizar, demonstrar ressentimento contra o marido por isso. Além disso, o marido era um homem de comportamento esquentado. Mônica se mostrava calma e paciente por causa de sua vida espiritual profunda. “Depois que ele se refazia e acalmava, ela procurava o momento oportuno para mostrar-lhe como se tinha irritado sem refletir”, escreveu Santo Agostinho sobre sua mãe, Mônica, diante do marido, Patrício (Confissões, IX,19). Era assim que ela conquistava o marido.  O que tem por trás disso é a fidelidade de Mônica a Deus dia a dia. Por isso, Mônica teve a consolação de levar o marido à fonte batismal em 371, um ano antes da morte dele.        

Após a morte do marido, Patrício, Mônica se viu sozinha diante da conduta desordenada do filho Agostinho, que aos 16 anos abandonou a vida digna de um filho de Deus. Trata-se de outra aflição que Mônica tinha. Agostinho era um filho rebelde à graça de Deus, inteligente, mas indiferente. Por ele, Mônica rezou e chorou. Ela suplicou a Deus com insistência e não cansou de pedir a ajuda das pessoas sábias. Um dia ela pediu o conselho do bispo Ambrósio de Milão (festa 07/12). Dele ela recebeu esta resposta: “Vai em paz, mulher, e continua assim; não te preocupes, contenta-te com rezar por ele; é impossível que perca o filho de tantas lagrimas”. Esse pensamento se expressa na coleta da festa: “Ó Deus, consolação dos que choram, que acolhestes, as lagrimas de Santa Mônica pela conversão de seu filho, Agostinho....”. Mônica mais uma vez alcançou a graça de ter conseguido de Deus a conversão de Agostinho. Agostinho recebeu o batismo em 387.        

Mônica e Agostinho passaram juntos o verão na Itália, aguardando a partida de Mônica para a África. As últimas palavras de Mônica para Agostinho eram estas: “Meu filho, quanto a mim, não existe nada que me atraia nesta vida. Nem sei mesmo o que estou fazendo aqui, e por que ainda existo. Uma única coisa que me fazia desejar viver ainda um pouco era ver-te católico antes de eu morrer. Deus me concedeu algo mais e melhor: ver-te desprezar as alegrias terrenas e só a Ele (Deus) servir. Por isso, o que é que estou fazendo aqui?” (cf. Confissões, 25). “Maravilhados diante da coragem dessa mulher (Mônica), dádiva tua, perguntaram-lhe se não tinha medo de deixar o corpo longe de sua cidade natal. E ela respondeu: ‘Para Deus nada é longe, nem devo temer que no fim dos séculos ele reconheça o lugar onde me ressuscitará’”, recordou Santo Agostinho (Confissões, 28). 

E dentro de pouco tempo ela morreu (em Óstia) antes de embarcar de volta à pátria. Era o ano de 387 e tinha 56 anos de idade. “Pelo nono dia de doença, aos cinqüenta e seis anos de idade, quando eu tinha trinta e três, essa alma fiel e piedosa libertou-se do corpo. Fechei-lhe os olhos, e uma tristeza infinita invadiu-me a alma. Estava prestes a transbordar em torrentes de lágrimas”, assim escreveu Santo Agostinho sobre a morte de sua mãe, Mônica (Confissões, 28-29).        

Agostinho ficou tão admirado pela virtude de sua mãe, Mônica, até chegou a escrever: “Não quero calar os sentimentos que me brotam na alma a respeito de tua serva, que me deu a vida temporal segundo a carne e que, pelo coração, fez-me nascer para a vida eterna”. (Confissões IX, 17). No seu livro “Confissões”, Agostinho dedicou o cap. IX para falar da virtude de sua mãe, Mônica.        

Creio que muitas mães de hoje, que sofrem pela mesma causa ou outras causas, vêem-se em Santo Mônica e se identificam com ela. Mônica quer dar a mensagem de esperança para todas as mães sofredoras que continuem a acreditar em Deus e permaneçam na oração serena. Deus pode tardar, mas nunca falha. É preciso aprendermos a viver ao ritmo de Deus, pois com Sua sabedoria infinita Deus dá o que nos é digno no tempo certo. É importante mantermo-nos fieis até o fim. E o próprio Jesus afirma: “E Deus, não faria justiça a seus eleitos que clamam a Ele dia e noite, mesmo que os faça esperar?” (Lc 18,7).

P. Vitus Gustama,svd


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