sexta-feira, 14 de julho de 2023

17/07/2023-Segundaf Da XV Semana Comum

O AMOR DIVINO E HUMANO SE EXPRESSAM NA GENEROSIDADE E NO DESPOJAMENTO E NA LUTA CONTRA A INJUSTIÇA

Segunda-Feira da XV Semana Comum

Primeira Leitura: Ex 1,8-14.22

Naqueles dias, 8 surgiu um novo rei no Egito, que não tinha conhecido José, 9 e disse a seu povo: “Olhai como o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. 10 Vamos agir com prudência em relação a ele, para impedir que continue crescendo e, em caso de guerra, se una aos nossos inimigos, combata contra nós e acabe por sair do país”. 11 Estabeleceram inspetores de obras, para que o oprimissem com trabalhos penosos; e foi assim que ele construiu para o Faraó as cidades-entrepostos de Pitom e Ramsés. 12 Mas, quanto mais o oprimiam, tanto mais se multiplicava e crescia. 13 Obcecados pelo medo dos filhos de Israel, os egípcios impuseram-lhes uma dura escravidão. 14 E tornaram-lhes a vida amarga pelo pesado trabalho da preparação do barro e dos tijolos, com toda espécie de trabalhos dos campos e outros serviços que os levavam a fazer à força. 22 O Faraó deu esta ordem a todo o seu povo: “Lançai ao rio Nilo todos os meninos hebreus recém-nascidos, mas poupai a vida das meninas”.

Evangelho: Mt 10,34-11,1

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 10,34 “Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada. 35 De fato, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra. 36 E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares. 37 Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. 38 Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. 39 Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim vai encontrá-la. 40 Quem vos recebe a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. 41 Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo. 42 Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa”. 11,1 Quando Jesus acabou de dar essas instruções aos doze discípulos, partiu daí, a fim de ensinar e pregar nas cidades deles.

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Deus Cuida Do Seu Povo e Continua No Comando Dos Seus Planos: Somos Chamados a Fazer o Êxodo

Começamos a ler (como Primeira Leitura), a partir de hoje, durante quase três semanas, o segundo livro da Bíblia, o Êxodo, livro escrito por várias tradições: Javista (entre sec. XI-X a.C), Eloísta (entre sec. IX-VII a.C), Sacerdotal (em torno do sec. VI a.C) e algumas tradições independentes. Mudamos de livro para a Primeira Leitura, mas continuamos com a história do povo eleito. No livro do Êxodo acompanharemos o relato da escravidão de Israel, sua libertação, sua aliança com Deus e sua marcha pelo deserto para a terra de Canaã, a que Deus havia prometido a Abraão. 

É um livro fundamental para entender a história de Israel e também para entender nossa própria história como cristãos. Deus liberta seu povo da escravidão, na primeira Páscoa, que será para sempre a chave para entender a nova Páscoa de Cristo, que liberta toda a humanidade do pecado e reúne seu novo Povo que no Batismo atravessa as águas do mar vermelho e entra na terra da Nova Aliança.

O tema findamental do Êxodo é o significado teológico do nome do Senhor, isto é, o significado de Javé. Para a pergunta: “Quem é Javé?”, este livro respondo, gramatizando seu ensinamento: “Javé (Senhor) é o Deus que salva, que ajuda, que compromete e se compromete e que está presente na história do povo. Na linguagem do Evangelho de Mateus, Javé é o Deus-Conosco (Cf. Mt 28,10). 

O êxodo narra, de maneira lógica, a forma como Deus libertou o seu povo por meio de Moisés. Sua marca teológica é constituída por “uma saída” que culmina em “um encontro”. 

O êxodo é o acontecimento fundamental, único entre todos, origem da nação: de uma família, os filhos de Israel, surge um povo, a comunidade nacional. Este êxodo é posto acima de qualquer outro acontecimento por mais importante que tenha sido para a vida de Israel ou por mais firme que seja sua historicidade: estabelecimento em Canaã, conquista de Jerusalém, a fusão de grupos e assim por diante. É o dogma fundamental de sua fé, o ponto de referência das crenças, instituições e ritos, e fundamento das esperanças nacionais. 

O nome do livro é Êxodo.  Os judeus conhecem este livro como ELLEH SHEMOT = Estes são os nomes, porque se inicia com estas palavras em hebraico. A palavra “Êxodo” significa “caminho de saída”; “ação de sair”; “partida”. Na Bíblia a palavra “Êxodo” designa especialmente a saída dos hebreus para fora do Egito ou a longa peregrinação de quarenta anos do Egito para a Terra prometida através do deserto (Ex 3,7-10). 

“Êxodo”, do grego: “éxo”: “fora de”, e “hodós”: “caminho”, faz pensar em sair de um lugar para pôr-se em caminho rumo a outro lugar ou a outro estado de vida. O êxodo vital para uma semente começa no momento em que germina, e prolonga a saída de si mesma alongando suas raízes, seu tronco e seus ramos. Quando a raiz é sadia, normalmente, o furo será sadio também. E ela vai terminando seu ciclo de existência produzindo seus frutos. A noção de êxodo constitui um instrumento para compreender o dinamismo da vida, da evolução dos povos, da existência pessoal, da vida diária e assim sucessivamente. O êxodo da vida humana é sempre um caminho de crescimento, uma saída da “própria terra”, de si mesmo. Mas o êxodo ou o abrir-se a horizontes novos suscita reações defensivas, cuja superação não é questão de um dia. Neste caminho de crescimento suscitam inevitáveis interrogações sobre o próprio homem, sua condição e destino. E o êxodo existencial de um ser humano possui três fases: iniciar, transitar e terminar. A vida terrena de um ser humano tem, então, seu início, faz-se no pleno desenvolvimento e aponta para seu término inevitável.

O êxodo é essencialmente uma partida. Essa mudança no espaço e tempo nos mostra o peregrino como “alguém que passa”. Mesmo que hoje ele pare, amanhã terá que retomar o caminho.         

Jesus vive essa forma de vida mostrando o seu significado pleno. Em Cristo, o próprio Deus se fez peregrino para vir ao encontro do homem nos seus caminhos a fim de mostrar o caminho para a eternidade, e Ele próprio é o Caminho (Jo 14,6). E o fato de ele não ter “uma pedra onde repousa a cabeça” (Lc 9,58) e sua vida apostólica itinerante revelam a sua identidade de peregrino por excelência.

Depois que o patriarca José (e seus irmãos) morreu, os hebreus perdem sua proteção: “Surgiu um novo rei no Egito, que não tinha conhecido José”. Este novo rei disse a seu povo: “Olhai como o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. Vamos agir com prudência em relação a ele, para impedir que continue crescendo e, em caso de guerra, se una aos nossos inimigos, combata contra nós e acabe por sair do país”. Trabalhos pesados. Ordem de matar todos os filhos recém-nascidos nas famílias dos hebreus! A partir daqui é que começa a escravidão e opressão. 

Uma hipótese, a mais plausível, situa o início da opressão dos hebreus no Egito por volta do ano 1260 aC, no reinado de Ramsés II, ou por volta de 1300, no reinado de Seti I. A descrição dada pela Bíblia relata com bastante precisão os procedimentos da época e as exigências de mão de obra experimentadas por Egito nos tempos de seus reis construtores. 

A opressão é exercida, sobretudo, pela imposição de trabalhos muito penosos (vv. 12-13) e o genocídio (v. 22). O Yahwista (Javista) reteve, acima de tudo, o primeiro modo de dominação; o Eloista, o segundo; mas ambos veem nestas companhias um comportamento não só antihebreu, mas também claramente antirreligioso, visto que atentam descaradamente contra a multiplicação do povo prometido por Javé a Abraão. 

E passados quatrocentos anos, segundo o texto, vai começar a história de outro personagem: Moisés que guiará o povo à libertação e à Terra prometida. É uma história que poderia ser, simplesmente, a história de um povo emigrante que decide voltar à sua terra de origem. Mas trata-se de uma história muito significativa para entender os planos de Deus que leva adiante sua promessa a Abraão mesmo que tenha muitos obstáculos na sua realização. Deus continua no comando. 

Durante este período Deus vai se manifestando de acordo com a situação vivida pelo povo eleito. Durante a escravidão no Egito Deus contempla o sofrimento do povo eleito. Nesta etapa Deus se manifesta como o Deus dos pobres e dos oprimidos. Na saída da escravidão do Egito Deus liberta o povo, através de Moisés, e faz o povo atravessar o mar vermelho sem dificuldade significativa. Nesta etapa, Deus se manifesta como o Deus Salvador e Libertador. Em Sinai, depois da travessia do mar vermelho, Deus faz aliança com o povo eleito e formula sua vontade na lei que Moisés recebeu de Deus e passa para o povo. Nesta etapa, Deus se manifesta como o Deus da Aliança. Na passagem pelo deserto rumo à Terra prometida Deus faz provas para seu povo e este fica revoltado e Deus perdoa seu povo sem cessar. Nesta etapa Deus se manifesta como o Deus da misericórdia e do perdão. Deus ajuda o povo na conquista da Terra que ele prometeu, habitada antigamente pelos antepassados. Nesta etapa Deus se manifesta como o Deus da fidelidade.  

Estabeleceram inspetores de obras, para que o oprimissem com trabalhos penosos; e foi assim que ele construiu para o Faraó as cidades-entrepostos de Pitom e Ramsés”. Assim relatou o autor sagrado. 

A história se repete. Também podemos refletir de outra perspectiva. As situações de injustiça continuam ao longo da história. Mas, infelizmente, todos terminaram e terminarão num buraco do túmulo. Situações de opressão econômica e humana continuam até nos nossos dias. Encontramos na atualidade situações de genocídio consequência das guerras em nome de poder e de dinheiro ou em nome do suposto deus que parece ter prazer de ver o sangue humano derramado. Como Moisés foi encarregado para libertar o povo da escravidão, cada cristão particularmente e todos os cristãos coletivamente somos encarregados por Deus para lutar contra a opressão e a injustiça, contra a corrupção e roubalheira. Jamais podemos ficar alheios de tudo isso, e jamais podemos permanecer no nosso silêncio cômodo. Temos que fazer um novo êxodo. Professar nossa fé no Deus Salvador sem nos comprometermos ao serviço dos pobres e empobrecidos, dos oprimidos e escravizados será uma mentira. 

Todos Devem Se Submeter Aos Valores Do Reino 

Estamos nas ultimas instruções de Jesus no discurso sobre a missão (Mt 9,36-11,1). Na passagem do Evangelho de hoje Jesus nos mostra quais são as condições para que sejamos Seus discípulos dignos. Radicalidade e discipulado são inseparáveis. 

1. Amar Com Amor Divino 

Jesus começa a última parte do discurso sobre a missão dizendo: “Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Vim trazer não a paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra...”.

Jesus veio trazer, sim, a paz dos filhos de Deus e desafia o mal e passa por lutas árduas. É a paz do Cordeiro sobre o qual se abate a violência dos lobos. E a espada que Jesus usará não será aquela espada que Pedro empunha (Mt 26,51s) e sim a confiança na Palavra do Pai, espada de dois gumes (Sl 149,6). a Palavra é espada afiada (Hb 4,12) penetra no fundo o pecado. Ai realiza a divisão.

Quem acolhe Jesus e seus ensinamentos se encontra, muitas vezes, numa escolha radical, inclusive nos afetos mais íntimos, não para abandoná-los e sim para purificá-los e fazê-los mais autênticos cristãos. O amor do pai e da mãe está inscrito na natureza e é um mandamento de Deus (cf. Dt 20,12; 21,12. Veja Mt 15,4; 19,19 e par.). Ao amar os nossos pais reconhecemos neles o dom da vida recebida de Deus através deles. Ao nos fazer nascer para este mundo, os pais são colaboradores do Deus Criador. No entanto, quando os amamos no Senhor, os pais devem estar em comunhão com Deus de Quem depende nossa vida e salvação. Os filhos não podem compactuar com a maldade dos pais nem os pais podem colaborar com a injustiça e a desonestidade dos filhos. Neste sentido, ser verdadeiro cristão e seguir realmente a Jesus podem provocar a oposição de nossos parentes.  Amar a Jesus significa, então, amar intensamente ao Pai do céu que nos entregou Seu Filho para nos salvar (cf. Jo 3,16) e amar com mais convicção àqueles que nos entregaram materialmente a existência.  E os pais, ao amar seus filhos, vivem a paternidade e maternidade que tem sua origem em Deus. Ao amar a Jesus sobre todas as coisas, os pais são capacitados a viver como maior plenitude a doação total de si aos filhos. 

O amor preferencial a Jesus, por isso, não elimina o amor humano e sim o sublima, o faz autêntico, o faz ágape, isto é, difusivo, nunca centralizador: “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim”.  É amar os outros no amor divino para tornar o amor sublime e divino. E o amor de Deus purifica tudo, pois o amor divino é redentor. 

Neste contexto, a paz que Jesus traz é uma paz fundada na verdade, na justiça, na honestidade, no amor, na igualdade e assim por diante, por isso cria conflito, divisão e oposição. Mas o cristão tem que ser amigo da verdade em qualquer circunstância. O cristão tem que estar do lado da verdade e do amor. A fé, quando é coerente, nos põe diante das opções decisivas em nossa vida diariamente. 

Ser cristão, seguidor de Jesus, não é fácil, e supõe saber renunciar às tentações fáceis nos negócios. A renúncia aos laços do egoísmo humano implica a dor das rupturas e do estranhamento social, mas ao mesmo tempo, produz uma nova rede divina na qual estão implicados o Pai do céu, Jesus e seus enviados e aquele que está disposto a oferecer hospitalidade generosa aos que se comprometem com o projeto de Jesus.           

Por isso, o cristão tem que ser, antes de tudo, uma pessoa livre e responsável. Livre da mentalidade apegada ao lucro em nome da desonestidade. Livre para enfrentar o conflito que suscita o anúncio do Reino de Deus. Livre para se comportar e ser um verdadeiro filho de Deus como Jesus o é. É a liberdade e responsabilidade para assumir a cruz que implica o seguimento de Jesus. Quem foge é porque não está livre. 

2. Ser Cristão é Viver No Paradoxo                       

Paradoxo é um pensamento que vai contra a opinião ou contra o pensamento, porém nele tem verdade. “Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim vai encontrá-la” é uma afirmação paradoxal. ”Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só; mas se morre, então produz muito fruto” (Jo 12,24), é outro exemplo da afirmação paradoxal. 

Jesus continua seu discurso dizendo: “Quem procurar conservar sua vida, vai perdê-la”. Esta afirmação de Jesus é uma das leis fundamentais da existência: não há que tentar possuir a vida só para si. Há que sair de si mesmo; há que aprender a superar-se. Para viver em Deus temos que aprender a morrer. Para ganhar com Deus, temos que aprender a perder. Para encontrar a liberdade em Deus, temos que aprender a abandonar e a renunciar às nossas liberdades.  No esquecimento de si está a verdadeira vida, a verdadeira felicidade, o verdadeiro crescimento e a plenitude, segundo Jesus. A preocupação pela própria vida e pelos próprios interesses pode levar o cristão a trair a mensagem do evangelho. A busca de segurança e comodidade para a própria existência conduz inevitavelmente para a própria ruína. 

Uma existência fechada em si mesma, centrada totalmente em si mesma, se vai esvaziando paulatinamente de sentido e acaba se perdendo. Uma existência que aceita sair de si mesma e de seus interesses, que se vai gastando e consumindo em benefício dos demais, vai-se enriquecendo e vai-se salvando. Quem não está disposto a dar a vida, está predisposto a tirar a vida de sua fecundidade. Crer na vida eterna é entender esta vida como um viver pelos demais. O sentido da vida não está em nós, em nosso egoísmo, então, e sim no outro, nos outros, na solidariedade. O sentido da vida está no Outro de todos nós que é Deus. Crer na ressurreição é viver já para fazer possível a vida. 

3. Dar É Uma Expressão Da Riqueza Interior                       

No fim do texto Jesus nos diz: “Todo aquele que der ainda que seja somente um copo de água fresca a um destes pequeninos, porque é meu discípulo, em verdade eu vos digo: não perderá sua recompensa”. 

Dar significa privar-se de algo, renunciar a algo. Estamos tão condicionados por nossa sociedade industrial e tão inclinados a possuir, a acumular, a consumir apenas. E por isso, “dar” nos parece algo improdutivo; um empobrecimento doloroso que não estamos dispostos a fazer em qualquer momento. Em nossa sociedade, o homem que dá sem receber é um homem pouco prático, sem futuro, sem sentido realista, incapaz de realizar uma operação produtiva. No entanto, o gesto de dar é a expressão mais rica de vitalidade, de força, riqueza e poder criador. 

Quando damos algo de verdade, nos experimentamos a nós mesmos cheios de vida com capacidade de enriquecer os outros, ainda que seja em grau muito modesto. Dar significa estar vivo e ser rico. Quem tem muito e não sabe dar, não é rico. É um homem pequeno, impotente, empobrecido, por muito que possua. Precisamos aprender a dar nossa alegria, nossa compreensão, esperança, amor e assim por diante para que nossa vida seja cada vez mais rica em Deus. 

Todo aquele que der ainda que seja somente um copo de água fresca a um destes pequeninos, porque é meu discípulo, em verdade eu vos digo: não perderá sua recompensa”.  Damos algo ou nos damos não para ganhar recompensa, mas é a parte essencial do ser cristão a exemplo de Jesus “passou a vida fazendo o bem” (At 10,38). Dar é a expressão da minha riqueza interior e o meu despojamento. Trata-se de um caminho de libertação das garras da ganância.  

P. Vitus Gustama,svd

2 comentários:

Lúcio disse...

Profunda reflexão que nos ajuda a compreender as leituras de hoje.
Obrigado padre Vítus

Vitus Gustama disse...

Obrigado, Lúcio. Deus o inspire.

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