segunda-feira, 17 de julho de 2023

21/07/2023-Sextaf Da XV Semana Comum

A SALVAÇÃO DO SER HUMANO ESTÁ ACIMA DE QUALQUER LEI POR SAGRADA QUE ELA PAREÇA SER

Sexta-Feira da XV Semana Comum

Primeira Leitura: Ex 11,10-12,14

Naqueles dias, 11,10 Moisés e Aarão realizaram muitos prodígios diante do Faraó; mas o Senhor endureceu o coração do Faraó, e ele não deixou que os filhos de Israel saíssem da sua terra. 12,1 O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2 “Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3 Falai a toda a Comunidade dos filhos de Israel, dizendo: ‘No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa. 4 Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro. 5 O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro, como um cabrito: 6 e deveis guardá-lo preso até o dia catorze deste mês. Então toda a Comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde. 7 Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerdes. 8 Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. 9 Não comereis dele nada cru, ou cozido em água, mas assado ao fogo, inteiro, com cabeça, pernas e vísceras. 10 Não deixareis nada para o dia seguinte: o que sobrar devereis queimá-lo ao fogo. 11 Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a páscoa, isto é, a Passagem do Senhor! 12 E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor. 13 O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora, quando eu ferir a terra do Egito. 14 Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua’”. 

Evangelho: Mt 12,1-8

1 Naquele tempo, Jesus passou no meio de uma plantação num dia de sábado. Seus discípulos tinham fome e começaram a apanhar espigas para comer. 2 Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: “Olha, os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido fazer em dia de sábado!” 3 Jesus respondeu-lhes: “Nunca lestes o que fez Davi, quando ele e seus companheiros sentiram fome? 4 Como entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda que nem a ele nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? 5 Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no Templo, os sacerdotes violam o sábado sem contrair culpa alguma? 6 Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o Templo. 7 Se tivésseis compreendido o que significa: ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’, não teríeis condenado os inocentes. 8 De fato, o Filho do Homem é senhor do sábado”.

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Páscoa: Passagem Do Senhor A Fim De Para Salvar

“Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a páscoa, isto é, a Passagem do Senhor!”. 

Continuamos a acompanhar a leitura do livro do Êxodo. A leitura dos capítulos 4 a 11 do livro é suspensa onde se falam do estado das famílias israelitas no Egito, da missão de Moisés diante de Faraó para deixar os israelitas irem embora do Egito, das pragas sobre o Egito como sinais de Deus e da preparação acelerada na organização da saída do povo do Egito. 

Hoje, na Primeira Leitura lemos a cena pascal, (noite da Páscoa), que é o relato fundacional de uma prática que se mantém até hoje. O relato termina assim: “Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua”. Para o povo judeu, celebrar a Páscoa era uma “memória subversiva”. Não é somente a recordação da libertação da opressão egípcia e sim para continuar experimentando a mão do Senhor no presente. A Páscoa é sempre hoje para o povo judeu.       

A Páscoa, a passagem do Senhor para salvar, será para todo o AT a grande festa, a primeira e mãe de todas as festas do povo hebreu. De uma maneira dinâmica e viva na Páscoa está a síntese de toda a fé e de toda a esperança do povo eleito. Com efeito, a Páscoa é um “credo em ação”. Mais do que um ensinamento sobre Deus que liberta, é uma experiência da liberdade que Deus e somente Deus pode conceder. Na Páscoa se recorda e faz presente, se proclama e se reconhece Deus em toda a força de seu poder, em toda a imensidade de sua ternura, em toda a grandeza de seus desígnios e em toda a perfeição de suas obras. 

A Páscoa é a grande prova de amor de Deus para seu povo, o amor que faz o que parece impossível. O Deus da Páscoa é o Deus solícito pelo seu povo, próximo às dores daqueles que lhe pertencem, atento à tribulação de seus filhos, zeloso pelo bem do seu rebanho. Por sua parte, o povo pascal é aquele que confia no seu Criador e Redentor; é o povo que reconhece sua pequenez, mas também a grandeza de seu Deus; admite sua debilidade, mas conhece a força do seu Senhor; é humilde e confessa seu pecado, mas sabe que Deus pode apagar o pecado para quem se converte, pois Ele é misericordioso.

Falai a toda a Comunidade dos filhos de Israel, dizendo: ‘No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa. Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro”. Assim fala o Senhor.

A ceia pascal é um encontro de irmãos que revivem os laços perdidos durante a escravidão, o sangue os liberta do exterminador. É um chamado à unidade e à solidariedade acima dos individualismos egoístas. É um momento de consolidar o grupo/família. Unir-reunir significa salvar. A fé não pode ser vivida isoladamente e sim com os irmãos. 

“Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a páscoa, isto é, a Passagem do Senhor!”. 

A celebração da Páscoa do Senhor, como acontecimento salvífico que há de recordar-se sempre; como adoração e imolação de um cordeiro ou cabrito com cena familiar, de pães acimos, em pé, dispostos todos a pôr-se em caminho para o cumprimento da vontade libertadora de Deus. Celebrar a Páscoa é em pé, na atitude dos peregrinos, isto é, assumindo que nossa existência na terra é um tempo de passagem, de vigília para a eternidade.

A experiência de Israel na primeira Páscoa nos ajuda a entendermos toda a riqueza da segunda, a Páscoa de Jesus que celebramos na Eucaristia. E somos encarregados para celebrar o memorial desta Páscoa na Eucaristia. Toda vez que celebramos a Eucaristia, o próprio Senhor, agora Ressuscitado, nos faz participarmos em seu passo da morte à vida, nos faz entrarmos em Sua Páscoa. Na nossa passagem diária da escravidão do pecado para a liberdade de filhos de Deus, nós nos apoiamos no alimento que é o Corpo de Cristo entregue por nós e seu Sangue derramado por nós. Jesus Cristo é o Cordeiro cuja Carne nos alimenta e cujo sangue nos salva, pois tem poder de remissão dos pecados. Em cada Eucaristia atualizamos o mistério pascal do Senhor Jesus Cristo. Na Eucaristia nos unimos ao redor da mesma mesa, comemos do mesmo pão e nos comprometemos em manter união ou comunhão de irmãos.

Páscoa significa passo, passagem, trânsito. Para nós cristãos a verdadeira Páscoa se cumpriu em Cristo Jesus: “Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai...” (Jo 13,1). Jesus atravessou as águas da morte para entrar na nova existência para a qual ele nos conduz, como Moisés que conduziu o povo eleito da escravidão do Egito para a libertação e a liberdade. Desta Páscoa, acontecimento repetível, sua morte e ressurreição nos faz participes já no dia de nosso Batismo: "Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova" (Rm 6,4). 

Desta perspectiva o “dar passo”, Páscoa significa converter-se, incorporar-se a uma vida nova que supera toda morte que leva o homem a mudar seu ponto de vista, seu compromisso com os demais, a vencer suas limitações e covardias e a incorporar-se à utopia d’Aquele que venceu a morte. Cada um saberá os passos que deve dar, mas, definitivamente, não há Páscoa sem passo, sem um passo decisivo por nossa parte que transforme nossa realidade e conseqüentemente, nosso entorno numa vida e num mundo de Ressuscitados. A Páscoa é uma transfiguração de nossa vida.

A Vida Humana É Maior Do Que Qualquer Lei                                          

Olha, os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido fazer em dia de sábado!”, disseram os fariseus para Jesus (Mt 12,2).

·  Vós deveis admirar os discípulos que estavam tão limitados em seus desejos que não tinham qualquer preocupação com o corpo, mas desprezavam a mesa carnal; eram assaltados pela fome, mas não se separavam de Cristo: caso a fome não os tivesse coagido com veemência, não teriam de modo algum feito o que fizeram” (São João Crisóstomo: Homiliae in Matthaeum, hom.39,1).

·   E como lemos em outro evangelho (Mc 6), os discípulos de Cristo não tinham tempo nem mesmo para alimentar-se devido às suas muitas ocupações. Mas, sendo homens, tinham fome. E o fato mesmo de cortar algumas espigas e comer os grãos e com eles abrandar sua necessidade de sustento é uma prova da vida austera que tinham e de que não buscavam manjares preparados, mas uma alimentação extremamente simples (São Jerônimo In Santo Tomás de Aquino: CATENA AUREA, Exposição Contínua Sobre Os Evangelhos, Vol.1, Evangelho de São Mateus, Ed. Ecclesiae,2018, Campinas-SP, p.414).

·      Os homens cortam as espigas quando se afastam dos desejos terrenos; debulham-nas quando limpam suas almas das concupiscência da carne; comem os grãos quando levam para o seio da Igreja as almas que acabam de converter. ... Também andam com o Senhor pelos campos cultivados todos os que comprazem em meditar as Escrituras. Têm fome ao passo que têm desejo de encontrar nelas o Pão da Vida, isto é, o amor de Deus. Cortam  e debulham as espigas quando discutem as passagens até encontrarem o que está oculto na letra. E o fazem no sábado quando descansam, afastando-se dos pensamentos pertubadores” (Rábano Mauro In Santo Tomás de Aquino: CATENA AUREA, Exposição Contínua Sobre Os Evangelhos, Vol.1, Evangelho de São Mateus, Ed. Ecclesiae,2018, Campinas-SP, p.416-417). 

Com este capitulo (Mt 12) começam as controvérsias entre Jesus e os fariseus.  Trata-se de um confronto entre a velha sabedoria e a nova, entre carne e Espírito, entre morte e vida. Desta vez a controvérsia gira em torno da observância do Sábado. As argumentações das escolas rabínicas explicam aquilo que os outros sinóticos (Mc e Lc) também afirmam: o sábado é para o homem e não o homem para o sábado. Esse é o sentido de toda a Escritura, que nos narra a paixão de Deus em Jesus Cristo por nós. Jesus, Filho do Homem e Senhor do sábado, é nosso Pão (Jo 6,35.41.48.51), a nossa Vida (Jo 11,25; 14,6). E a Igreja é constituida por aqueles que o comem e vivem a liberdade dos filhos que amam os irmãos. Não são mais escravos, mas senhores da lei, porque vivem a misericórdia do Pai (Lc 6,36-38; Tg 2,12-13). Pelo caminho do amor misericordioso não há outro caminho para chegar ao Deus de amor, pois o amor é o cumprimento da lei (cf. Rm 13,10) 

A observância do Sábado era entre os principais mandamentos. Era tão importante como todos os mandamentos juntos. Todo trabalho era proibido (cf. Dt 5,14). Tinha uma lista de 39 trabalhos proibidos no Sábado. E cada um desses 39 trabalhos proibidos se desdobrava em mais seis, ao todo 234 atividades proibidas. Transgredir o Sábado podia levar o acusado à condenação. A punição prevista chegava à pena de morte (cf. Ex 31,12-17; 35,1-3). Durante o exílio na Babilônia observar o Sábado era um sinal da identidade israelita entre os gentios. 

Na verdade inicialmente observar o Sábado tinha como finalidade o descanso humano, para celebrar a libertação humana (interpretação da tradição deuteronomista. Cf. Dt 5,12-15). Mais tarde na tradição sacerdotal (cf. Ex 20,8-11), o descanso sabático tinha como finalidade imitar o repouso de Deus ao findar-se a obra da Criação. Com essa interpretação o Sábado passou a ser considerado como dia a ser “santificado”, dedicado a Deus e ao culto. 

Na verdade, ao comentar Ex 31,13-14 os rabinos permitiam realizar trabalho em Sábado, se fosse em função de socorrer alguém em extremo perigo de vida. Eles diziam: “O homem não foi feito para o mundo, mas o mundo para o homem”. Ou: “O Sábado foi entregue a vós, não vós ao Sábado” (Simeão ben Menaxa, em 180 a.C, na época dos Macabeus). Na mesma linha está o Segundo Livro dos Macabeus: “Não foi por causa do Lugar que o Senhor escolheu o povo e sim por causa do povo, o Lugar” (2Mc 5,19). 

Na interpretação dos fariseus sobre a observância do Sábado o que conta é a Lei. Os fariseus julgam o atuar humano a partir da lei e o julgam sob o aspecto que afeta a um preceito determinado, não a lei em seu conjunto. Os fariseus sabem que no Sábado pode-se comer, mas não se pode “colher”. Para eles cortar as espigas é colher. Logo este ato é considerado como trabalho e por isso, é proibido. Daí a pergunta deles: “Olha, os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido fazer em dia de sábado!”. Ama menos quem se preocupa apenas com a lei e não com a dignidade do ser humano. 

Jesus, na sua interpretação sobre a observância do Sábado, destaca a importância máxima do ser humano. Toda a atividade de Jesus tem como centro o ser humano e sua salvação. Para Jesus o que conta é o homem. Em nome da importância máxima do homem Jesus cita o profeta Oseías: “Quero a misericórdia e não o sacrifício” (Os 6,6). Com esta citação Jesus destaca a dignidade do homem diante de Deus. Em nome de um ser humano necessitado de libertação e de salvação Jesus é capaz de “transgredir” uma lei por mais sagrada que ela pareça ser, como o Sábado. Em nome do ser humano por amor Deus Pai enviou Seu Filho unigênito a fim de salvar a humanidade (cf. Jo 3,16). Em nome do ser humano e sua salvação, Jesus aceita ser perseguido, crucificado e morto. O preço de nossa salvação é o sangue de Jesus derramado na Cruz. Ao olhar para a Cruz de Jesus sabemos logo o quanto Jesus nos amou. E o mesmo Jesus continua se oferecendo como alimento para todos os seus seguidores, pois Ele continua nos amando. Por isso, ao participar da Eucaristia sabemos o quanto Jesus nos ama, pois Ele nos alimenta com seu próprio Corpo para podermos fazer nossa caminhada rumo à comunhão plena com nosso Deus e para que sejamos vida para os outros. A Eucaristia é nosso “Viático”, isto é, nosso alimento para nossa viagem nesse mundo rumo ao encontro derradeiro com Deus. 

Por causa da grandeza do homem e de sua dignidade entre outras criaturas o Salmista fez a seguinte oração: “Quando contemplo o firmamento, obra de vossos dedos, a lua e as estrelas que lá fixastes: Que é o homem, digo-me então, para pensardes nele? Que são os filhos de Adão, para que vos ocupeis com eles? Entretanto, vós o fizestes quase igual aos anjos, de glória e honra o coroastes. Destes-lhe poder sobre as obras de vossas mãos, vós lhe submetestes todo o universo” (Sl 8,4-7). 

“Que é o homem de quem cuidas Tu, Senhor? Um ponto de poeira num cosmos de luz. (...) Sorrio em reconhecimento quando vejo que fizeste de mim o rei da tua criação, inferior, tão-somente, a Ti mesmo. Conheço a minha pequenez e a minha grandeza, a minha dignidade e a minha insignificância... Grande é o Teu Nome, ó Senhor, por toda a terra” (Carlos G. Valles. Busco Tua Face, Senhor: Salmos para contemplação. Ed.Loyola). 

São Boaventura colocou na boca de Deus as seguintes palavras sobre o ser humano: "Quando te criei, pus sobre tua fronte a imagem da minha divindade, adaptei-me à imagem da tua humanidade quando te quis redimir; tu, pois, que cancelaste a imagem da minha divindade, impressa na tua fronte quando foste criado, retém ao menos na mente a imagem da tua humanidade, impressa em mim quando quis redimir-te; se não soubeste ficar qual tal te criei, sabe ao menos reter-me como eu fiz quando de novo te criei". 

“Quero a misericórdia e não o sacrifício”, diz-nos Jesus hoje. O culto e a vida, a oração e a convivência fraterna devem andar de mãos dadas. Trazemos nossa vida para nossa oração e levamos para a vida nossa oração na convivência fraterna. 

Toda a atividade na Igreja do Senhor está em torno das pessoas e não em torno do trabalho. Na Igreja do Senhor, jamais pode ser colocada a pessoa de lado em função do trabalho. Trabalhamos na Igreja em função das pessoas e sua salvação e não em função do próprio trabalho. As pastorais e os movimentos existem para alcançar esse objetivo. Por isso, a seguinte pergunta permanece como um alerta: Se Jesus coloca o ser humano como o centro de sua atividade, qual é o lugar do homem, das pessoas nas nossas atividades pastorais e profissionais? “Quero a misericórdia e não o sacrifício”.

Quero misericórdia e não sacrifícios”. Tão essencial, tão determinante e tão fundamental é a misericórdia na vida de cada cristão, até na sua Carta São Tiago nos alerta: “O julgamento vai ser sem misericórdia para quem não praticou misericórdia; a misericórdia, porém, triunfa sobre o julgamento"(Tg 2,13). Toda a experiência profunda de Deus nos leva à prática eficaz da misericórdia. As nossas pequenas mortificações, e exercícios ascéticos só tem valor na medida em que servirem de treino para o exercício da misericórdia ou da compaixão.

P.Vitus Gustama, SVD

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