segunda-feira, 17 de julho de 2023

20/07/2-23-Quintaf da XV Semana Comum

DEUS QUE ESTÁ PRESENTE NA HUMILDADE E NA MANSIDÃO NOS CHAMA PARA SALVAR OS OUTROS DE SUA ESCRAVIDÃO

Quinta-Feira da XV Semana Comum

Primeira Leitura: Ex 3,13-20

Naqueles dias, ouvindo a voz do Senhor no meio da sarça, 13 Moisés disse a Deus: “Sim, eu irei aos filhos de Israel e lhes direi: ‘O Deus de vossos pais enviou-me a vós’. Mas, se eles perguntarem: ‘Qual é o seu nome?’ o que lhes devo responder?” 14 Deus disse a Moisés: “Eu sou aquele que sou”. E acrescentou: “Assim responderás aos filhos de Israel: ‘Eu sou enviou-me a vós’”. 15 E Deus disse ainda a Moisés: “Assim dirás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, enviou-me a vós’. Este é o meu nome para sempre, e assim serei lembrado de geração em geração. 16 Vai, reúne os anciãos de Israel e dize-lhes: ‘O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, apareceu-me, dizendo: Eu vos visitei e vi tudo o que vos sucede no Egito. 17 E decidi tirar-vos da opressão do Egito e conduzir-vos à terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus, a uma terra onde corre leite e mel. 18 Eles te escutarão e tu, com os anciãos de Israel, irás ao rei do Egito e lhe direis: O Senhor, o Deus dos hebreus, veio ao nosso encontro. E, agora, temos de ir, a três dias de marcha no deserto, para oferecermos sacrifícios ao Senhor nosso Deus’. 19 Eu sei, no entanto, que o rei do Egito não vos deixará partir, se não for obrigado por mão forte. 20 Por isso, estenderei minha mão e castigarei o Egito com toda a sorte de prodígios que vou realizar no meio deles. Depois disso, o rei do Egito vos deixará partir”.

Evangelho: Mt 11,28-30

Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28 “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

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Deus Se Revela A Cada Um De Nós Para Ser Seu Parceiro Na Libertação Dos Irmãos 

Eu Sou Aquele Que Sou”. "Eu vi, eu vi a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor por causa dos seus opressores; pois eu conheço as suas angústias. Por isso, desci a fim de libertá-lo da mão dos egípcios” (Ex 3,7-8). 

Jamais Deus se revela a uma pessoa sem chamá-la para assumir alguma responsabilidade na libertação dos irmãos e na solução dos problemas existentes. Deus soluciona os problemas conosco e através de nós. Deus se revela a Moisés com o seguinte nome: “Eu Sou Aquele Que Sou”. E Ele chama Moisés para assumir a missão de libertar os hebreus escravizados pelo poder de Faraó: "Eu vi, eu vi a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor por causa dos seus opressores; pois eu conheço as suas angústias. Por isso, desci a fim de libertá-lo da mão dos egípcios” (Ex 3,7-8). Ver, ouvir, conhecer, descer. Estes verbos supõem a aproximação. Somente pode ver, ouvir e conhecer quem está próximo do outro. Deus se aproxima de nós e por isso, Ele vê, ouve e conhece e toma atitude. Por isso, Ele desceu. Deus está conosco. Deus nos chama e Ele próprio vai ser uma garantia na nossa missão. Deus conta com nós como nós devemos contar com Ele na nossa missão. 

Diante da chamada de Deus, Moisés inventa desculpas para não assumi-la. A primeira objeção de Moisés: fingiu humildade: “Quem sou eu?” (Ex 3,11). Moisés tentou se diminuir e se fazer pequeno. Trata-se de uma tática para não assumir compromisso ao se mostrar muito humilde para assumir determinada responsabilidade. Moisés não queria encarar o Faraó, pois ele conhecia muito bem o palácio e os seus corredores. Diante dessa objeção Deus garantiu a presença: “Eu estarei contigo” (Ex 3,12). 

Moisés inventa outra desculpa para fugir da responsabilidade. É a segunda objeção de Moisés: Simulou falta de conhecimento. “Eles vão perguntar pelo nome de Deus, e ai, o que vou responder?” (Ex 3,13). É outra tática para fugir do compromisso: a falsa ignorância que pode funcionar muito bem que consiste em não saber, não conhecer e não conseguir. Diante dessa objeção Deus se revelou: “Eu Sou Aquele que Sou. Sou o Deus dos vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus Isaac e o Deus de Jacó(Ex 3,14-15).

Moisés inventa a terceira objeção porque não quer mesmo assumir a missão de libertar os hebreus escravizados: O pretexto de falta de fé por parte do povo: “Eles não vão acreditar em mim!” (Ex 4,1). Trata-se de uma desculpa ao jogar e colocar a dúvida e o problema nos outros. Na verdade, quem estava com dúvida era o próprio Moisés e não o povo, seus irmãos sofredores. Para solucionar essa objeção Deus lhe deu demonstrações de prodígios como o da serpente, da lepra e do rio (Ex 4,2-9). 

Moisés não pára por ai. Ele inventa a quarta objeção: Alegou não saber falar e ser gago: “Eu não sei falar direito!” (Ex 4,10). Moisés buscou um defeito físico para justificar seu medo. É outra desculpa que muitas pessoas inventam/criam para não assumir compromisso. Como resposta, Deus se declarou o próprio autor da boca: “Quem dotou o homem de uma boca? Ou quem faz o mudo ou o surdo, o que vê ou o cego? Não sou eu, Deus? Vai, pois, agora, e eu estarei em tua boca, e te indicarei o que hás de falar." (Ex 4,11-12). 

Moisés ainda procura inventar a quinta objeção: Reconheceu sua falta de coragem. Este foi o último recurso de Moisés: "Perdão, meu Senhor, envia o intermediário que quiseres!” (Ex 4,13). Deus ficou irado e mandou definitivamente Moisés em missão: Então se acendeu a ira de Deus contra Moisés, e ele disse: ‘Não existe Aarão, o levita, teu irmão? Eu sei que ele fala bem. E eis que sairá ao teu encontro e, vendo-te, alegrar-se-á em seu coração. Tu, pois, lhe falarás e lhe porás as palavras na boca. Eu estarei na tua boca e na dele, e vos indicarei o que devereis fazer. Ele falará por ti ao povo; ele será a tua boca, e tu serás para ele um deus. Toma, pois, esta vara na mão: é com ela que irás fazer os sinais’” (Ex 4,14-18).

Finalmente Moisés foi convencido e superou seu medo e voltou para o Egito para libertar seus irmãos (cf. Ex 4,14-19). 

Quais são suas desculpas para não assumir algum compromisso na sua comunidade eclesial em função de libertar seus irmãos de todo tipo de escravidão e em função de melhorar sua comunidade? Para que servem seus talentos dados por Deus como dons? O que você tem feito para melhorar sua comunidade?

Deus é Aquele Que É: Ele Está Sempre Conosco

Eu Sou Aquele Que Sou”. (‘Eyeh ‘aser ‘eyeh). Como se chama Deus? É uma pergunta legítima de Moisés. Como você chama Deus? Qual é o nome de Deus para você. Por que você chama Deus com tal nome?

Sabemos muito bem da importância que tem o nome para os hebreus: indica “o ser” profundo. Assim Deus não é uma realidade imprecisa, impessoal. Deus não é uma coisa vaga. Deus tem um “nome”, é Alguém vivo.

No texto da Primeira Leitura, Deus se revela como “Eu sou Aquele que sou”. Este nome deve ser entendido a partir da perspectiva existencial e histórica. “Ser” na frase “Eu sou aquele que sou” não é verbo de essência ou de estado, e sim de ação, de presença real e efetiva. “Eu sou Aquele que está próximo”. “Eu estou ali para...”. “Eu sou” é o Deus dos patriarcas, o Deus da promessa, Aquele que decidiu estar sempre ajudando seu povo, no passado, no presente e no futuro. Por isso, agora se dispõe a sua libertação. O nome de Deus se revela a nós não nos livros e sim na história, na nossa existência de cada dia, na trivialidade da vida. 

Sem dúvida nenhuma, nós podemos chamar Deus com melhores motivos que Moisés, “o Deus que está com”, “o Deus que sempre se aproxima para ajudar”. Porque em Jesus estamos convencidos de que Deus é Emanuel, o Deus-Conosco (cf. Mt 1,23; 18,20; 28,20). Jesus se chama a si mesmo com o nome: “Eu sou”. Às vezes Jesus se chama “Eu sou” com referências a diversos aspectos de sua personalidade: Eu Sou o bom pastor; Eu Sou a porta das ovelhas; Eu Sou o pão da vida; Eu Sou a luz do mundo; Eu Sou o caminho, a verdade e a vida. Outras, em sua totalidade divina: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou” (Jo 8,58). Desde Abraão até no momento presente temos experimentado que nosso Deus continua sendo o Deus da Aliança porque, em Jesus, continuamos celebrando a Nova e definitiva Aliança. Se há um momento em que Deus se revela como Aquele que está próximo de nós é na Eucaristia: Deus nos dirige Sua Palavra que é Seu próprio Filho, e nos dá Seu melhor alimento de vida: o Corpo e o Sangue do Ressuscitado. Não podemos ter melhor luz e força para nossa jornada diária! 

Somos Convidados a Ir Ao Encontro Do Senhor Para Aprender a Ser Manso e Humilde

Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo... Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso”. 

Vinde a mim!”. Jesus nos convida a sairmos de nosso canto para o espaço maior, a sairmos de nosso pequeno horizonte para o horizonte maior. “Vinde a mim!”. É preciso caminharmos ao encontro de Jesus para aprender dele como devemos viver e a direção para onde caminhamos. A vida é uma caminhada. Caminhando criamos o caminho, estudando e lendo tornanamo-nos estudantes permanentes e caminhando aprendemos a ver mais coisas no caminho. “Vinde a mim!”. A vida é uma saída ao encontro do Senhor e ao encontro do irmão. “Vinde a mim!” é um convite do Senhor para sairmos de nosso isolamento para a comunhão de vida com Jesus juntamente aos nossos irmãos da mesma jornada: ”Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem. Este é um risco, certo e permanente, que correm também os crentes” (Papa Francisco: Exortação Apostoólica Evangelii Gaudium no.2).

“Vinde a mim” é o convite de Jesus para nos encontrarmos com ele a fim de vivermos na alegria da Boa Nova: “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria” (Papa Francisco: Exortação Apostólica Evangelii Gaudium no.1). 

De que fardo Jesus fala neste texto? Quem são os “cansados e fatigados” neste texto? Trata-se aqui da opressão moral e religiosa, provocada pelo formalismo de uma religião estéril e de um moralismo legalista. Os “cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos” aqui são os pobres e famintos, ignorantes e pequeninos, os míseros e os doentes. O legalismo é sufocante, é uma moral sem alegria. Assim, a religião fica longe de ser motivo de liberdade e alegria, pois ela é reduzida a uma carga pesada. O ser humano se torna animal, pois a quem se impõe “jugo” e “carga”, se não aos animais?         

Pelo contrário, o cristianismo e a moral cristã não são uma imposição. A lei de Cristo é amor (Jo 13,34-35;15,12), libertação; é lei de liberdade, lei do Espírito que dá vida, lei de relação filial com Deus, nosso e amigo da vida. Ao lado de Cristo, todas as fadigas se tornam amáveis e tudo o que poderia ser mais custoso no cumprimento da vontade de Deus se suaviza. Quem se aproxima de Jesus, encontrará repouso para suas aflições. Jesus veio, certamente, para libertar o ser humano de todo tipo de escravidão, mostrando-se manso e humilde de coração e recusando-se a multiplicar normas religiosas. Jesus reduziu tudo ao essencial: amor e misericórdia. A religião torna-se, assim, prazerosa por respeitar a liberdade e por ser humanizadora. “Onde só o amor serve e não a necessidade, a escravidão se torna liberdade”, dizia Santo Agostinho (In ps. 99,8).          

Para tudo isso se tornar possível, há uma chave principal: o amor, tanto como um dom recebido de Deus, pois ele nos amou primeiro (1Jo 4,19), como uma responsabilidade, como Cristo que se dá a si mesmo a Deus e aos irmãos. Quem ama não sente a lei de Cristo como uma obrigação pesada. Pela experiência sabemos que quando se ama de verdade muitas coisas se tornam fáceis e suportáveis que seriam difíceis e até insuportáveis sem o amor. Ir para Jesus é descarregar o fardo aos seus pés, olhá-lo nos olhos, renunciando às nossas pequenas ideias sobre a questão e preferindo seu pensamento ao nosso. 

“... aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração...” (v.29).  Quem é humilde? Quem é manso? 

Jesus se fez pequeno entre os pequenos e é afável, pobre, humilde e simples em seu comportamento. Põe-se junto aos pequenos, aos que ele sente como sua família e assim, quer caminhar vivendo de toda Palavra que sai da boca de Deus. A simplicidade aproxima as pessoas e as pessoas se aproximam dos simples e humildes sem dificuldade. "Ser humilde com os superiores é uma obrigação, com os colegas uma cortesia, com os inferiores é uma nobreza”, dizia Benjamin Franklin. 

Ser humilde não é ser tímido; não é aquele que fica no cantinho por medo de se comunicar com os outros ou por medo da multidão e assim por diante. Muito menos é aquele que simula a humildade, pois “Simular humildade é a maior das soberbas”, dizia Santo Agostinho (De sanc. virg. 43,44). O orgulho é como o mau hálito, todos percebem, exceto quem dele padece. O humilde é aquele que tem noção da própria capacidade e da própria fraqueza e limitações e está aberto totalmente a Deus e para qualquer crescimento no bem. "Quanto maiores somos em humildade, tanto mais próximos estamos da grandeza", dizia Rabindranath Tagore. 

A palavra “humildade” deriva do latim: “humilis”, que por sua vez, deriva de “humus” que significa “chão”, “terra”. Humilde é aquele que se acha bem consubstanciado com a terra. É aquele que tem os pés bem firmes no chão. É aquele que pisa firme, com segurança e confiança em si mesmo. A partir da humildade não se despreza, nem se teme ninguém. O “húmus” é a parte nutritiva da terra que possibilita o crescimento de uma planta. Da mesma maneira, a humildade é refúgio e alimento do ser. A humildade possibilita crescimento para quem a tem. É na humildade e da humildade que germinam nossos autênticos valores. Só a partir da humildade é possível trilhar a infinita e misteriosa caminhada do conhecimento de si mesmo e de se crescimento. O humilde reverencia o sagrado, pois ele se reconhece “terra”, “pó”, mas é “pó” vivente por causa do hálito que é soprado nele pelo Criador (cf. Gn 2,7; Jo 20,22). 

“Aprendei de mim por que sou manso de coração”, convida-nos o Senhor. O manso é a pessoa boa nas relações com os outros. Jesus se proclama o Mestre “manso e humilde de coração”, pois ele é totalmente aberto a Deus e bom com os outros a ponto de compartilhar de sua existência. A “mansidão” é fruto do Espírito (Gl 5,23) e é sinal da presença da sabedoria do alto (Tg 3,13.17). A mansidão é a virtude a ser invocada e conquistada por quem pretende seguir fielmente a Jesus manso. 

Todos nós sabemos como é fácil combater a ira com a ira, a cólera com a cólera, a raiva com a raiva. A mansidão, pelo contrário, rompe esse círculo vicioso, cumprindo aquilo que é justo diante de Deus. A mansidão é a força que resiste e domina a ira. A mansidão é a virtude que modera a ira e conserva a caridade. Quem a possui é amável, prestativo e paciente. Até os pecadores e os ateus mais endurecidos não resistem diante de quem tem a virtude de mansidão. A um coração manso e humilde como o de Cristo, os homens se abrem. Por isso, a mansidão não é característica dos fracos; pelo contrário, ela exige uma grande fortaleza de espírito. Aquele que é dócil a Deus, é manso para com os outros. A mansidão é a arma dos fortes. A mansidão sabe esperar o momento oportuno e matiza os juízos e impede que falemos ou comentemos precipitadamente os acontecimentos e as pessoas e impede que usemos palavras ferinas. Da falta dessa virtude provêm as explosões de mau humor, irritação, frieza, impaciência, violência e ódio entre as pessoas que vão corroendo gradativamente amor. Não há vida que seja tão vazia do que uma vida sem amor, pois “Deus é Amor” (1Jo 4,8.16).“Não basta o trabalho sem a piedade; não basta a ciência sem a caridade; não basta a inteligência sem a humildade; não basta o estudo sem a graça”, dizia São Boaventura. 

O problema grave que temos não é o cansaço produzido pela fatiga e sim o desgaste ocasionado pela falta de motivações na vida. A grande enfermidade de nosso tempo é este “cansaço existencial” que muitas vezes conduz a pessoa à depressão. Mas não podemos nos esquecer que temos um amigo: Jesus Cristo, que nos convida a irmos ao seu encontro para que tenhamos novamente uma vida cheia de força, amor e ânimo para seguir adiante.                 

Jesus nos convida a assumirmos uma nova forma de viver a vida, longe de legalismo inútil e sufocante. A ética de Jesus se resume em um incondicional amor ao próximo como fruto de uma experiência de Deus como Pai. Quem ama não sente a lei de Cristo como uma obrigação pesada. Quem ama, a oração se torna prazerosa.        

“... aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso” (Mt 11,29). O modo de viver de Jesus e o de tratar ao povo com compaixão e misericórdia nos indica claramente que Jesus é a revelação suprema da mansidão de Deus (cf. Is 42,1-4). Por isso, Jesus é a fonte da nossa mansidão: “... aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração...” (v.29).

Imitar Jesus na sua mansidão é o remédio contra as nossas irritações, impaciências e falta de cordialidade e de compreensão. Esse espírito sereno e acolhedor somente alcançaremos, se procurarmos permanecer em Jesus, revelação e fonte da mansidão, como ele sempre está com o Pai.

P. Vitus Gustama,svd

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