sábado, 14 de setembro de 2024

19/09/2024-Quintaf Da XXIV Semana Comum

A MISERICÓRDIA DIVINA ATUA SOBRE A MISÉRIA DO HOMEM PARA SALVÁ-LO

Quinta-Feira da XXIV Semana Comum

Primeira Leitura: 1Cor 15,1-11

1 Irmãos, quero lembrar-vos o evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes. 2 Por ele sois salvos, se o estais guardando tal qual ele vos foi pregado por mim. De outro modo teríeis abraçado a fé em vão. 3 Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; 4 que foi sepultado; que ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras, 5 e que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze. 6 Mais tarde, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma vez. Destes, a maioria ainda vive e alguns já morreram. 7 Depois, apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos. 8 Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo. 9 Na verdade, eu sou o menor dos apóstolos, nem mereço o nome de apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. 10 É pela graça de Deus que eu sou o que sou. Sua graça para comigo não foi estéril: prova é que tenho trabalhado mais do que os outros apóstolos – não propriamente eu, mas a graça de Deus comigo. 11 É isso, em resumo, o que eu e eles temos pregado e é isso o que crestes.

Evangelho: Lc 7,36-50

Naquele tempo: 36 Um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. 37 Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, 38 e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume. 39 Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: "Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora". 40 Jesus disse então ao fariseu: "Simão, tenho uma coisa para te dizer". Simão respondeu: "Fala, mestre!" 41 "Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinqüenta. 42 Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?" 43 Simão respondeu: "Acho que é aquele ao qual perdoou mais". Jesus lhe disse: "Tu julgaste corretamente". 44 Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: "Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45 Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46 Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. 47 Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor". 48 E Jesus disse à mulher:  "Teus pecados estão perdoados". 49 Então, os convidados começaram a pensar:  "Quem é este que até perdoa pecados?" 50 Mas Jesus disse à mulher: "Tua fé te salvou. Vai em paz!"

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Crer Na Ressurreição É a Fé Cristã, Pois Cristo Ressuscitou

Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras...”.

O capitulo 15 da Primeira Carta de são Paulo aos Coríntios é longo e trata de um dos temas com que preocupavam muito os gregos: a RESSURREIÇÃO dos mortos e não a imortalidade da alma.

Para os gregos entre os quais os Coríntios era difícil crer na ressurreição corporalmente. Alguns Coríntios não aceitavam qualquer perspectiva ultraterrena; excluíam a ressurreição, porém aceitavam a imortalidade das almas e duvidavam que os cristãos que tinham morrido antes da vinda gloriosa de Cristo pudessem participar da salvação final. A filosofia grega afirmava que a alma é imortal, mas não chegava a conceber a ressurreição do corpo: era uma concepção dualista do ser humano, ao contrário, da concepção judaica que afirmava uma unidade muito maior na pessoa humana. A imortalidade da alma é uma afirmação, uma convicção, um conceito da filosofia grega. Para os gregos, a alma humana é uma partícula da substância divina e esta partícula está exilada e presa num corpo humano. Como tal, a alma luta para libertar-se e para purificar-se da matéria que a aprisiona e a mancha. Com efeito, cada nascimento de uma pessoa significa uma queda para a alma, pois o pedacinho da divindade cai para a matéria (fica presa dentro do corpo humano). Quando se libertar e se purificar, a alma voltará para a divindade de onde saiu, pois a alma é imortal. Consequentemente, para os gregos o corpo era a prisão da alma, e a morte era o momento da libertação da escravidão ou da prisão da matéria.

Recordamos, por exemplo, o fracasso de são Paulo na sua pregação em Atenas: os gregos escutaram amavelmente a pregação de são Paulo até o momento em que lhes começou a falar da ressurreição (Cf. At 17,16-34)

No texto da Primeira Leitura de hoje, são Paulo dá testemunho da verdade básica da fé cristã: que Cristo ressuscitou através do testemunho dos apóstolos quando o Cristo Ressuscitado se apresenta a eles, como também para o próprio São Paulo. Os apóstolos são as verdadeiras testemunhas do Cristo Ressuscitado, mas eles não são testemunhas da ressurreição, pois ninguém sabe como foi a ressurreição de Jesus Cristo. Por isso, a ressurreição é uma afirmação, uma convicção nascida do Evangelho pelo testemunho dos Apóstolos; é um conceito bíblico: “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras...”.  Este conceito tem suas raízes no Antigo Testamento e seu desenvolvimento no Novo Testamento. Para são Paulo a ressurreição é a plenitude de vida, a continuação da vida pessoal em corpo e alma. A imortalidade é dom de Deus ao homem: este passará a participar da vida divina por dom e graça. O homem alacançará esta vida divina através de um processo de transformação e de conversão permanente. Trata-se de um novo nascimento.

Para enfatizar mais sua convicção sobre a fé na ressurreição são Paulo enumera uma série  de aparições do Ressuscitado, algumas narradas também pelos evangelhos e outras não, como, por exemplo, a aparição do Ressuscitado aos quinhentos irmãos de uma vez: “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras, e que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze. Mais tarde, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma vez. Destes, a maioria ainda vive e alguns já morreram. Depois, apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos. Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo. Na verdade, eu sou o menor dos apóstolos, nem mereço o nome de apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus” (1Cor 15,3-9).

Isto é a Igreja prega e celebra em cada Eucarística. A Santa Missa (Eucaristia) é a celebração da ressurreição do Senhor com a esperança de que nós também possamos ser ressuscitados pelo Senhor. O que uns e outros anunciam é a ressurreição de Jesus, a base sobre a qual se apoia a fé cristã. Por isso, quando falamos de “evangelização” queremos dizer o mesmo que são Paulo: a comunidade cristã vai anunciando que Jesus ressuscitou e continua vivo e vive entre nós (Cf. Mt 28,20) e que nós, que cremos no Senhor Ressuscitado, estamos destinados à vida, como nossa Cabeça e Guia, Jesus Ressuscitado.

Cristo venceu a morte é a base de nossa fé. Não se trata mais de um milagre e sim do acontecimento por excelência, em que Deus mostrou qual é seu programa de salvação que encabeça em Cristo e continuará em nós. Talvez os homens de hoje custem entender isso como os gregos de então, cheios de outras sabedoria humanas. Mas os planos de Deus são distintos dos nossos e seu Espirito continua atuando, o Espirito que é “Doador de vida”.

Para nós cristãos morrer é abrir aquilo que vivemos na terra. Quem vive no banquete com os irmãos na terra será aberta para ele a porta do banquete do céu. A eternidade é uma opção na terra.  Quando nos esforçamos por ser através de amar discriminatoriamente, chegaremos para o estado mais que existir. Amar é uma forma de viver para sempre. Dizer a alguém: “Eu te amo” equivale a lhe dizer: “Tu nunca morrerás”. Como é bom amar em Deus, pois continuaremos a viver em Jesus Ressuscitado. Somente o amor permite afrontar a morte, pois amar é abrir-se aos outros, entrar no mundo do outro e do Outro, é passar para outro mundo. Se amarmos os outros suficientemente, nossa morte assemelha ao nosso amor. Abrir-se à morte é como abrir-se ao amor: ambos exigem sair de si. Isso cremos. Temos que viver e pregar tudo isso.

Mas podemos também atuar com coração mesquinho, como os fariseus, no Evangelho de hoje, que julam e condenam todos ou como o irmão maior do filho pródigo que recrimina de uma maneira intransigente  ou como Simão, o fariseu, e os outros convidados que não devem ser pessoas más (pois convidaram Jesus para uma refeição), mas não sabem ainda ser benevoloas e amar.

Quem Tem Amor No Coração Não Julga Nem Condena Quem Erra

O evangelho fala da misericórdia. Misericórdia é um dos temas preferidos do evangelista Lucas. No AT lemos: “Sejam santos porque Deus é santo” (cf. Lv 20,7). O evangelista Mateus diz: “Sejam perfeitos como o Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). E o evangelista Lucas diz: “Sejam misericordiosos como o Pai de vocês é misericordioso” (Lc 6,36). Para o evangelista Lucas para ser santo, para ser perfeito só há um caminho: ser misericordioso. Misericórdia é dar o coração ao miserável. É amar até aquele que não merece ser amado. Mas por ser útero da humanidade, Deus é sempre misericordioso para todos os que não se cansam de pedir o perdão a Deus. Para eles também Deus não se cansa de perdoar. Por causa de sua misericórdia Deus tem estar contra a si próprio, pois ele poderia usar de justiça contra os pecadores. ”A misericórdia de Deus será sempre maior que a tua ingratidão”, dizia São Padre Pio de Pietrelcina.

Precisamos sempre contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado”, escreveu o Papa Francisco (Bula: Misericordiae Vultus n.2). E o Papa Francisco acrescentou: “A Igreja tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho, que por meio dela deve chegar ao coração e à mente de cada pessoa. A Esposa de Cristo assume o comportamento do Filho de Deus, que vai ao encontro de todos sem excluir ninguém. No nosso tempo, em que a Igreja está comprometida na nova evangelização, o tema da misericórdia exige ser reproposto com novo entusiasmo e uma ação pastoral renovada. É determinante para a Igreja e para a credibilidade do seu anúncio que viva e testemunhe, ela mesma, a misericórdia. A sua linguagem e os seus gestos, para penetrarem no coração das pessoas e desafiá-las a encontrar novamente a estrada para regressar ao Pai, devem irradiar misericórdia” (idem n.12).

O Deus que Lucas nos apresenta através do evangelho de hoje é um Deus de bondade e de misericórdia, que detesta o pecado, mas ama o pecador. Ele não pactua com o pecado, mas está ao lado do pecador e manifesta uma misericórdia infinita para com o pecador arrependido. O amor de Deus pelo homem é um amor essencialmente misericordioso, pois é dado a alguém que se tornou indigno, pela soberba, pela desobediência, pela ingratidão, pelos pecados, pela maldade, pela rebelião e assim por diante. E Deus ama o homem a ponto de fazer-se homem em Jesus Cristo: ele veio para o nosso meio, viveu como nós e ofereceu sua vida por nós. Ele nasceu nosso nascimento, viveu nossa vida, experimentou nosso medo, morreu nossa morte e ressuscitou nossa ressurreição.

A misericórdia não é simplesmente amor: é um amor que não conhece limites, barreiras, obstáculos, fronteiras: é um amor que sabe amar também quem se tornou  indigno do amor. Enquanto o amor diz somente doação, a misericórdia diz super doação. A misericórdia é um especial poder do amor, que prevalece sobre o ódio, a infidelidade, a deslealdade, a ingratidão. Como diz João Paulo II: “Esse amor misericordioso é capaz de curvar-se ante o filho pródigo, ante a miséria humana e, sobretudo, ante a miséria moral, ante o pecado. A misericórdia se manifesta em seu aspecto verdadeiro e próprio quando valoriza, promove e explicita o bem em todas as formas de mal existente no mundo e no homem” (Dives in misericordia, no.6).

Nesse gesto extremo do seu amor evidenciam-se duas verdades: a grande consideração de Deus pelo homem, Deus sempre está do lado do homem e contra o mal; e mostra o amor infinito que ele derrama sobre o homem. Este amor misericordioso de Deus sempre persegue o homem na sua aventura espiritual, nas suas fugas de Deus, nas suas rebeldias, na sua perversa ingratidão e na sua profunda miséria.

O evangelista Lucas relata a cena do evangelho de hoje com elegância e detalhes muito significativos. Há contraste entre o fariseu, Simão que convida Jesus para uma refeição, e aquela mulher pecadora que ninguém sabe como chegou a entrar na festa e fez gestos de afeto para Jesus. Mais ainda! Perdoar uma mulher pecadora (prostituta) precisamente na casa de um fariseu que convidou Jesus é um pouco provocativo. Não é raro que se escandalizaram os presentes: ou porque Jesus não conhecia que tipo de mulher era aquela ou que Jesus não reagia diante de seus gestos de afetos.

Mas Jesus quer transmitir uma mensagem básica e fundamental em sua pregação e missão: a importância do amor e do perdão. Para amar de verdade o cristão precisa aprender a perdoar. O argumento de Jesus vai para duas direções. A mulher é perdoada porque ama muito: “... os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor”.

A cena nos faz repensar nossa conduta com os que consideramos “pecadores”. Como os tratamos? Podemos atuar com coração mesquinho, como os fariseus que julgam e condenam todos, ou como o filho mais velho da parábola do filho pródigo (cf. Lc 15,11-32) que recrimina de modo transigente o seu irmão que voltou para a casa arrependido, ou como Simão, o fariseu e os outros convidados, que não devem ser pessoas más (porque convidaram Jesus para uma refeição), mas que não sabem ser benévolos e amar. Ou podemos nos comportar como o pai do filho pródigo, e sobretudo como o próprio Jesus que perdoa a mulher pecadora que se arrependeu, e Zaqueu, o publicano, e tem palavras de ânimo para essa mulher que entrou em sala de banquete e unge os pés de Jesus. Deus é rico em misericórdia. Jesus é a encarnação da misericórdia divina. e nós todos somos chamados de cristãos, isto é, aqueles que querem viver como Cristo. “Quero a misericórdia e não o sacrifício” (Mt 9,13; Os 6,6). Portanto, “Sede misericordiosos como, como também vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36).

Vamos fazer um pouco de exame de consciência através da comparação de dois personagens no evangelho de hoje.

1. A mulher não tem nome por ser prostituta (mulher pecadora). Mas reconhece Jesus como Salvador. Simão, o fariseu tem nome até o sobrenome. No entanto não reconhece Jesus como Salvador.

2. A mulher demonstra toda a humildade e é elevada por Jesus por sua humildade. Simão, o fariseu, só busca a arrogância. Um arrogante possui todos os vícios: egoísta, injusto, ingrato, imoral e fanfarrão. A arrogância é o pai de todos os vícios. Por buscar somente a arrogância, não há na vida de Simão o lugar para o amor e Deus se torna distante.

3. A mulher reconhece a situação como prostituta e se esforça para mudar. Simão, o fariseu, nega sua situação de pecador e não aceita mudar. Cada santo se reconhece como pecador, mas cada pecador se acha santo.

4. A mulher não julga e pede a compaixão e a misericórdia ao Senhor. Simão, o fariseu, julga e dispensa a misericórdia. “O julgamento será sem misericórdia para aquele que não pratica a misericórdia. A misericórdia, porém, desdenha o julgamento” (Tg 2,13).

5. A mulher se liberta do pecado e alcança a graça de Deus. Simão aumenta seu pecado e fica distante da graça de deus.

A mulher pecadora é um exemplo de conversão. Sua conversão implica claramente o propósito. Sua conversão é experimentalmente conversão a Alguém, e não somente uma nova forma de pensar ou uma resposta para as próprias obrigações. A conversão é, para essa mulher, comunhão com Jesus. Por isso, a conversão é o caminho para a felicidade e para uma vida plena. Não é algo penoso e sim sumamente gozoso, pois é o caminho da libertação.

Para Jesus as verdadeiras pessoas de Deus são aquelas pessoas capazes de se converter em fonte de vida para os demais. Jesus mostra ao fariseu, Simão, que o mais importante não é a rígida disciplina religiosa e sim o amor e a gratidão. Por isso, ele anuncia o perdão de Deus para a mulher.

Deus não nos envia para destruir os demais, por muito malvados que pareçam ser; nossa luta não é uma luta fratricida e sim uma luta contra o pecado e o mal. E o pecado não se expulsa acabando com os pecadores e sim amando-lhes de tal forma que possam recuperar sua dignidade de filhos de Deus.

Saber amar, saber perdoar como Deus nos amou e perdoou é a luz que fortalecerá para aqueles que se afastaram do caminho do bem para que voltem a encontrar-se com o Senhor e vivam comprometidos com Ele.

Somos chamados a adotar a misericórdia como um modo de viver: que cada um seja misericordioso nos comentários, nos julgamentos, nas conversas e no agir cotidiano. Se corrigir, corrija com amor e por amor. Se chamar atenção, faça-o com e por amor. Fora do amor não há salvação, pois “Deus é amor” (1Jo 4,8.16). 

P.Vitus Gustama, SVD

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