segunda-feira, 23 de setembro de 2024

26/09/2024-Quintaf Da XXV Semana Comum

O HOMEM QUE INTERROGA SOBRE JESUS INTERROGA A SI PRÓPRIO

Quinta-Feira da XXV Semana Comum

Primeira Leitura: Eclesiastes 1,2-11

2 “Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade”. 3 Que proveito tira o homem de todo o trabalho com o qual se afadiga debaixo do sol? 4 Uma geração passa, outra lhe sucede, enquanto a terra permanece sempre a mesma. 5 O sol se levanta, o sol se deita, apressando-se para voltar a seu lugar, donde novamente torna a levantar-se. 6 Dirigindo-se para o sul e voltando para o norte, ora para cá, ora para lá, vai soprando o vento, para retomar novamente o seu curso. 7 Todos os rios correm para o mar, e contudo o mar não transborda; voltam ao lugar de onde saíram para tornarem a correr. 8 Tudo é penoso, difícil para o homem explicar. A vista não se cansa de ver, nem o ouvido se farta de ouvir. 9 O que foi será; o que aconteceu, acontecerá: 10 não há nada de novo debaixo do sol. Uma coisa da qual se diz: “Eis aqui algo de novo”, também esta já existiu nos séculos que nos precederam. 11 Não há memória do que aconteceu no passado, nem também haverá lembrança do que acontecer, entre aqueles que viverão depois.

Evangelho: Lc 9, 7-9

Naquele tempo, 7 o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. 8 Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. 9 Então Hero­des disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus.

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Viver Com Sentido e Fazer As Coisas a Partir Do Seu Sentido

Vaidade das vaidades! Tudo é vaidade. Que proveito tira o homem de todo o trabalho com o qual se afadiga debaixo do sol? Uma geração passa, outra lhe sucede, enquanto a terra permanece sempre a mesma”.

Nestes dias (Quintaf-Sábado) vamos ler e meditar (nas Primeiras Leituras semanais) sobre alguns textos do outro livro dos Livros sapienciais: Eclesiastes ou Coélet (Qohelet). A partir dos indícios linguísticos e sociocultural, a maioria dos especialistas concluiu que o livro foi composto em torno do século III antes de Cristo, na época do processo de helinazação da Palestina.

O nome Eclesiastes é a forma latinizada do grego Ekklesiastés, que traduz o título hebraico Coélet (Qohelet), nome atribuído ao suposto autor do livro (Ecl 1,1.12; 2,27; 12,8.9.10). "Qohelet" significa "o pregador", aquele que fala aos outros numa assembleia de irmãos: daí o nome grego "Eclesiastes", aquele que fala à assembleia ou Igreja. Em hebraico a palavra “Coélet” (pregador) é do verbo qhl que significa reunir em assembleia, convocar. O substantivo é qahal (assembleia). Mas não se diz quem convoca ou dirige uma assembleia, também nem se fala sobre tipo de assembleia (religiosa, política, profissional, e assim por diante). Mas conforme o próprio livro, pode-se dizer que trata-se de uma escola sapiencial (Cf. Ecl 12,9). Coélet, o autor do livro, era judeu, conhecedor das tradições culturais e religiosas de seu povo e sensível às correntes internacionais.

Entre os "Livros Sapensiais", Eclesiastes, (Cohelet, em hebraico), é hoje um livro célebre ou famoso porque expressa em linguagem extremamente prática alguns dos sentimentos humanos mais comuns da nossa era moderna: o desencanto... o tédio... o peso da condição humana ... o aparente absurdo da vida e da morte... Eclesiastes contém algumas recomendações que nos orientam a viver de acordo com a vontade de Deus. O pregador colore as suas palavras com um ceticismo saudável, fruto da experiência humana. A primeira frase, dizem os estudiosos, já resume todo o espírito do livro: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”. Ou "vazio". As comparações se sucedem de forma expressiva: uma geração segue a outra, o sol nasce e se põe, o vento muda de direção e nunca para, os rios vão para o mar... Tudo passa. Para o autor, a única coisa que não passa é Deus. É por isso que o Salmo Responsorial nos diz: “Ó Senhor, Vós fostes sempre um refúgio para nós. Pois mil anos para Vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou”. Este Salmo 89 (90) tem um versículo que São Papa João XXIII gostou muito, porque lhe parecia que ali estava o segredo para ver com sabedoria o curso da história: “Ensina-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria”. “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade!”. Nada pode “satisfazer” totalmente o homem: nem o prazer, nem a riqueza, nem o trabalho garantem ao homem a sua felicidade.

Vaidade das vaidades, tudo é vaidade!”. O autor destas palavras decepcionantes viveu por volta do século III a.C. numa era de civilização brilhante: o helenismo, em que muitos dos seus contemporâneos se lançaram avidamente na comodidade, no conforto e até no luxo da civilização grega.

Na verdade, se procurarmos apenas “debaixo do sol”, isto é, “neste mundo”, o sentido da existência humana... descobriremos que ela não tem sentido, pois “Tudo é vaidade”. A insatisfação terrena causa um “vazio” que só a revelação de Deus pode preencher.

Vaidade das vaidades! Tudo é vaidade. Que proveito tira o homem de todo o trabalho com o qual se afadiga debaixo do sol? Uma geração passa, outra lhe sucede, enquanto a terra permanece sempre a mesma”, assim começa o livro.

Coélet pretende fazer, em primeiro lugar, um exame empírico-discursivo da existência: a criação, as atividades e a história do homem, e o ser humano em si. A primeira coisa que observa, e que lhe causa o impacto é o vaivém da criação e de todo o humano. Nada é permanente: nem no mundo da natureza, nem no mundo dos assuntos humanos. Tudo é passageiro, provisional, porque em qualquer momento a morte pode intervir para demonstrar a frágil armação que é a vida e os projetos de um ser humano. Para o Coélet a morte é o critério de valorização em todos os planos: diante da morte relativizam-se valores materiais e espirituais, pessoais e sociais. A morte nivela o esforço e o ócio, o riso e o pranto, a justiça e a injustiça, a sabedoria e a necessidade, o bem e o mal (Ecl 9,2-3). Diante da morte todo mundo se nivela. Alguns autores pensam que é o tema central do livro seria a inevitabilidade da morte. Segundo os outros, o escândalo maior é que todos têm que morrer, tanto o justo como o malvado. Os corruptos, os ladrões, os maus, os malvados, os mentirosos, etc. também se envelhecem e morrem como qualquer outra pessoa.

Não podendo encontrar nenhum significado duradouro, verdadeiramente sólido na vida, especialmente devido à morte que vicia tudo e todos, e põe fim a toda empresa ou obra humana (ou pelo menos põe em risco), Coélet conclui  que tudo é vaidade. Este termo “vaidade”, pela frequência de seu uso é uma das chaves da leitura do livro Eclesiastes. Além disso, o lema “vaidade das vaidades; tudo é vaidade” utiliza a forma superlativa do vocábulo, faz uma afirmação universal, e enquadra o livro como síntese de sua mensagem (Ecl 1,2; 12,8). No sentido lexical, Vaidade é a valorização que se atribui à própria aparência, ou quaisquer outras qualidades físicas ou intelectuais, fundamentada no desejo de que tais qualidades sejam reconhecidas ou admiradas pelos outros. Trata-se da preocupação excessiva de uma pessoa em suas próprias habilidades ou atratividade para que os os outros a anotem e a elogiem. É uma maneira de viver em função de mendigar o louvor da parte dos outros para quem vive da vaidade.

A morte deixa descoberto o lado caduco das coisas, sua incongruência e sua vaidade. Não se questiona a possibilidade do êxito ou do prazer na vida (enriqueceu-se, alcançou fama, se tornou sábio etc.) e sim o sentido de todo este afã diante da morte, pelo qual alguém perde tudo que acumulou na vida materialmente (Cf. Ecl 1,12.18-21).

A razão de viver ou o sentido da vida é uma das questões mais profundas e reiterativas que os seres humanos fizeram ao longo dos séculos. Correlatos desta questão é o esforço, vão muitas vezes, de conhecer os eventos futuros da história, e até mesmo o que acontecerá além da existência terrena. A questão da razão de ser não é uma preocupação filosófica, mas corresponde ao desejo de viver com dignidade em face de desafios conflitantes, sejam eles econômicos, culturais, sociais ou políticos até religiosos.

Nossa verdadeira vida não está sedenta de fama, conforto, propriedade ou poder. Porque podemos alcançar todos os itens de nossa lista de desejos, e ainda assim nos sentimos vazios. Podemos ter atingido o ápice de nossa profissão ou carreira, e mesmo assim sentimos que nos falta alguma coisa. O dinheiro e o poder ou a fama não satisfazem aquela fome sem nome que temos na alma. Nossa alma tem fome do significado da vida, ou de aprendermos a viver de tal forma que nossa existência tenha importância ou valor, capaz de modificar o mundo ao menos um pouquinho pela nossa passagem por ele. O que nos frustra e rouba a alegria de nossa vida é esta ausência de significado.

Para nós cristãos, “Temos tudo em Cristo. Que toda alma chegue a ele, seja a que está doente dos pecados do corpo, seja a que foi virada pelos pregos de algum desejo deste século, seja ainda a imperfeita, contanto que progrida numa meditação perseverante, seja a perfeita em múltiplas virtudes: estas todas dizem respeito ao poder do Senhor, e Cristo é tudo para nós. Se queres curar tua ferida, ele é médico; se queimas de febre, ele é a fonte; se és acusado de iniquidade, ele é a justiça; se necessitas de socorro, ele é a fortaleza; se temes a morte, ele é a vida; se desejas o céu, ele é o caminho para lá; se foges das trevas, ele é a luz; se procuras sustento, ele é o alimento. ‘Provai e vede como ele é bom. Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!’[Sl 34,9]”(Santo Ambrósio de Milão, + 397).

“Uma geração passa, outra lhe sucede, enquanto a terra permanece sempre a mesma, disse Coélet. O único que não passa é Deus que para nós Ele é Emanuel, Deus-Conosco (Mt 28,20). Por isso, o Salmo Responsorial de hoje (Sl 89/90) nos diz: “Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: ‘Voltai ao pó, filhos de Adão!’ Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou. Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca. Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria!”.

Precisamos viver na novidade do amor incondicional de Deus que nos faz avançar para a realização do homem perfeito, o homem habitam no seu coração a sabedoria e o amor.

A Palavra De Nos Interpela Permanentemente

O modo de viver de Jesus, os valores que ele vive e prega, a igual maneira de ele tratar as pessoas, sua preocupação com a vida do povo em geral e de cada pessoa em particular, sua independência perante a lei religiosa, sua compaixão pelo povo abandonado pelas autoridades chamam muito atenção de todos, especialmente das autoridades. Por se preocupar com a vida do povo, a presença de Jesus se torna uma censura viva para as autoridades que só pensam em sua própria vida e em seu próprio poder. Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia, uma das autoridades, ficou perturbado com  a fama de Jesus.

Curiosamente, a pergunta de Herodes sobre Jesus surge entre o relato da missão dos Doze e o da multiplicação dos pães. Herodes se pergunta: “Eu degolei João. Quem é, pois, este, de quem ouço tais coisas? E procurava ocasião de vê-lo”. Diante dos boatos do povo que chegam à corte, Herodes afugenta todo escrúpulo e perplexidade com um dado incontestável: João foi morto por sua ordem. Mas quem é, então, Jesus? É a pergunta que fica sem resposta para Herodes. O interesse vazio de Herodes sobre Jesus servirá somente para dar uma mão a Pilatos no empenho em eliminar Jesus (cf. Lc 23,6-12). O poder tem uma só lógica para autoconservar: a violência (cf. Lc 13,31-33).O poder sempre fica inquieto diante do novo, do boato e do imprevisível relacionados ao seu interesse de poder.

Quem é, pois, este, de quem ouço tais coisas?. A pergunta de Herodes tem outra profundidade, efetivamente, coincide com a pergunta de todos os que se sentem interpelados pela pessoa e pelo modo de viver de Jesus e pelo testemunho dos discípulos. Herodes Antipas estava cheio de curiosidades porque no meio do povo se falava muito de Jesus, se contava mil coisas sobre Ele, dos seus lábios saiam palavras com poder e autoridade, se contavam fatos extraordinários como os milagres realizados por Ele. Herodes que estava no poder queria ver esse individuo tão “exótico” numa Galiléia tão provinciana. Seu pai, Herodes, o Grande, tinha a curiosidade de conhecer Jesus - menino, rei recém-nascido, mas com o intuito de eliminá-lo (cf. Mt 2,1-23). Uma das maneiras de falar de Deus e com Deus é a “voz de nossa consciência”. Herodes não tinha sua consciência tranqüila: uma voz do fundo de si mesmo lhe recordava seu pecado, sua maldade. Por isso, fica inquieto.

A sabedoria popular diz que há curiosidades maldosas, tais como as de Herodes,... quando permitem abusar de um poder ou de um interesse que elas atribuíram injustamente; quando alimentam o escândalo que elas mesmas exploram ou inventaram. Herodes queria ver Jesus para colocá-lo em sua Corte.

Mas se há curiosidades maldosas, precisamos estar conscientes de que a curiosidade também é o primeiro passo para o encontro e para a fé. O assombro, a surpresa, a provocação são o pórtico que nos introduz no descobrimento dos labirintos da casa e que nos inicia no mistério de uma morada.

A curiosidade é boa, pois ela desperta à vida. Uma criança vive na permanente curiosidade, e pergunta constantemente, pois ela quer saber mais e mais. Para ela o mundo está cheio de surpresas. O sentido da vida consiste em interrogar, em ser interrogado e em se interrogar. Curiosidade é sinônimo de descobrimento; é tensão até um objeto entrevisto ou desejado.

Ao lado da curiosidade há dúvida. A dúvida é o estado de equilíbrio entre afirmação e negação. Quem tem dúvida fica impedido de afirmar ou de negar por falta de dados nas mãos. A dúvida nos empurra para procurar fundamentos para podermos afirmar ou negar ou para podermos ter certeza daquilo que nos faz duvidosos. A incredulidade é, ao contrário, uma ausência da crença.  

Herodes sentiu curiosidade de querer ver Jesus. Mas com qual finalidade de ele querer ver Jesus? Para armar alguma cilada? Para ouvir da própria boca de Jesus de tudo que o povo fala e comenta? Para pedir de Jesus algum milagre ou alguma ajuda para o povo? Para desacreditá-Lo diante do povo? O texto não fala e por isso, não sabemos. Ele só terá oportunidade de ver Jesus na sua Paixão. Mas Jesus se manterá calado diante de Herodes, pois Herodes agirá de má-fé. Diante do silêncio de Jesus Herodes morrerá, um dia, sem saber quem é Jesus. 

Será que nós, chamados de cristãos, ainda sentimos curiosidade por Jesus? Será que já descobrimos esse Jesus na sua profundidade? Será que conhecemos realmente esse Jesus? Será que somente confessamos em Jesus nas definições sem alma e reconhecê-lo nos dogmas frios e secos? Será que paramos de ter curiosidade sobre a pessoa e o modo de viver de Jesus a fim de purificar nossa vida já que somos chamados de cristãos? Podemos ter certeza de que a Palavra de Deus, os ensinamentos de Jesus nos interpelam todas vez que os lermos e meditarmos ou ouvirmos pregação ou retiro a respeito de Jesus.

Dentro deste contexto, podemos dizer que a fé é curiosidade permanente, isto é, assombro que compromete a arriscar-se na aventura, num encontro entrevisto e, em conseqüência, desejado. A fé é curiosidade, de forma que a dúvida lhe é indispensável. Por isso, somente na coragem de fazer uma aventura cheia de riscos é que chegaremos à resposta desejada para afirmar ou negar nossa dúvida. A incerteza e a incompreensão pertencem ao terreno de nossa fé como o oco que espera ser preenchido, como a espera que aguarda o encontro, como a fome que se alimenta com o que pode satisfazê-la.

A pergunta continua fica no ar para cada cristão: “Será que você ainda tem curiosidade de Jesus? Que curiosidade você tem de Jesus?”. Tenho medo de que quando a curiosidade sobre Jesus morrer, morrerá também nossa fé. O evangelho que não mais nos incomoda deixa de ser evangelho. A Palavra de Deus que não nos interroga deixa de ser a Palavra de Deus.

Quem é esse home, sobre quem ouço falar essas coisas?”. A resposta pode ser dada a quem se deixa envolver pessoalmente no destino de Jesus (vida e missão) e está pronto para acolher o novo, inesperado anúncio de Deus (cf. Lc 9,10-17.28-36). Somente são os que se aproximarem de Jesus com simplicidade e com um coração puro conseguirão entender gradualmente a identidade de Jesus que tem uma missão salvadora. São muitos as pessoas: jovens e adultos que também em nossa geração desejam ver Jesus. Fisicamente Jesus não está neste mundo. Somos nós o prolongamento de Cristo, pois livremente escolhemos ser cristãos. Temos, então, a missão de dar testemunho, com nossa vida e palavra de que Jesus é a resposta plena de Deus para todas as nossas buscas. Se no mundo não se vê mais Jesus Cristo é porque não se vê mais na vida de cada cristão. Talvez as seguintes palavras de São Paulo possam nos despertar para que voltemos a viver os ensinamentos de Cristo na nossa vida e nos nossos negócios: “Vós sois uma carta de Cristo... escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, em vossos corações” (2Cor 3,3). “Somos para Deus o perfume de Cristo entre os que se salvam e entre os que se perdem” (2Cor 2,15).

P. Vitus Gustama,svd

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