sexta-feira, 4 de agosto de 2023

07/08/2023-Segundaf Da XVIII Semana Comum

PARA VIVER UMA VIDA CRISTÃ EQUILIBRADA É PRECISO QUE SEJAMOS ALIMENTADOS PELO PÃO MATERIAL E PÃO EUCARÍSTICO

Segunda-Feira Da XVIII Semana Comum

Primeira Leitura: Nm 11,4b-15

Naqueles dias, 4b os filhos de Israel começaram a lamentar-se, dizendo: “Quem nos dará carne para comer? 5 Vêm-nos à memória os peixes que comíamos de graça no Egito, os pepinos e os melões, as verduras, as cebolas e os alhos. 6 Aqui nada tem gosto ao nosso paladar, não vemos outra coisa a não ser o maná”. 7 O maná era parecido com a semente do coentro e amarelado como certa resina. 8 O povo se dispersava para o recolher e o moía num moinho, ou socava num pilão. Depois o cozinhavam numa panela e faziam broas com gosto de pão amassado com azeite. 9 À noite, quando o orvalho caía no acampamento, caía também o maná. 10 Moisés ouviu, pois, o povo lamentar-se em cada família, cada um à entrada de sua tenda. 11 Então o Senhor tomou-se de uma cólera violenta, e Moisés, achando também tal coisa intolerável, disse ao Senhor: “Por que maltrataste assim o teu povo? Por que gozo tão pouco do teu favor, a ponto de descarregares sobre mim o peso de todo este povo? 12 Acaso fui eu quem concebeu e deu à luz todo este povo, para que me digas: ‘Carrega-o ao colo, como a ama costuma fazer com a criança; e leva-o à terra que juraste dar a seus pais!’? 13 Onde conseguirei carne para dar a toda esta gente? Pois se lamentam contra mim, dizendo: ‘Dá-nos carne para comer!’ 14 Já não posso suportar sozinho o peso de todo este povo: é grande demais para mim. 15 Se queres continuar a tratar-me assim, peço-te que me tires a vida, se achei graça a teus olhos, para que eu não veja mais tamanha desgraça”.

Evangelho: Mt 14,13-21

Naquele tempo, 13 quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. 14 Ao sair da barca, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. 15 Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” 16 Jesus porém lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” 17 Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. 18 Jesus disse: “Trazei-os aqui”. 19 Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida partiu os pães, e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. 20 Todos comeram e ficaram satisfeitos, e dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. 21 E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

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Deus Está Conosco Apesar de Nossas Queixas, Protestos e Murmurações

A Primeira Leitura é tirada do livro de Números, o quarto livro do Pentateuco que vamos ler durante quatro dias. Na Bíblia hebraica este livro é chamado Bamidbar (no deserto). Este nome é tirado da quinta palavra do primeiro versículo deste livro. Na Bíblia grega este livro é chamado Arithmoi cuja tradução para a Vulgata (Bíblia latina) é Numeri que significa Números, título que temos na nossa Bíblia atual. Este livro recebe este nome (Números) porque nele há muitos números, censos, listas e recenseamentos. 

O livro de Números retoma o fio da história no Sinai até as portas da terra prometida. O livro enfatiza bastante a coesão das tribos como o povo eleito sob a direção de Moisés e Aarão e que depois estes serão sucedidos por Eleazar. 

Neste livro fala-se de Israel como um povo à parte, pois ele é o povo eleito entre outros povos (Nm 23,9). Fala-se do dogma da presença de Deus que vive no meio do povo. No NT este dogma se encarna em Jesus, o Deus-conosco (Mt 28,20; Jo 1,14). Por causa deste dogma, Israel se torna uma nação teocrática. Consequentemente, os chefes do povo são considerados como vigários e representantes de Deus. Moisés, por exemplo, é o homem de confiança de Deus (Nm 12,6-8), o porta-vos de Deus, legislador, por excelência. Por isso, Moisés recebe os títulos de intercessor, eleito de Deus, homem de Deus, servo do Senhor (Nm 11,11-12). Mesmo sendo uma nação teocrática, Israel é também uma mistura de santo e de pecador. “Santo” significa “separado”. Israel é santo porque é um “povo separado” do demais povos, pois é consagrado ao Senhor que o eecolheu. Esta consagração (social e espacial) implica necessariamente a santidade moral. Por isso, neste livro encontramos leis, prescrições e instituições para salvaguardar e promover a santidade moral do povo eleito.  A lei em si é uma confirmação da bondade e da maldade, do bem e do mal. Para salvaguardar os bons é preciso ter lei para que os maus não avancem destruindo seu próximo. Mas quando houver amor, a lei perderá sua existência, pois “a caridade é a plenitude da lei” (Rm 13,10). Por isso, neste livro fala-se também das infidelidades e outros pecados do povo eleito. Em Nm 11-21 encontramos muitas queixas, protestos e murmurações do povo eleito contra Moisés que os tirou do Egito sob a ordem de Deus. O autor sagrado quer transmitir também o outro tema: o povo eleito é o depositário da bênção de Deus. Este tema está em destaque nos quatros poemas mais densos e profundos teologicamente de Balaão (Nm 23-24). Balão é enviado por um rei para amaldiçoar o povo eleito. Mas em vez de amaldiçoar, ele abençoa o povo de Israel. Mas os autores do AT mantém o seguinte pensamento: o pecado costuma ser seguido pelo arrependimento e o arrependimento do povo é seguido pelo perdão de Deus. Consequentemente há uma dialética: pecado-castigo; conversão-salvação. No fim Deus sempre se mostra misericordioso pelo arrependimento do povo que pecou.

Esta dialética encontramos no texto da Primeira Leitura (Nm 11,1-15).  O povo se encontra no deserto, precisamente em Qibrot-Taava que significa “Sepulcros da cobiça (Nm 11,34). O povo reclama por falta de carne para comer no deserto. E Deus alimento o povo com cordonizes (Nm 11,4-9.10.13.18-24ª). Mas também o povo é punido por sua cobiça (Nm 11,31-33). O povo se queixa no deserto pela vida difícil. A vida difícil no deserto resulta na atitude rebelde do povo que se queixa e ofende Deus. Esta atitude resulta na ira e no castigo da parte do Senhor, segundo o texto. Mas Moisés intercede pelo povo para pedir o perdão a Deus. O esquema pecado-castigo-conversão se repete constantemente nos diversos autores e escolas teológicas do Antigo Testamento. 

O deserto foi duro para o povo. O deserto é o contrário de “instalação”: é a aventura de seguir caminhando. O povo murmura pelas condições em que tem que viver e caminhar. Abandonaram a vida com comida farta que tinham no Egito apesar da escravidão. Muitos preferem a escravidão a ter liberdade, desde que tenha uma vida material garantida. Em cada escravidão há abusos e sofrimentos.  A liberdade, para muitas pessoas, sempre dá medo. Viver no deserto e aprender a viver o deserto ajuda a crescer na maturidade, na sabedoria, na prudência, na sobriedade. Apesar das suas murmurações os israelitas continuam experimentando a proximidade de Deus que é fiel a sua Aliança. Deus jamais abandona seus eleitos, seus fieis. A providência divina sempre acompaha seus fieis apesar da dureza da realidade como o deserto. Que nosso coração não seja seco como deserto sem sentir mais a presença providente de Deus na nossa vida. 

Moisés se deixa contagiar pelo mal-estar do povo, pois a impaciência do povo vai contra ele: “Quem nos dará carne para comer? Vêm-nos à memória os peixes que comíamos de graça no Egito, os pepinos e os melões, as verduras, as cebolas e os alhos. Aqui nada tem gosto ao nosso paladar, não vemos outra coisa a não ser o maná”. O povo se esqueceu de tudo que Moisés fez por ele em nome de Deus. Moisés ficou desanimado, mas refugiou na oração, uma oração muito humana e sentida: “Por que maltrataste assim o teu povo? Por que gozo tão pouco do teu favor, a ponto de descarregares sobre mim o peso de todo este povo?”, perguntou Moisés a Deus na oração. A crise é tão forte a ponto de Moisés pedir a morte: “Se queres continuar a tratar-me assim, peço-te que me tires a vida, se achei graça a teus olhos, para que eu não veja mais tamanha desgraça”.

Todos temos nossos momentos de crise e desânimo ainda que não desejemos nossa morte como Moisés. Vemos muito pouco fruto no trabalho que temos realizado; vemos os filhos que não querem saber de Deus ou que praticam coisas ilícitas; vemos nossa família desunida, nosso casamento desmoronado, doenças incuráveis, e assim por diante. Nestas situações experimentamos o cansaço psicológico e existencial que a vida produz cada dia. Há dias em que são acumulados os desgostos pela vida, pela Igreja, pela comunidade, pela pastoral, pela família, pelo governo e assim por diante. Experimentamos as tarefas que se tornam uma carga insuportável. Nessa situação surge vontade de gritar para ter um pouco de alívio. 

Todos nós ansiamos pela felicidade, por uma vida mais fácil, mas demoramos muito para aprender que tanto a felicidade quanto uma vida mais tranquila são em geral questão de atitude e de aprendizagem.  Consequentemente, não se pode ter sabedoria sem viver a vida nos seus altos e baixos tirando lições para seguir adiante. A compreensão das circunstâncias, de pessoas, do sentido da vida, até de nós mesmos vem com o passar do tempo e nossa disposição em estarmos abertos para todos os ensinamentos contidos em cada instante de nossa vida. É preciso ter paciência e fé no Deus-conosco e disposição para vivermos com plenitude necessária para colhermos os benefícios que acompanham a sabedoria. Há setores ou aspestos de nossa vida que precisam ser melhorados que muitas vezes através de muitas dificuldades que devemos encarar e solucionar. 

Precisamente a Palavra de Deus existe para nos orientar. Nestas situações serve para nós o exemplo de Moisés. Precisamos nos refugiar no Senhor que sabe tudo e pode tudo. A oração é antes de tudo uma confissão da própria indigência: Senhor, eu não consegui alcançar tal objetivo, Senhor, eu ando buscando..., Senhor, eu não compreendo tudo..Senhor não dei mais conta disso... Senhor, eu necessito de Ti. Rezar é estar diante de Deus, estar com Deus e estar em Deus. E Deus sabe o que fazer com nossa situação. Mas fiquemos atentos para cada resposta de Deus, pois nem sempre enxergamos as respostas dadas por Deus para nossa situação.

Jesus nos convida a perseverar em nossa oração, a dirigir confiadamente nossas súplicas ao Pai (cf. Lc11,5-13; 18,1). Ele nos recomenda que sejamos persistentes na oração não porque Deus seja surdo e sim porque nós necessitamos perseverar para alcançá-Lo. A natureza humana é geralmente caracterizada pela inconstância. Ficamos desanimados e apavorados diante do primeiro obstáculo que nos é apresentado na consequência de nossos projetos e metas. Abandonamos a nave diante do menor indício de tormenta. As coisas fáceis geralmente não são valiosas. Para vencer os obstáculos são necessárias a humildade, a confiança e a perseverança. 

Se decidirmos cultivar uma atitude perseverante, uma entrega decidida, e uma sobriedade diante das dificuldades, nós veremos que ao término de nosso esforço se encontra a generosa vontade de Deus que nos tem acompanhado desde o início de nossa vida até o fim (Cf. Mt 28,20).

Somos Responsáveis Pelos Irmãos Necessitados 

Vós mesmos deveis dar-lhes de comer”. Esta é a ordem de Jesus para seus discípulos no evangelho de hoje diante da multidão faminta. O próprio Senhor é o Corpo doado por nós (Mt 26,26), alimento que recebemos e oferecemos a todos. 

Vivemos este paradoxo: “Não somente de pão vive o homem; porém, sem pão ele não pode viver”. Como integrar a necessidade de pão com a experiência de que o pão não sacia outras fomes e a nossa fome mais profunda? A questão tem aplicação pessoal e social, ao mesmo tempo. 

A Palavra de Deus mantém a bipolaridade: pão para o faminto e pão para os que comem e não se saciam. Provamos ou experimentamos tudo e estamos cada dia mais vazios (cf. Is 55,1-3). Dedicamos bastante tempo de nossa vida em função da procura do “o quê” de nossa vida, do seu aspecto material. E nessa busca percebemos que quanto mais tivermos, mais quereremos. Uma vez Oscar Wilde escreveu: “Neste mundo só há duas tragédias: uma é não se conseguir o que se quer, a outra é conseguir”. No fim confessamos que tudo que conseguimos materialmente e profissionalmente não satisfaz aquela fome sem nome que temos na alma. Carl Gustav Jung chegou a escrever e afirmar: “O problema de cerca de um terço de meus pacientes não é diagnosticado clinicamente como neurose, mas resulta da falta de sentido de suas vidas vazias. Isto pode ser definido como a neurose geral de nossa época” (O Homem Moderno à Procura de Uma Alma). 

O que nos frustra e tira nossa alegria de viver é a ausência do significado de nossa vida, o para quê de nossa existência neste mundo. Nossa alma não está sedenta de poder, de fama, de popularidade, de conforto, de propriedades e assim por diante. Nossa alma tem fome do significado da vida, ou de aprendermos a viver de tal modo que nossa existência ou nossa passagem neste mundo tenha importância ou significado capaz de modificar ou de melhorar o mundo, pelo menos, ao nosso redor. 

Este vazio existencial é o pressuposto onde cabe pronunciar a Palavra de Deus: “Inclinai vosso ouvido e vinde a Mim, ouvi e tereis vida” (Is 55,3ª). A Palavra de Deus é o verdadeiro alimento para o coração humano. A Palavra de Deus continuará a ser eficaz, curadora, e libertadora, se nós soubermos ouvi-la atentamente, meditá-la no nosso dedicado silêncio de cada dia e vivê-la na nossa vida cotidiana. Se a Palavra de Deus já curou tantas pessoas, converteu tantos pecadores, libertou tantas pessoas de seus problemas, guiou a vida de tantos homens, esta mesma Palavra continua tendo o mesmo poder e a mesma eficácia. A palavra humana pode errar e enganar, mas a Palavra de Deus não erra nem engana. A Palavra de Deus é firme para sustentar a vida de quem nela se agarra e por ela se orienta. Dizia o papa Gregório Magno: “Ler a Bíblia é aprender a conhecer o coração de Deus mediante Suas palavras”. E coração de Deus é um coração cheio de amor misericordioso. Por isso, Santo Agostinho dizia: “Toda a Bíblia nada mais do que narrar o amor de Deus”. O amor de Deus é a última resposta para todos os “porquês” da vida do homem (cf. Jo 3,16). Tudo o que Deus faz e fala na Bíblia é amor. Deus move o mundo enquanto é amado, isto é, enquanto é objeto de amor e causa final de todas as criaturas. 

Os discípulos responderam: ‘Só temos aqui cinco pães e dois peixes’”. Em outras palavra esta a quantidade de alimento não é suficiente para alimentar a multidão. A comunidade pouco se valoriza naquilo que é. Não se dá conta de que cinco mais dois é sete, número perfeito, divino; saciedade plena para todos se for visto como dom que se concretiza na partilha. Tudo deve ser tomado e vivido como dom. Onde há partilha não há fome nem miséria. É fome se for conservado somente para si. Precisamos levar nossa insuficiência a Jesus, colocada tudo em suas mãos. 

Por essa razão, a multiplicação dos pães feita por Jesus exige um duplo princípio de leitura: por um lado, a leitura a partir da práxis messiânica de Jesus, o realista Encarnado, que traz o Reino para os famintos de estômago, multiplicando os pães a partir daquilo que o ser humano lhe oferece com generosidade: cinco pães e dois peixes. É uma leitura sem metáfora. Jesus alimenta o povo faminto. Ele se preocupa com o estômago vazio da maioria. A partir desta leitura podemos entender a ordem de Jesus para qualquer dos seus seguidores em qualquer época e lugar: “Vós mesmos deveis dar de comer para a multidão faminta”. Nem que seja a partir do pouco que se tem como cinco pães e dois peixes, mas que saiba dividir para que todos possam viver dignamente como filhos e filhas de Deus. O cristão existe para prolongar a generosidade do Deus-Criador que criou tudo gratuitamente para o bem da humanidade. Cada generosidade feita o egoísmo é vencido e esmagado. Cada pequena generosidade a ganância é enterrada e o sorriso fraterno volta a brilhar e a família de Deus nesta terra volta a ser edificada. 

O milagre está na partilha. O problema da fome física e de outras fomes somente pode ser resolvido satisfatoriamente quando nós, homens, aprendemos a partilhar o que temos para com aqueles que não têm nada para sobreviver. O milagre está na partilha, na solidariedade e no amor entranhável. Sem essa solidariedade, sem essa fraternidade, sem comunicação de bens e sem essa comunhão no amor, não é possível a vida e a abundância da vida. Sem o amor a todos os homens, sem o amor e os sentimentos de Cristo, a Eucaristia que celebramos em sua memória careceria de sentido. 

Por outro lado, é a leitura a partir da Eucaristia, pois Jesus realiza o sinal da abundância de pão para os últimos tempos onde não haverá fome nem sede. Dentro desta leitura podemos entender a ação de graças e a benção pelos pães e peixes que são dons de Deus para a humanidade e ao mesmo tempo são frutos do trabalho humano. A ação de graças é o nome próprio da Eucaristia. 

Jesus com todo o que é e representa, é o único que pode satisfazer a fome radical de viver, com plenitude e para sempre. Somente Jesus pode alimentar o amor e a esperança que necessitamos para superar todas as dificuldades. Somente Jesus, com tudo o que é e representa para o cristão, pode saciar nosso insaciável sonho de felicidade. Ele é o Pão descido do céu que contém todo sabor. Este pão que contém todo sabor é que celebramos sacramentalmente na Eucaristia: a certeza de que, em Jesus, Deus nos deu um Pão capaz de saciar nossa fome de vida e nosso desejo de felicidade. 

Uma coisa positiva que podemos aprender dos discípulos é a sua atitude de dar-se conta das necessidades dos que estão ao redor, nesse caso da multidão faminta. É uma boa lição para nosso tempo em que existe, evidentemente, uma tendência ao individualismo. Com frequência passamos indiferentes para os que nos rodeiam sem captar a problemática que podem ter. A frase “problema não é meu” é bastante perigosa para uma convivência mais humana e cristã. Do ponto de vista cristão tal postura é absolutamente insustentável e impensável. 

Também hoje conserva atualidade do mandamento dado por Jesus: “Vós mesmos deveis de comer para a multidão faminta”. Nós que participamos e partilhamos o pão da Eucaristia devemos estar dispostos também a partilhar o pão material.

P. Vitus Gustama, SVD

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