segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

05/12/2024-Quintaf Da I Semana Do Advento

DEUS E SUA PALABRA SÃO ROCHEDO DE NOSSA VIDA

Quinta-Feira da I Semana Do Advento

Primeira Leitura: Is 26,1-6

1 Naquele dia, cantarão este canto em Judá: “Uma cidade fortificada é a nossa segurança; o Senhor cercou-a de muros e antemuro. 2 Abri as suas portas, para que entre um povo justo, cumpridor da palavra, 3 firme em seu propósito; e tu lhe conservarás a paz, porque confia em ti. 4 Esperai no Senhor por todos os tempos, o Senhor é a rocha eterna. 5 Ele derrubou os que habitam no alto, há de humilhar a cidade orgulhosa, deitando-a por terra, até fazê-la beijar o chão. 6 Hão de pisá-la os pés, os pés dos pobres, as passadas dos humildes”.

Evangelho: Mt 7, 21.24-27

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 24 Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. 25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. 26 Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. 27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína.

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Deus É Nosso Rochedo Em Quem Devemos Acreditar Cegamente

Uma cidade fortificada é a nossa segurança; o Senhor cercou-a de muros e antemuro. Abri as suas portas, para que entre um povo justo, cumpridor da palavra, firme em seu propósito; e tu lhe conservarás a paz, porque confia em ti. Esperai no Senhor por todos os tempos, o Senhor é a rocha eterna”. Ter uma cidade forte, assentada na rocha, inexpugnável para o inimigo, era uma das condições mais importantes da antiguidade para se sentir seguro. Suas paredes e torres, suas portas bem vigiadas, eram garantia de paz, segurança e vitória.

Uma cidade fortificada é a nossa segurança; o Senhor cercou-a de muros e antemuro”. Numa casa, numa família cujo Deus é seu Protetor, o inimigo encontrará dificuldade para entrar nela e não conseguirá colocar os membros dessa casa em desunião. Uma casa, uma família que abandona Deus, o inimigo entra para possui-la e escravizar seus moradores. Uma família que não tem lugar para Deus, prepara o terreno ou espaço para a agressão, violência, a briga, a desunião, discórdia etc.. Uma família feliz com Deus nada mais é que o paraíso antecipado. O trabalho do inimigo de Deus é diabólico, pois para reinar ele tem que criar a desunião, primeiro. O diabo vai mandar fazer aquilo que nossa natureza de filhos de Deus não deve e não quer: “Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, e sim o pecado que em mim habita(Rm 7,20). O Diabo desune para poder dominar. Geralmente o alvo que o diabo quer atingir é a mente humana. A arma dele é a mentira. E a proposta dele é ignorar a vontade de Deus.

A imagem de uma cidade forte serve ao profeta Isaías para anunciar que o povo pode confiar no Senhor, nosso Deus. Ele é o nosso muro e torre, a rocha e a fortaleza de nossa cidade e portanto, de nossa vida como toda. E, ao mesmo tempo, com ele podemos conquistar as cidades inimigas, por inexpugnáveis que elas acreditem ser.

Um povo que confia no Senhor, que segue seus mandamentos e os observa com a lealdade, é feliz, "lhe conservarás a paz, porque confia em ti”. Enquanto aqueles que confiam nas paredes de pedra, e se sentem orgulhosamente fortes, em breve ou tardiamente ficarão desapontados. Nossa rocha é Deus. Nela está nossa paz e nossa segurança. Ele nos levará à Jerusalém celestial, a cidade da festa perpétua.

Para os israelitas, a Palavra de Deus se fez Lei que os guia. Por isso, eles tratam, não somente de entendê-la e sim de cumpri-la até os mínimos detalhes e entoam cantos de louvor. Chegada a plenitude dos tempos, a Palavra se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14), não somente mostrando-nos o caminho que nos conduz ao Pai e sim fazendo-se Caminho, Verdade e Vida para nós (Jo 14,6). Em nossos dias a Palavra se fez Igreja, não à margem de Jesus, pois tem Ele por Cabeça de toda a Igreja. À Igreja corresponde a responsabilidade de continuar fazendo presente na história o Filho Encarnado, Salvador de todos.

O profeta Isaias expressa a segurança em Deus com a seguinte expressão: “Esperei no Senhor por todos os tempo, o Senhor é a rocha eterna”. Rocha é símbolo da firmeza e da imutabilidade. Na Bíblia rocha ou rochedo é símbolo da força e da fidelidade de Deus protetor. Pela solidez e fundamento inabalável do rochedo, Deus é com frequência chamado de “o Rochedo” ou de Rocha: Iahweh é a rocha de Israel (2Sm 23,3; Is 30,29); a rocha de refúgio (Dt 32,37; 2Sm 22,3; ; 62,8;;94,22; Is 17,10); a rocha da salvação (Dt 32,15; Sl 62,3.7; 89,27; 95,1). Deus é a rocha que gerou Israel (Dt 32,18); uma rocha eterna (Is 26,4). Para São Paulo Cristo é o rochedo espiritual aonde vão se dessedentar as almas (1Cor 10,4).

O profeta Isaias nos convida a acreditarmos firmemente em Deus independentemente das situações em que nos encontramos, pois Deus é firme, fiel. A fé capacita a razão para chegar a um conhecimento mais profundo, pois tudo é visto a partir do Deus Criador do universo. Com efeito, ter fé significa olhar para além das coisas para entrar em contato com a verdadeira realidade. Se Deus é firme, nossa fé nele deve ser inabalável, pois a última palavra será de Deus, e não a do homem por poderoso que ele pareça ser.

Fica para cada um de nós a pergunta: Em que você põe sua confiança? No dinheiro, no poder, na segurança puramente humana? Se for assim, a destruição será total. Porque somente há um valor seguro, e esse valor se chama DEUS, nosso Rochedo.

A Palavra De Deus É Rocha Sobre a Qual Devemos Construir Firmemente Nossa Vida

A palavra “rocha” ou “rochedo” se encontra também no texto do evangelho de hoje referente à Palavra de Deus sobre a qual devemos construir nossa vida.

O texto do evangelho de hoje faz parte da conclusão do Sermão da Montanha (Mt 5-7). Há dois pontos deste texto sobre os quais podemos refletir: as orações devem ser transformadas em compromisso na vida cotidiana, e a vida deve ser construída sobre a Palavra de Deus para que ela seja firme em todas as situações.

Nem todo aquele que diz: ‘Senhor, Senhor entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus”. (Mt 7,21) Senhor (Kyrie) é uma antiga invocação de Jesus. Jesus era invocado por “Kyrie” durante o culto divino, como ainda hoje no “Kyrie eleison”. Mas não basta invocar Jesus como “Senhor” apenas com os lábios. Não basta louvar ao Senhor. É preciso testemunhá-lo com as obras como exige o texto do Evangelho de hoje. Nem mesmo as profecias, os exorcismos e os milagres nos farão entrer no Reino dos céus. O que nos salva não é o fazer milagre e sim fazer a vontade do Pai que é amar os irmãos, filhos de Deus.

Por isso, não há nada que seja mais perigoso do que a oração, pois a oração nos põe em compromisso com a vida diária. Ninguém reza e crê impunemente. Ao pedir a paz a Deus, por exemplo, devemos ser, então, construtores da paz na convivência com os demais; ao pedir a ajuda de Deus para nós e para os nossos, então, devemos estar próximos para ajudar os demais, e assim por diante. Muitos falam permanentemente de Deus, mas logo se esquecem de fazer Sua vontade. Muitos têm a ilusão de trabalhar pelo Senhor: “profetizamos em teu nome, expulsamos demônios, fizemos milagres...” (Mt 7,22), mas logo no dia de prestar contas percebe-se que eles não conhecem Deus e não são conhecidos nem reconhecidos por Deus: “Não vos conheço. Afastai-vos de mim vós que praticais a iniquidade” (Mt 7,23).

Com estas palavras Nem todo aquele que diz: ‘Senhor, Senhor’ ...” Jesus denuncia uma dissociação frequente e muito perniciosa. Somos alertados que existe o perigo de uma oração (Senhor, Senhor) que não se traduz em vida e em compromisso fraterno (a vontade de Deus). Existe o risco de certos momentos comunitários que se fecham em si mesmos numa oração, num louvor ou numa adoração sem nenhum compromisso com a vida cotidiana e a vida comunitária (vida em comum). A oração, a escuta da Palavra de Deus e o encontro comunitário, são a raiz da práxis cristã. Porém, a raiz deve germinar e produzir frutos.

Precisamos estar conscientes de que não existe verdadeira sem empenho moral e o amor fraterno. A oração e a ação, a escuta e a prática, são igualmente importantes. Há três coisas indispensáveis para a vida de um cristão: escuta atenta da Palavra de Deus com oração, prática da vontade de Deus e perseverança até o fim apesar das tempestades da vida.

O evangelho deste dia quer nos dizer que não importa “dizer Senhor, Senhor, nem falar em seu nome, nem sequer fazer milagres”. O que importa é a prática. O fazer. As obras. Não o dizer, nem o pensar, nem o rezar, nem o pregar, nem fazer milagres. É mais fácil fazer louvor durante uma ou duas horas. O difícil é ajudar o necessitado durante uma ou duas horas. É preciso traduzir o louvor em compromisso com a vida cotidiana. A prática é a rocha, por isso, é firme até diante de Deus. Mas trata-se da obra feita no espírito de Deus e não qualquer obra. Temos que fazer tudo conforme a vontade de Deus e não de acordo com nosso próprio interesse.  A tentação permanente que qualquer um possa ter é querer brilhar sozinho. Ou praticar o bem para o próprio brilho. Isso é exibicionismo. Se cada um procurar o próprio brilho, então, Deus fica cada vez mais distante. Jesus nos convida a construir nossa vida sobre a prática para o bem e a salvação de todos. As obras boas praticadas no espírito de uma doação total são verdadeiros sinais da abertura diante da graça de Deus.

Jesus não quer que nós, cristãos, cultivemos somente a relação com ele, e sim que sejamos seguidores que, unidos a ele, trabalhemos para mudar a situação da humanidade. É viver de acordo com a justiça e a caridade. Ondejustiça nãopobreza nem exclusão social.

Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha”, acrescentou-nos Jesus. O homem sensato é aquele que edifica sua vida, “sua casa” sobre a Palavra de Jesus Cristo, sabedoria do Pai. A “casa” aqui não é simplesmente o local onde o homem se abriga, e sim é lugar de relações de intimidade, familiaridade e amor, onde ele se realiza como imagem de Deus.

O verdadeiro fundamento para construir nossa vida é o próprio Deus e Sua Palavra. Somente acertamos na vida, quando depositamos nossa total confiança em Deus e na Sua Palavra. Quem se apoia em Deus, permanece e vive eternamente, pois Deus é eterno. Nada nem ninguém será capaz de derrubar aquele que se apoia em Deus (cf. Rm 8,31). A chuva, as enchentes, os ventos são imagens para significar as dificuldades de todo gênero que o cristão enfrenta nesta vida. Mas por se apoiar em Deus, ele sairá vitorioso (cf. Jo 16,33b). Como diz uma frase: “Com Deus, um se torna a maioria. Sem Deus a maioria se transforma em minoria”.  O único fundamento que não falha e dá solidez ao que intentamos construir é o próprio Deus. Como diz o Papa Francisco: Quem arrisca, o Senhor não o desilude; e, quando alguém dá um pequeno passo em direcção a Jesus, descobre que Ele já aguardava de braços abertos a sua chegada. Este é o momento para dizer a Jesus Cristo: ‘Senhor, deixei-me enganar, de mil maneiras fugi do vosso amor, mas aqui estou novamente para renovar a minha aliança convosco. Preciso de Vós. Resgatai-me de novo, Senhor; aceitai-me mais uma vez nos vossos braços redentores’” (Exortação Apostólica:Evangelii Gaudium no. 3). Seremos bons arquitetos ou construtores, se na programação de nossa vida nós voltamos nosso olhar para Deus e Sua Palavra para saber o que devemos fazer e o que não devemos fazer.

Porém, apoiar-se em Deus implica fazer Sua vontade com seriedade e sinceridade, sem ficar apenas nas emoções, nas aparências e apenas de vez em quando. Para pertencer ao Reino de Deus não basta invocarmos ao Senhor; é necessário acomodar nossa vida aos princípios estabelecidos por Jesus Cristo (cf. 2Tm 3,16-17). A humanidade necessita de homens e mulheres sólidos, construtivos que edifiquem o que é sólido com Deus para construir uma humanidade na fraternidade. O verdadeiro cristão não pode ser uma pessoa de superficialidade.

Seremos bons arquitetos de nossa vida se na programação de nossa vida nós voltarmos continuamente nosso olhar para Deus e para sua Palavra, e nos perguntarmos qual é o projeto de vida de Deus, qual é sua vontade, manifestada em Jesus Cristo, e devemos viver, em seguida, como tal. Nossa oração deve estimular nossa ação e deve nos levar a nos comprometermos com a vida de todos.

O que interessa a Deus na nossa vida não são unicamente nossos momentos de oração e sim todos os momentos de nossa jornada. Se nossos momentos de oração são os momentos de paz, devemos manter os momentos de paz com os outros na vida diária. Se nossos momentos de oração são momentos de serenidade, nossa vida com os demais deve ser serena e não agressiva. Se nossos momentos de oração são momentos de pedido de ajuda, devemos estar prontos também para ajudar os demais. Se nossos momentos de oração são momentos de pedido de força para Deus para suportarmos tudo e para lutarmos até o fim, devemos nos transformar em força para os desanimados. Se nossos momentos de oração são momentos de pedido de misericórdia, devemos ser misericordiosos para com os demais na vida diária e não juízes da vida alheia. Se nossos pés são unidos para ficarmos de joelho diante de Deus a fim de adorá-Lo, não podemos usar os mesmos pés para pisar os outros. A vida e a oração devem estar em uníssono. Se não teremos que ouvir as duras palavras do Senhor ditas no evangelho de hoje: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7,23).

Nossa vida e nossa marcam a diferença quando estiverem unidas à vontade de Deus. Então nossa vida se transformará em luz para iluminar as mentes escuras e em rocha indestrutível para guiar os outros para o amor e o conhecimento de Deus. Deus nos conceda esta graça!

Portanto, Jesus nos convida hoje a sermos seguidoresrocha” e não seguidoresareia”. Seguidorareia” é aquele que vive de uma de simples aparência, sem fundamento, baseada apenas sobre as emoções. Consequentemente, a pessoa crê quando as coisas vão ao seu gosto e se desanima quando tudo não corresponde àquilo que imaginava. Os seguidoresrochasão os que fundamentam sua vida na rocha que é Cristo. Eles se mantêm firmes em qualquer situação, porque seguram na mão de Deus e sabem em quem acreditam: em Deus: Não me envergonho, porque eu sei em quem coloquei a minha fé, e eu estou certo de que Ele tem poder para guardar o meu deposito, até aquele Dia” (2Tm 1,12). 

Para sermos verdadeiros seguidoresrocha” devemos fazer próprios as palavras do Salmo 78, como o Salmo de meditação: “Senhor, não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade.... Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados!”. Não corrigir nossas faltas é o mesmo que cometer novos erros. Sabe muito quem conhece a própria ignorância e procura a viver com mais sabedoria e prudência. Deve ficar gravado no nosso coração aquilo que Jesus nos diz hoje: “Nem todo aquele que diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus”.

A Palavra de Deus neste dia pretende nossa transformação, nossa conversão e mudança de nossa realidade presente para que se pareça como o Reino de Deus. Somente através da conversão é que podemos fazer com que o mundo se torne um pedaço de céu onde há paz, harmonia, fraternidade, comunhão, solidariedade e assim por diante. Cada cristão é responsável por isso, pois ele opta por seguir Jesus e viver seus ensinamentos.

Vale a pena nos perguntarmos: Como estamos construindo o edifício de nossa família, de nossa comunidade, de nossa Igreja, de nossa sociedade, de nossa pessoa individualmente, e de nosso futuro?

A imagem das duas leituras de hoje é clara e nos interpela neste Advento para que reorientemos claramente nossa vida a fim de ter um final feliz. Se na construção de nossa própria personalidade ou da comunidade confiamos mais nas nossas própria forças, ou de nossas instituições ou de nossas estruturas ou em umas doutrinas, nos exporemos para a ruína. É como se uma amizade se baseasse apenas nos interesses ou um matrimonio se apoiasse somente em um amor romântica ou uma espiritualidade se deixasse dirigir pela moda ou pelo gosto pessoal sem nenhum compromisso, ou uma vocação sacerdotal ou religiosa não se fundamentasse em valores de fé profunda. Isso seria construir sobre a areia.

O verdadeiro fundamento para construir nossa vida é o próprio Deus. Quem se apoia n´Ele, este é que permanece inabalável apesar de tudo. Não haverá nada nem ninguém que o faça sucumbir. Porém, apoiar-se em Deus sempre implica fazer sua vontade com seriedade e sinceridade sem ficar-se nas meras aparências, pois Nem todo aquele que diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus”.

P. Vitus Gustama,svd

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