sexta-feira, 26 de junho de 2020

01/07/2020

Meu Pão Do Céu - 4 DE JULHO DE 2018 - 4ª. FEIRA DA XIII... | فيسبوكComunidade Católica Corpus Crhisti » A presença de Jesus afasta ...Sentir com a Igreja: Por que Jesus permitiu que os demônios ...
JESUS VEM NOS LIBERTAR DO MAL PARA PRATICARMOS SOMENTE O BEM
Quarta-Feira Da XIII Semana Comum

Primeira Leitura: Am 5,14-15.21-24
14 Procurai o bem e não o mal, para que possais viver, e, deste modo, o Senhor, Deus dos exércitos estará convosco, como vós o dizeis. 15 Odiai o mal e amai o bem, restabelecei a justiça no julgamento, talvez o Senhor Deus dos exércitos se compadeça do resto da tribo de José. 21 “Aborreço, rejeito vossas festas, diz o Senhor, não me agradam vossas assembleias de culto. 22 Se me oferecerdes holocaustos, não aceitarei vossas oblações e não farei caso de vossos gordos animais de sacrifício. 23 Livra-me da balbúrdia dos teus cantos, não quero ouvir a toada de tuas liras. Que a justiça seja abundante como água e a vida honesta, como torrente perene”.


Evangelho: Mt 8,28-34
Naquele tempo, 28 quando Jesus chegou à outra margem do lago, na região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos. Eram tão violentos, que ninguém podia passar por aquele caminho. 29 Eles então gritaram: “Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?” 30 Ora, a certa distância deles, estava pastando uma grande manada de porcos. 31 Os demônios suplicavam-lhe: “Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos”. 32 Jesus disse: “Ide”. Os demônios saíram, e foram para os porcos. E logo toda a manada atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas. 33 Os homens que guardavam os porcos fugiram e, indo até a cidade, contaram tudo, inclusive o caso dos possuídos pelo demônio. 34 Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região deles.
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É Preciso Passar a Vida Fazendo o Bem Para Viver Na Plenitude De Deus


Procurai o bem e não o mal, para que possais viver, e, deste modo, o Senhor, Deus dos exércitos estará convosco, como vós o dizeis. 15 Odiai o mal e amai o bem, restabelecei a justiça no julgamento, talvez o Senhor Deus dos exércitos se compadeça do resto da tribo de José”, assim disse o profeta Amós na Primeira Leitura de hoje. “Deus convosco” é uma das fórmulas da Aliança.


Ao final do reinado de Jeroboão II (782-753 a.C), até o ano 750 a.C, o Reino do Norte vive na prosperidade: êxitos militares, atividades comerciais frutuosas, riqueza e luxo. As pessoas acabam por crer que são objeto de uma espécie de particular predileção divina. Mas o profeta Amos denuncia esta falsificação da Aliança, esta “pretensão” de privilégio. Para estar realmente com Deus há que procurar o bem e evitar o mal.


Detestai o mal, amai o bem, fazei que reine o direito no Tribunal”. Uma das características mais acusadas do profetismo bíblico, e que assinala sua linha reformadora é a ideia de que a religião e ética são inseparáveis.


O que agrada a Deus é a busca do bem, tanto no plano individual como no plano social. Uma civilização de abundancia pode, por desgraça, encobrir muitas injustiças: a corrupção do direito é, para o profeta Amos, um crime profissional, pois quando uma pessoa se torna cada vez mais poderosa, mais facilmente pode prejudicar as pessoas mais humildes que não podem defender-se.


Apesar do anúncio da desgraça, o discurso do profeta Amós não está totalmente fechado à esperança. A intenção do anúncio do juízo, como ameaça e predição, é a última advertência para que todos se convertam. Trata-se de um último chamamento para a criação das condições de justiça, de retidão e de fraternidade para que todos vivam felizes e seguros. Segundo o profeta Amós, a própria desgraça que Deus infligiu a seu povo tem como intenção de Deus de trazer de volta o povo para Seu lado. Tanto na desgraça como na ameaça dessa desgraça, segundo Amós, Deus se mostra interessado por seu povo.


Tudo isto quer nos dizer que no fundo do discurso de Amós sobre a desgraça e a ameaça, há uma mensagem de confiança. Existe uma tensão entre a ameaça do juízo, condicionada pelo pecado, pela conversão, pela salvação e pela retidão dos homens, e a esperança de salvação condicionada pela justiça e pela misericórdia de Deus. Deus é misericordioso desde que nos convertamos: “Detestai o mal, amai o bem, fazei reinar a justiça no tribunal”.


Buscai o bem, não o mal, para terdes mais vida, só assim o Senhor Deus dos exércitos vos assistirá”. “Busacar a Yahwe” significa tomar na vida religiosa uma firme determinação de descobrir. “Buscar” ( Hbr: darash) significava a consulta da vontade de Deus, tanto por procedimentos rituais como por reflexão sobre a Torá.


Tudo o que é bom absolutamente é o bem. Todo ser é bom na medida em que é perfeito como ser. O bem metafísico é o próprio ser enquanto perfeição absoluta. O bem vale por si. O bem é aquilo que todos desejam, porque todos tendem naturalmente para um fim que é seu bem e a nada aspiram senão sob o aspecto de bem. É aquilo que é buscado por razão de si próprio. Por isso, Aristóteles dizia “O bem é aquilo  a que todas as coisas tendem” (Ética a Nicômaco, I,1).


Quando uma pessoa se deixar conduzir pelo bem, ela praticará somente a bondade na convivência com as demais pessoas. A bondade é a própria perfeição possuída por um ser. E como atividade, a bondade é a capacidade que possui um ser de dar a outro a perfeição que lhe falta.


Busquemos o bem para que sejamos bons ou para que sejamos pessoas de bondade. Somente assim Deus nos assistirá. Uma vida significativa é feita de uma série de pequenos atos diários de bondade e de decência, que quando somados no final, resultam, paradoxalmente, em algo grandioso. Pela prática de atos justos, aprendemos a ser justos; pela prática de atos de autocontrole, aprendemos a ter autocontrole; e pela prática de atos de coragem, chegaremos a ser corajosos. Vivemos neste planeta por um tempo muito curto. A nossa vida relativamente curta é apenas faísca na tela da eternidade. Por isso, precisamos aprender a apreciar a jornada e a saborear o processo praticando a bondade.


Reflitamos sobre o seguinte pensamento: “Para ser, pelo menos, um pouquinho feliz, para ter um pouco do paraíso na terra, você deve reconciliar-se com a vida, com sua própria vida do jeito que estiver, deve fazer as pazes com seu serviço, com os recursos de sua carteira, com seu rosto que você não escolheu. Você deve fazer as pazes com as pessoas a seu redor, com suas falhas e fraquezas, com seu marido (ou sua mulher), mesmo que você não tenha encontrado o marido ou a mulher ideal. Reconcilie-se com a vida! Você está em sua própria pele e, em outra pele ninguém mais pode gerar você” (Phil Bosmans: Eu Gosto De Você, Ed. Vozes).


É Preciso Acreditar Em Jesus Porque Ele É Mais Forte Do Que o Mal


Depois que acalmou a tempestade na cena do evangelho anterior, desta vez Jesus libertou (curou) dois enfermos dando-lhes uma nova oportunidade na vida. O ato de Jesus de libertar os dois enfermos mostra que Deus da Bíblia é o Deus que entende a realidade humana e chama o ser humano a experimentar seu amor misericordioso para poder usufruir a vida dignamente.


O milagre da libertação dos dois possuídos na região dos gadarenos está cheio de símbolos. Mateus usa vários termos nesta cena para nos levar ao sentido da cena e o sentido da presença de Jesus nessa região: dois possuídos, violentos, moram entre os túmulos (cemitério), e uma manada de porcos está por perto deles. “Túmulo” é o lugar dos mortos ou onde os mortos são enterrados. É o lugar dos impuros, como também impuros são os porcos segundo os judeus. Ao dizer que os dois homens estão “saindo dos túmulos” o texto quer nos dizer que os dois pertencem aos descartáveis, estão no nível inferior da sociedade, vivem fisicamente nas margens, longe de núcleos familiares, estão em condições de mortos em vida e estão em rebelião contra a sociedade que os oprimem (violentos).


Precisamos nos lembrar daqueles que vivem desta maneira na nossa sociedade atual, especificamente na nossa cidade onde moramos atualmente. Quem são os descartáveis nas nossas cidades ou sociedade? Que não os vejamos como algo normal porque sempre passamos por eles diariamente. É sempre uma situação desafiadora para qualquer cristão, é uma situação que nos inquieta.


Os dois, mortos em vida, vão ao encontro da Vida por excelência, que é Jesus Cristo (Jo 14,6). Mas eles se aproximam de Jesus de maneira antagônica e fazem duas perguntas rápidas: 1). “Que queres de nós, Filho de Deus?”. Eles se dirigem a Jesus como Filho de Deus e O reconhecem como homem de Deus. 2). “Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?”. Esta segunda pergunta revela a consciência do papel de Jesus como juiz escatológico, aquele que julga no fim dos tempos (Mt 25,31-46). O tempo do julgamento alvorece no ministério de Jesus embora ainda não seja plenamente.


Sem responder às perguntas Jesus os libertou e devolveu-lhes sua dignidade como filhos de Deus e os integrou novamente na comunidade, mostrando que o poder de Jesus é superior ao mal e ao mau e o vence eficazmente.


O milagre da libertação dos possuídos não produz muito efeito para os habitantes locais, que pedem a Jesus que se retire do seu território. Eles consideram Jesus como culpado pela perda de uma manada de porcos e não lhe agradecem pela libertação dos dois homens de seus males. Jesus vai em busca dos corações dóceis ao seu poder. Eles amam mais coisas do que as pessoas (dois homens). Necessitamos amar as pessoas e usar as coisas e não amar as coisas e usar as pessoas. Necessitamos de uma presença humana ao nosso lado e não da abundância de bens que não conversam com nós.


Isto significa que continua a oposição contra o plano de Deus como a tempestade contra a barca onde Jesus se encontrava. A existência alternativa do discipulado, seguindo o compromisso de Jesus para beneficiar aos excluídos, marginalizados e abandonados significa conflito porque ameaça os interesses criados pela elite de grande interesse pessoal da sociedade. Mas no coração aberto para a graça de Deus vai morar a salvação. Onde há o encontro com a Vida por excelência ali há libertação. 


Não há lugar para o poder do maligno em um mundo onde entrou ou deixa entrar o poder salvífico de Deus. E Jesus continua sua luta contra o mal. E nós com Ele. É o mal que há dentro de nós e o mal que há no mundo. É o mal dentro da Igreja e fora dela. É o mal entre os líderes da Igreja e entre os seus membros. E Jesus continua sendo forte, e nós com Ele. E no Pai Nosso pedimos sempre a Deus: “Livrai-nos do mal”, que também pode ser traduzido “livrai-nos do mau, do nocivo”.  Quando vamos comungar o Pão da Vida somos lembrados que Jesus é Aquele que tira o pecado do mundo. E somos enviados depois da comunhão a ajudar os outros a se libertarem de seus males. Devemos ser bons transmissores dessa vida recebida na comunhão para os demais para eles alcancem sua libertação e sua liberdade e vivam gozosamente sua vida. Onde houver espaço para o Bem e para o bem, não sobrará espaço para o mal. Jesus foi para a região dos gadarenos para que tenha espaço para o bem eliminando o mal daquele lugar. Somos enviados para que o bem tenha lugar na vida dos homens.


O poder de Jesus vence qualquer outro poder. Por isso, há um só poder com que nós devemos contar: o poder de Deus. “Quem não conta com Deus, não sabe contar” (B. Pascal). Crer verdadeiramente em Jesus, com todas as consequência deste crer, é ser vitorioso, pois Deus tem a ultima palavra sobre os homens. Mesmo que o mal tenha uma aparência poderosa, ele não tem futuro. Somente o bem tem a marca do futuro, uma marca divina, uma marca da eternidade.


Será que somos como os gadarenos que desaprovam a presença de Jesus Cristo, nosso libertador de nossos males? Que lugar ocupa Jesus nossa vida e que lugar ocupam os bens materiais na nossa vida. Os gadarenos preferem perder Jesus a perder seus bens (porcos). Precisamos pedir a Jesus que nos liberte das cadeias que nos atam, dos males que nos possuem, das debilidades que nos impedem de uma marcha ágil em nossa caminhada cristã. E temos nos esforçar para corrigir nossos erros. Não corrigir os nossos erros é uma maneira de cometer novos erros.
P. Vitus Gustama,svd

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