quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Quarta-Feira de Cinzas 18/02/2015
 
QUARTA-FEIRA DE CINZAS
 

Evangelho: Mt 6,1-6.16-18


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que o que está oculto, te dará a recompensa. 5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de , nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: eles receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que o que está escondido, te dará a recompensa.
16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo: eles receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que o que está escondido, te dará a recompensa”.

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Cinza e seu significado para nossa vida
      

Com a Quarta-Feira de Cinzas abrimos a nossa caminhada quaresmal. E para iniciar esta caminhada nós recebemos cinzas, colocando-as na nossa cabeça (testa).  O significado simbólico da cinza está ligado com sua semelhança com o e com o fato de que ela é o resíduo frio e ao mesmo tempo purificado da queima após a extinção do fogo. Por isso, em muitas culturas ela é símbolo da morte, da transitoriedade, do arrependimento e da penitência, mas também da purificação e da ressurreição. Para expressar luto, os gregos, os egípcios, os judeus, os árabes e as tribos primitivas espalhavam cinzas sobre a cabeça ou assentavam-se ou rolavam-se sobre as cinzas (alguns textos bíblicos para entender o que foi dito: Gn 18,27; Jó 2,8;13,12;Is 44,20;61,3;Jr 6,26; Ez 27,30; Lm 3,16;2Sm 13,19; Jn 3,6; Mt 11,21). O homem expressa com isso (cf. Gn 18,27) a consciência da relativa nulidade da criatura diante do Criador. 
     

Ao recebermos as cinzas ouvimos uma das fórmulas usadas: “Tu és , e em te hás de tornar” (Gn 3,19). A cinza recorda ao homem o reconhecimento de sua origem. A cinza é leve e por isso, ela é a imagem das coisas frágeis e efêmeras. Tudo é caduco. E toda a vaidade, todo o brilho falso e esta vida mortal, um dia conhecerão um fim. Recebemos as cinzas para nos relembrar de que somos ; é uma lembrança de que somos , de que não temos morada certa neste mundo, de que a morte é a única realidade inevitável no futuro de nossa existência. Na verdade, não é a morte que é absurda e sim a vida sem a morte. Muitos se esquecem da morte e por isso, acabam vivendo absurdamente e acabam vivendo somente em função do prazer. Como foi dito uma vez, quem vive em função do prazer, não tem prazer de viver. O prazer deve ser resultado de um viver bem. E para nós cristãos viver bem significa viver de acordo com os valores cristãos. A cinza é uma lembrança incômoda para quem acredita que o presente histórico é absoluto. Mas esta lembrança, na verdade, nos ajuda a vivermos bem, a colocarmos as coisas no seu devido lugar para ganhar seu justo valor e sua justa perspectiva.
   

Com as cinzas recebidas o homem experimenta o próprio nada. Para expressá-lo, cobre-se de cinza. Quando o homem experimenta o seu nada, nãolugar nele para a arrogância. Ao contrário, ele volta a ser humilde: humus, , criatura dependente de Deus. Quando vivemos a humildade que é a nossa própria existência o poder e a glória mundanos não vão nos atingir. Mas quando o homem deixar de reconhecer sua condição de criatura, querendo igualar-se a Deus,  ele se tornará um morto e por isso, terá que voltar à terra de que fora tirado, “porque és , em te hás de tornar” (Gn 3,19).
    

E somente quando o homem reconhece que é , que faz parte da terra, e que tudo o mais provém de Deus, brotará novamente a vida desse . E certamente as cinzas usadas na Quarta-Feira de Cinzas provém das palmas do Domingo de Ramos do ano anterior, palmas triunfais do Cristo vitorioso sobre o pecado e a morte. Cristo, morrendo, deu nova vida à terra, conquanto o homem se reconheça como terra, . A quem assim confessa o próprio nada faz-se ouvir a promessa de Jesus Cristo que vem triunfar do pecado e da morte, consolar os aflitos e dar-lhes, em lugar de cinzas, um diadema, uma coroa de um rei.
  

Ao receber as cinzas, o cristão testemunha o absoluto de Deus em sua vida. E como conseqüência da profissão sobre o absoluto de Deus, o cristão relativiza todas as coisas. Isto quer dizer que as coisas somente têm seu valor em relação ao seu Criador. Eu preciso erguer meus olhos para Deus para entender tudo que se passa aqui na terra. Eu preciso contemplar o Deus Criador para potenciar minha vida como criatura e proteger a natureza criada pelo mesmo Deus Criador. Eu preciso contemplar Deus como Pai para que possa viver como filho/filha e irmão/irmã dos demais seres humanos. Sob o sinal das cinzas, o cristão reafirma hoje a sua liberdade de filho de Deus e ao mesmo tempo reafirma sua condição como ou criatura e que pode sobreviver como tal por causa da misericórdia de Deus. E Deus não tem como não ajudá-lo, pois o ser humano foi feito de acordo com a própria imagem de Deus (cf. Gn 1,26). Devemos ler, meditar e viver, portanto, as três práticas de piedade apresentadas através do evangelho deste dia que abre nossa caminhada quaresmal.


A leitura do Evangelho quer responder a seguinte pergunta: “Como agradar a Deus?”. A prática da esmola, da oração e do jejum tem finalidade de sintonizar-nos com a vontade do Pai, de forma a preparar-nos da melhor maneira possível, para a celebração da Páscoa.
  

Jesus enuncia o princípio geral sobre a prática dessa piedade. Estas obras de piedade não se devem praticar para ganhar prestígio diante dos homens e com isso, adquirir posição de poder ou privilégio. Os que fazem assim privam-se da comunicação divina, cessa a relação de filho-Pai com Deus. Segundo Jesus, ninguém merece a graça de Deus se ele finge executar ação que não corresponde à atitude interior que ele chama de hipocrisia.


 A esmola (vv.1-4)
   

A linguagem utilizada por Mt nesta passagem e nas outras duas seguintes revela uma forte polêmica entre cristãos e judeus. Os hipócritas são os fariseus do tempo do evangelista que praticavam e queriam impor aos outros um cumprimento externo da Lei de Moisés. Segundo Jesus aos quer querem entrar no Reino dos céus devem cumprir a vontade do Pai sem ostentação.
    

A expressão utilizada por Mt para descrever esta atitude e comportamento(praticar a justiça) somente aparece neste evangelho(sete vezes. Cinco delas se encontram em Mt 5-7) e tem uma grande importância para a teologia de Mt. Mas não se trata da justiça como a entendemos. Quando se fala da justiça nos círculos judaicos trata-se do conjunto de atos que fazem o homem merecedor da salvação. Entre os fariseus do tempo de Jesus estes atos de piedade eram fundamentalmente três: a esmola, a oração e o jejum. Mas para muitos estas práticas se tornavam uma questão puramente externa e um motivo de orgulho, até o ponto de que alguns faziam exibição pública de sua religiosidade(justiça).
   

Os profetas do AT falam freqüentemente do dever da compaixão para com o pobre, mas eles acentuam muito mais a justiça do que a caridade. O mendigo ou o pobre é acusação de um sistema injusto que gera pobres e miseráveis, dependentes da “bondadealheia.  Mendigo é o fruto de uma sociedade que não quer partilhar seus bens para os outros(Mas de outra lado, certo mendigo é aquele que quer uma vida fácil, pois pela experiência, muitos não querem trabalhar, apesar de alguém oferecer-lhe trabalho. Mas eles são apenas um grupo pequeno).
    

A esmola deve ser expressão da misericórdia que existe no coração de quem se faz solidário com a carência alheia. A solidariedade acontece quando o homem tem compaixão, quando sente na própria pele o sofrimento alheio. O que sobra para nós, por pouco que seja, sempre faz falta para os outros que não tem nada. Mas sempre ficamos incomodados, pois sabemos que isso nunca resolverá completamente o problema do mendigo ou do pobre. Mas a esmola é um sinal, um lembrete de que devemos lutar por um sistema econômico que realmente faça uma partilha justa dos bens. Reflitamos as palavras de São Basílio(+ 379): Ao faminto pertence o pão que guardas. Ao homem nu, o manto que guardas até nos teus cofres. Ao que anda descalço, o calçado que apodrece em tua casa. Ao miserável, o dinheiro que guardas escondido. É assim que vives oprimindo tanta gente que poderias ajudar”. E Santo Agostinho acrescenta: “O Senhor te fez servo bom, mas tu criaste em teu coração um mau senhor. Ficas alegres por causa da riqueza do cofre e não te lamentas pela pobreza de teu coração? Há acréscimo em tua arca, mas observa bem o que diminui em teu coração”.
    

O próprio Jesus menciona a esmola para censurar a ostentação(cf. Mt 6,22ss). Isso devemos começar dentro de nossa família. Enquanto isso não acontece, ficamos incomodados.
    

Ao dar a esmola Jesus pede  a separação da pessoa quem a dá do seu gesto: “...a tua mão esquerda ignore aquilo que faz a direita...E o teu Pai...dar-te-á a recompensa”(vv.3-4). O resultado do bem fica escondido ao homem que recusa de ser o juiz de seus atos.  O único capaz de apreciar é um Deus invisível  que habita no segredo e não presta conta a ninguém. Um dito popular diz: “Se você fizer um benefício, nunca se lembre dele; se receber um, nunca se esqueça dele”. A vida vivida apenas para satisfazer a própria pessoa nunca satisfaz ninguém. Nãomelhor exercício para fortalecer o coração do que estender o braço para baixo e erguer pessoas. A bondade é o único investimento que nunca falha.


 A oração (vv5-6)
     

A instrução sobre a oração (vv.5-15) é a mais extensa das três práticas de piedade judaica e está situada no centro literário do Sermão da Montanha. Esta instrução está composta por uma introdução sobre a forma de orar (vv.5-8), o Pai-Nosso (vv.9-13) e uma conclusão que fala do perdão(vv.14-15).
    

Através deste texto Mt quer fazer uma catequese sobre a oração cristã, semelhante a de Lc (Lc 11,1-11), mas cada um dos dois evangelistas se dirige a um grupo distinto. Lc escreve para uma comunidade que necessita aprender a orar. Mt, ao contrário, escreve para uma comunidade que sabe orar, mas necessita aprender a fazer a oração de outra maneira (“Quando orardes, não sejais como os hipócritas...” v.5.7). Lc tem diante de si uma comunidade de origem pagã que não tem hábito de orar(será que viraremos pagãos se pararmos de orar?). Mt, ao contrário, está diante de uma comunidade ondebastantes judeus que haviam aprendido a orar três vezes por dia desde sua infância.
      

Mt enfrenta um problema em relação à prática de oração. A oração como as demais práticas religiosas os fariseus convertem em um motivo de ostentação e em uma prática pura externa. A oração não é mais um momento de falar com Deus, mas serve de instrumento para alcançar honra e prestígio diante dos homens.
     

Mt convida os cristãos a recuperar o sentido religioso da oração, purificando-a daquilo que há desviado a oração de seu fim. Para Mt a oração do cristão deve estabelecer um relacionamento íntimo com o Pai: “...entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai” (v.6a), num clima de abandono e confiança em Deus: “O Pai de vocês conhece as necessidades que vocês têm”(v.8). Os cristãos devem orar como Jesus orava. E o estilo desta oração é condensado na oração do Pai-Nosso (vv.9-13).
      

Uma das principais raízes da vida cristã que nos ajuda a sugar a energia inesgotável do amor divino é a prática da oração. Nossa oração deve ser discreta, vivida na intimidade de nosso coração, repleta de silêncio capaz de perceber as insinuações do Espírito Santo. Mas se cresce na vida de oração, reservando a ela, diariamente, o mesmo tempo, pelo menos, que reservamos às refeições que nutrem o nosso corpo.

 
O jejum
  

Sobre o jejum Mt utiliza o mesmo esquema literário que há utilizado  nas duas instruções anteriores (quando...não façam como os hipócritas: v.2.5.16). Como foi refletido no domingo anterior, o jejum era uma prática estendida entre os grupos religiosos ao redor de Jesus (Mt 9,14). Os fariseus jejuavam duas vezes por semana (Lc 18,12).
     

Mt relata que Jesus praticou o jejum para preparar-se antes de exercer sua missão (Mt 4,12). E a comunidade de Mt praticava o jejum (Mt 9,15), mas Mt quer dar um sentido novo a esta prática, evitando toda a ostentação exterior.   
     

Com o jejum evitamos que os bens deste mundo não nos escravizem. Faz uso deles para o bem próprio e do próximo, e neles degusta o Bem maior que é Deus. Jejuar, então, significa abster-se de alimento, tomar uma atitude de respeito e de liberdade diante das coisas, fazer espaço para os outros e para Deus, confiar na providência de Deus; constituir um ato de conversão a Deus através das coisas. Neste tempo quaresmal devemos aprender a morrer com Cristo para renascer com ele. Com a ajuda de sua graça, devemos combater tudo aquilo que, na nossa vida, impede o nascimento do homem novo anunciado pelo Evangelho: nossas tendências burguesas, nossos pequenos apegos, o comodismo ou o medo que nos impedem uma atuação mais eficaz, nosso farisaísmo em querer fazer aquilo que nosvantagem ou prestígio, nosso vício/nossa dependência da TV ou do mundo virtual como a internet etc.
    

Muita gente acha que a quaresma é apenas um tempo em que não se come carne às sextas-feiras. No Brasil a grande maioria não come carne em dia nenhum não por causa de dieta ou por questão de saúde, mas porque não tem condição para ter carne. Por isso, aqueles que não passam necessidade, devem mesmo por uma questão de solidariedade aos necessitados, privam-se de carne ou de outras coisas.
 

O jejum que agrada a Deus, diz o profeta Isaías (Is 58,1-14) é quebrar as cadeias injustas, libertar os oprimidos, realizar a justiça.


Vivemos em um mundo cada vez mais artificial, em uma cultura do ‘fazer’, do ‘útil’, onde sem perceber excluímos a Deus de nosso horizonte. A Quaresma nos convida a despertar, para nos lembrar que somos criaturas, que não somos Deus.


E também em relação aos outros , corremos o risco de nos fechar, de esquecê-los.  Mas só quando as dificuldades e os sofrimentos de nossos irmãos nos desafiam, só então podemos começar nosso caminho de conversão rumo à Páscoa. É um itinerário que inclui a cruz e a renúncia. O Evangelho de hoje mostra os elementos desta jornada espiritual: a oração, o jejum e a esmola (cf. Mt 6,1-6.16-18). Todos os três envolvem a necessidade de não ser dominado por coisas que aparecem: o que importa não é a aparência, e o valor da vida não depende da aprovação dos outros ou do sucesso, mas daquilo que temos dentro de nós” ... Com seus apelos à conversão, a Quaresma  providencialmente vem despertar-nos, para sacudir- nos  do torpor, do risco de avançar por inércia. A exortação que o Senhor nos faz através do profeta Joel é alta e clara: “Retornem para mim de todo o vosso coração” (Joel 2, 12). Por que devemos voltar para Deus? Porque algo está errado em nós, na sociedade, na Igreja e nós precisamos de mudança, de uma transformação, precisamos nos converter! Mais uma vez a Quaresma vem  dirigir-nos um apelo profético para nos lembrar que é possível realizar algo novo em  nós mesmos e ao nosso redor, simplesmente porque Deus é fiel, continua a ser cheio de bondade e misericórdia, e está sempre pronto a perdoar e recomeçar. Com esta confiança filial, coloquemo-nos a caminho!” (Papa Francisco: Homilia na Quarta-Feira de Cinzas de 2014).


A Quaresma é o tempo de uma experiência mais sentida da participação no mistério pascal de Cristo: “Se somos filhos, somos também herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, pois sofremos com ele para também com ele sermos glorificados” (Rm 8,17). Esta é a lei da Quaresma! Daqui seu caráter sacramental: um tempo em que Cristo purifica a Igreja, sua esposa (cf. Ef 5,25-27).


A Quaresma tem um caráter especialmente batismal sobre qual se funda o penitencial. Com efeito, a Igreja é uma comunidade pascal porque é batismal. Ela é chamada a manifestar com uma vida de contínua conversão o sacramento que a gera. Daqui o caráter eclesial da Quaresma. É o tempo da grande chamada para todo o povo de Deus a fim de que se deixe purificar e santificar por seu Salvador e Senhor.


Da teologia da Quaresma nasce, portanto, uma típica espiritualidade pascal-batismal-penitencial-eclesial. Deste ponto de vista, a prática da penitência, que não deve ser somente interior e individual, mas também externa e comunitária, se caracteriza pelos seguintes elementos:

1.    Ódio ao pecado como ofensa a Deus e a destruição do próprio ser.

2.    Conseqüências sociais do pecado. Cada pecado cometido tem efeito para convivência.

3.    Participação da Igreja na ação penitencial como uma forma de renovação do meu compromisso como filho/filha de Deus

4.    Oração pelos pecadores, um deles é eu mesmo.


Os meios sugeridos para a prática quaresmal são:

1.    A escuta e a meditação mais freqüente da Palavra de Deus.

2.    A oração mais intensa e prolongada.

3.    O jejum com conseqüências sociais: ajuda-me a me controlar e alivia uma parte da dor alheio através da minha ajuda.

4.    As obras de caridade (cf. SC, 109-110). Os bens materiais só têm valor quando soubermos partilhá-los com os necessitados. Partilhar é expressão  da minha riqueza interior e do meu despojamento.


A quaresma, neste sentido, é o tempo em que reassumimos a nossa vida cristã com um engajamento efetivo de transformação do mundo em vista do Reino de Deus.

P. Vitus Gustama,SVD

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