JOSÉ: HOMEM QUE CONFIA E SE DEIXA GUIAR TOTALMENTE POR DEUS
Naqueles
Irmãos, 13 não foi por causa da Lei, mas por causa da justiça que vem da fé que Deus prometeu o mundo como herança a Abraão ou à sua descendência. 16 É em virtude da fé que alguém se torna herdeiro. Logo, a condição de herdeiro é uma graça, um dom gratuito, e a promessa de Deus continua valendo para toda a descendência de Abraão, tanto para a descendência que se apega à Lei, quanto para a que se apoia somente na fé de Abraão, que é o pai de todos nós. 17 Pois está escrito: “Eu fiz de ti pai de muitos povos”. Ele é pai diante de Deus, porque creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia. 18 Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: “Assim será a tua prosperidade”. 22 Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça.
Evangelho: Mt 1,16.18-21.24a
16 Jacó gerou José, o esposo de Maria, da
qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18 A origem de Jesus Cristo foi
assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de
viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19 José, seu
marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em
segredo. 20 Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe,
em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria
como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21 Ela dará à
luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo
dos seus pecados”. 24ª Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia
mandado.
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São José Nas Palavras Do Papa Francisco Conforme a Carta Apostólica PATRIS CORDE (algumas palavras apenas):
1. Depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício como José, seu esposo. Os meus antecessores aprofundaram a mensagem contida nos poucos dados transmitidos pelos Evangelhos para realçar ainda mais o seu papel central na história da salvação: o Beato Pio IX declarou-o ‘Padroeiro da Igreja Católica’, o Venerável Pio XII apresentou-o como ‘Padroeiro dos operários’; e São João Paulo II, como ‘Guardião do Redentor’. O povo invoca-o como ‘padroeiro da boa morte’.
2. Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e um guia nos momentos de dificuldade. São José lembra-nos que todos aqueles que estão, aparentemente, escondidos ou em segundo plano, têm um protagonismo sem paralelo na história da salvação. A todos eles, dirijo uma palavra de reconhecimento e gratidão.
3. A grandeza de São José consiste no fato de ter sido o esposo de Maria e o pai de Jesus. Como tal, afirma São João Crisóstomo, «colocou-se inteiramente ao serviço do plano salvífico». São Paulo VI faz notar que a sua paternidade se exprimiu, concretamente, “em ter feito da sua vida um serviço, um sacrifício, ao mistério da encarnação e à conjunta missão redentora; em ter usado da autoridade legal que detinha sobre a Sagrada Família para lhe fazer dom total de si mesmo, da sua vida, do seu trabalho; em ter convertido a sua vocação humana ao amor doméstico na oblação sobre-humana de si mesmo, do seu coração e de todas as capacidades no amor colocado ao serviço do Messias nascido na sua casa” (Patris Corde n.1: São José: PAI AMADO).
4. A vontade de Deus, a sua história e o seu projeto passam também através da angústia de José. Assim ele ensina-nos que ter fé em Deus inclui também acreditar que Ele pode intervir inclusive através dos nossos medos, das nossas fragilidades, da nossa fraqueza. E ensina-nos que, no meio das tempestades da vida, não devemos ter medo de deixar a Deus o timão da nossa barca. Por vezes queremos controlar tudo, mas o olhar d’Ele vê sempre mais longe (Patris Corde n.2: São Jose: PAI NA TERNURA)
5. José acolhe Maria, sem colocar condições prévias. Confia nas palavras do anjo. «Anobreza do seu coração fá-lo subordinar à caridade aquilo que aprendera com a lei; e hoje, neste mundo onde é patente a violência psicológica, verbal e física contra a mulher, José apresenta-se como figura de homem respeitoso, delicado que, mesmo não dispondo de todas as informações, se decide pela honra, dignidade e vida de Maria. E, na sua dúvida sobre o melhor a fazer, Deus ajudou-o a escolher iluminando o seu discernimento. A vida espiritual que José nos mostra, não é um caminho que explica, mas um caminho que acolhe. Só a partir deste acolhimento, desta reconciliação, é possível intuir também uma história mais excelsa, um significado mais profundo. O acolhimento é um modo pelo qual se manifesta, na nossa vida, o dom da fortaleza que nos vem do Espírito Santo. Só o Senhor nos pode dar força para acolher a vida como ela é, aceitando até mesmo as suas contradições, imprevistos e desilusões. É necessário deixar de lado a ira e a desilusão para – movidos não por qualquer resignação mundana, mas com uma fortaleza cheia de esperança – dar lugar àquilo que não escolhemos e, todavia, existe. Acolher a vida desta maneira introduz-nos num significado oculto. A vida de cada um de nós pode recomeçar miraculosamente, se encontrarmos a coragem de a viver segundo aquilo que nos indica o Evangelho. (Patris Corde n.4: São José: PAI NO ACOLHIMENTO).
6. José é o homem por meio de quem Deus cuida dos primórdios da história da redenção; é o verdadeiro «milagre», pelo qual Deus salva o Menino e sua mãe. O Céu intervém, confiando na coragem criativa deste homem que, tendo chegado a Belém e não encontrando alojamento onde Maria possa dar à luz, arranja um estábulo e prepara-o de modo a tornar-se o lugar mais acolhedor possível para o Filho de Deus, que vem ao mundo [cf. Lc 2, 6-7] Face ao perigo iminente de Herodes, que quer matar o Menino, de novo em sonhos José é alertado para O defender e, no coração da noite, organiza a fuga para o Egito [cf. Mt 2, 13-14]. Às vezes também a nossa vida parece à mercê dos poderes fortes, mas o Evangelho diz-nos que Deus consegue sempre salvar aquilo que conta, desde que usemos a mesma coragem criativa do carpinteiro de Nazaré, o qual sabe transformar um problema numa oportunidade, antepondo sempre a sua confiança na Providência. Se, em determinadas situações, parece que Deus não nos ajuda, isso não significa que nos tenha abandonado, mas que confia em nós com aquilo que podemos projetar, inventar, encontrar. (Patris Corde n.5: São José: PAI COM CORAGEM CRIATIVA).
7. São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho. O trabalho torna-se participação na própria obra da salvação, oportunidade para apressar a vinda do Reino, desenvolver as próprias potencialidades e qualidades, colocando-as ao serviço da sociedade e da comunhão; o trabalho torna-se uma oportunidade de realização não só para o próprio trabalhador, mas sobretudo para aquele núcleo originário da sociedade que é a família. Uma família onde falte o trabalho está mais exposta a dificuldades, tensões, fraturas e até mesmo à desesperada e desesperadora tentação da dissolução. Como poderemos falar da dignidade humana sem nos empenharmos por que todos, e cada um, tenham a possibilidade dum digno sustento? (Patris Corde n.6: São José: PAI TRABALHADOR).
8. Não se nasce pai, torna-se tal... E não se torna pai, apenas porque se colocou no mundo um filho, mas porque se cuida responsavelmente dele. Sempre que alguém assume a responsabilidade pela vida de outrem, em certo sentido exercita a paternidade a seu respeito. Ser pai significa introduzir o filho na experiência da vida, na realidade. Não segurá-lo, nem prendê-lo, nem subjugá-lo, mas torná-lo capaz de opções, de liberdade, de partir. Talvez seja por isso que a tradição, referindo-se a José, ao lado do apelido de pai colocou também o de «castíssimo». Não se trata duma indicação meramente afetiva, mas é a síntese duma atitude que exprime o contrário da posse. A castidade é a liberdade da posse em todos os campos da vida. Um amor só é verdadeiramente tal, quando é casto. O amor que quer possuir, acaba sempre por se tornar perigoso: prende, sufoca, torna infeliz. O próprio Deus amou o homem com amor casto, deixando-o livre inclusive de errar e opor-se a Ele. A lógica do amor é sempre uma lógica de liberdade, e José soube amar de maneira extraordinariamente livre. Nunca se colocou a si mesmo no centro; soube descentralizar-se, colocar Maria e Jesus no centro da sua vida (Patris Corde n.7: são José: PAI NA SOMBRA).
9.
Dirijamos-lhe
a nossa oração: Salve,
guardião do Redentor e esposo da Virgem Maria! A vós, Deus confiou o seu Filho;
em vós, Maria depositou a sua confiança; convosco, Cristo tornou-Se homem. Ó
Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós e guiai-nos no caminho da
vida. Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem, e defendei-nos de todo o mal.
Amém.
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O
José aceita o
Outras Lições Podemos Também Aprender De São José.
1.
O
É
2.
“
“
José sabe
3. Ele É Aquele Que É Chamado A Dar Nome De “Jesus” Ao Menino Que Nascerá
“
“Jesus” significa
Neste
Portanto, em José de Nazaré encontramos uma
série de qualidades que servem de exemplo para todos os cristãos de todos os
tempos:
· José é um justo porque tem respeito diante do mistério de Deus operado em Maria, sua esposa.
· José é um homem justo porque ele tem fidelidade a toda prova de um homem que se confia em Deus diante de tudo e apesar de tudo.
· José é um homem justo porque ele tem a integridade e a honradez vividas no silêncio. Deus se revela porque José na sua honradez sabe criar o silêncio para Deus falar.
· José é um homem justo porque ele sabe criar vazio de si mesmo para Deus ocupar sua vida para ser Seu instrumento eficaz no mundo.
·
José
é um homem justo porque ele tem uma absoluta disponibilidade, fruto da
obediência de sua fé. Por esta disponibilidade o Senhor lhe confia ser pai
legal de Jesus que nasceu de Sua mãe virginal
P.
Vitus Gustama,svd
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