SER RESPONSÁVEL NA CONVIVÊNCIA E TER FÉ EM
DEUS DIARIAMENTE
Segunda-feira, 07 de Novembro de 2011
Texto da Leitura: Lc 7,1-5
No texto do evangelho de hoje
encontramos três lições que Jesus passa para todos nós, seus seguidores e para
todas as pessoas de boa vontade. As duas primeiras lições se referem às
relações fraternas: sobre o escândalo e a necessidade do perdão mútuo (Lc
17,1-4). A terceira lição se refere ao tema da fé (Lc 17,5-6).
“É inevitável que aconteçam
escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos! Seria melhor para ele que lhe
amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que
escandalizar um desses pequeninos”. Assim Jesus começou suas lições.
Trata-se do tema sobre o escândalo.
A palavra
escândalo provém do grego
“skándalon” que significa pedra de tropeço
que aparece ou
é colocada no caminho de alguém que o leva a cair ou que provoca
a queda . Cada
cristão tem uma missão
de levantar as pessoas
prostradas pelos problemas
e dificuldades encontrados na vida e não para causar a queda
de quem quer
que seja.
“Os pequenos ”
dos quais Jesus fala
neste texto são
os que ainda
estão fracos na fé .
Em vez
de fazer escândalo
contra eles ,
o cristão deve dar-lhes a atenção e acolhê-los e cuidá-los. A palavra “cuidar ” sempre se refere ao amor ,
à atenção , à proteção
e assim por
diante . Os que
têm mais maturidade
na fé jamais
podem ser causadores
de qualquer tipo
de escândalo (cf. Rm 14,13; 1Cor 8,9.13).
“Se o teu irmão pecar, repreende-o.
Se ele se converter, perdoa-lhe. Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia,
e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”. Esta é a segunda lição
dada por Jesus neste texto.
“Os apóstolos disseram ao Senhor:
‘Aumenta a nossa fé! ’. O Senhor respondeu: ‘Se vós tivésseis fé, mesmo pequena
como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e
planta-te no mar’, e ela vos obedeceria’’”. É a terceira lição que Jesus
passa para todos os seus seguidores.
Os apóstolos percebem que estão
vacilando, sentem-se tentados a voltar atrás, como tinham feito muitos
discípulos (cf. Jo 6,60). Eles reconhecem que somente a força da fé os
permitirá aceitar, com todas as suas conseqüências, as exigências do perdão.
Eis então que surge espontaneamente nos seus lábios o pedido de socorro:
“Aumenta a nossa fé!” Os apóstolos têm certeza que só com a confiança ilimitada
em Jesus é que eles podem realizar coisas impossíveis aos olhos humanos. Por
isso, eles querem ter o poder de Jesus Cristo.
Os discípulos querem ter mais fé. A
resposta de Jesus tira deles o conceito de maior ou menor em termos de fé para
o conceito de uma fé genuína. Basta ter uma mínima fé, mas autêntica (como o
grão de mostarda, Lc 13,19) para o homem realizar grandes coisas. Se há fé
real, então, os efeitos se segurarão. Não é tanto uma grande fé em Deus que é
exigida, quanto a fé num Deus grande. A imagem da amoreira arrancada e
transplantada no mar expressa plasticamente a força da confiança plena em Deus.
Isto quer dizer que a fé genuína pode realizar aquilo que a experiência, a
razão e a probabilidade negariam, se for exercida dentro da vontade de Deus.
Quando a força humana terminar, a fé vai a continuar, pois a fé transforma os
nossos limites em forças, pois a fé é a participação na vida divina. A fé nos
dá a convicção de que estamos constantemente envolvidos pelo amor de Deus.
P. Vitus Gustama,svd
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