quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

DEUS NOS AMA INCONDICIONALMENTE

ELE ACREDITA EM NÓS E NÓS DEVEMOS ACREDITAR NELE

 

Sexta-Feira da II Semana da Quaresma
01 de Março de 2013

 

Textos: Gn 37,3-4.12-13.17-28; Mt 21, 33-43.45-46

 
Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, disse-lhes: 33“Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela um lagar para esmagar as uvas e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou-a a vinhateiros, e viajou para o estrangeiro. 34Quando chegou o tempo da colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber seus frutos. 35Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um, mataram a outro, e ao terceiro apedrejaram. 36O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma. 37Finalmente, o proprietário enviou-lhes o seu filho, pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’. 38Os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!’ 39Então agarraram o filho, jogaram-no para fora da vinha e o mataram. 40Pois bem, quando o dono da vinha voltar, que fará com esses vinhateiros?” 41Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”.  42Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?” 43Por isso eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos. 45Os sumos sacerdotes e fariseus ouviram as parábolas de Jesus, e compreenderam que estava falando deles. 46Procuraram prendê-lo, mas ficaram com medo das multidões, pois elas consideravam Jesus um profeta.

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A parábola lida neste dia tem muita coisa para nos dizer. Ela quer nos falar, primeiramente, da confiança que Deus tem em cada um de nós. O Deus revelado por Jesus, nesta parábola é Aquele que confia totalmente no homem. Este Deus não fica policiando se o homem faz ou não faz sua missão, porque ele acredita na capacidade que o homem tem. Por isso, o texto diz: “O proprietário arrendou uma vinha a vinhateiros e viajou para o estrangeiro” (Mt 21,33). Deus acredita na capacidade que cada homem tem para produzir algo de bom durante a vida. Para isso é que Ele criou cada homem e o colocou aqui neste mundo. Cada tarefa ou missão que o homem recebe é a tarefa ou missão dada por Deus. É bom cada um descobrir a própria missão dada por Deus. Merece cada um fazer esta pergunta: “Qual missão que recebi de Deus durante a minha vida neste mundo?”. “Será que acredito no Deus que acredita em mim?”. Deus não condena quem não pode fazer o que quer, mas quem não quer fazer o que pode”, dizia Santo Agostinho (Serm.54,2).
                                                                

O Deus revelado nesta parábola não acredita em cada um de nós para cumprir a missão, mas também dá-nos todos os meios para facilitar o cumprimento da missão dada. Por isso o texto diz: “O proprietário pôs uma cerca em volta da vinha, fez nela um lagar para esmagar as uvas e construiu uma torre de guarda. Depois, arrendou a vinha a vinhateiros” (Mt 21,33).


A parábola fala também da paciência de Deus. Deus não se cansa em enviar seus mensageiros e suas mensagens todos os dias. Ele não vem logo para se vingar contra o homem mau ou contra quem que errou, poisDeus é amor” (1Jo 4,8.16). Ele dá avisos um após outro e todos os dias. Esse Deus confia totalmente no homem e por isso, ele acredita na recuperação do homem. Esta é uma das razoes pela qual Deus tem paciência para com o homem.


Ser cristão é, por isso, ser recomeço permanente, pois Deus sempreoportunidade para cada um recomeçar sua caminhada e sua missão. Deustempo para cada um corrigir o corrigível, recuperar o recuperável para que sua vida faça um salto de qualidade com Deus.


Merece também cada um responder estas perguntas: “Deus não se cansa em enviar seus mensageiros e suas mensagens todos os dias para o homem. Qual é a mensagem de Deus para mim hoje? qual recado que Deus quer dar hoje para minha família? Você encontrou algum mensageiro de Deus hoje seja durante a celebração, seja fora da celebração? Se esse Deus tem muita paciência para com você acreditando na sua recuperação, no seu novo começo, por qual razão você não acredita em si mesmo para você começar tudo de novo? Você te paciente suficiente diante dos outros. O amor nos torna pacientes!”.


A parábola também fala do juízo final de Deus. A vida tem seu fim. Se ela tem o fim, então todos os nossos atos diários pesam para este fim. Durante o curso desta vida Deus se mostra paciente para qualquer um de nós. Ele acredita no homem e inspira o homem com seu santo Espírito, mas respeita sua liberdade.  A liberdade é como uma faca que pode ajudar na suas tarefas, mas também pode cortar seus dedos, se não usá-la corretamente. “Uma liberdade sem controle, mais que liberais, faz libertinos”, dizia Santo Agostinho (Epist.157,16). Deus nos julgará quando ele tirar de nós a tarefa ou a missão que não quisemos cumprir. “O Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá muitos frutos”, assim Jesus concluiu a parábola.


O que tem por trás da parábola no evangelho de hoje é a chamada do Senhor para a conversão. O esforço de conversão, que o Senhor nos pede, devemos exercitá-lo todos os dias de nossa vida. Mas em determinadas épocas e situações, como a Quaresma, recebemos graças especiais que devemos aproveitar. Para compreender melhor a malícia do pecado devemos contemplar o que Jesus Cristo sofreu por nós na cruz, pois a cruz é o fruto do pecado do homem e ao mesmo tempo, é uma prova do amor incondicional do Senhor por nós todos. Para compreender o peso do pecado devemos olhar para os inocentes, que são vítimas de injustiça ao longo da história da humanidade. Por isso, devemos estar atentos, pois a maldade pode morar dentro de nós. No momento em que ficarmos sem vigilância ela aparece com uma força destruidora até fatal. Todos os dias o Senhor nos chama à santidade, a sermos misericordiosos, a amar com obras, a estarmos vigilantes.  A falta de conversão debilita a vida da graça em nós e se torna difícil o exercício das virtudes.


É bom cada um perguntar-se: “Quais são atos que pesam muito para a minha vida e para o fim da minha vida neste mundo?”


Para Refletir:

“O Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”. Será que o Reino de Deus será tirado de mim? Que frutos bons que tenho produzido?


P. Vitus Gustama,SVD

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