Segundo-feira da V Semana
do Tempo Comum
11 de Fevereiro de 2013
Naquele tempo ,
53tendo Jesus e seus discípulos
acabado de atravessar
o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e
amarraram a barca . 54Logo
que desceram da barca ,
as pessoas imediatamente
reconheceram Jesus. 55Percorrendo
toda aquela região ,
levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde
ouviam falar que
Jesus estava. 56E, nos
povoados , cidades
e campos onde
chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar , ao menos , a barra de sua veste . E todos quantos o tocavam ficavam curados.
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O evangelista
Marcos , de vez
em quando ,
gosta de fazer
um resumo de um período da atividade de Jesus para unir as distintas partes
de seu relatório .
Esses resumos
não parece trazer
novidades sobre
a pessoa de Jesus nem
em relação
Jesus com a multidão
nem Jesus com
os discípulos . A multidão
continua com sua
fé simples
em Jesus: eles
querem tocar para ficar livre dos males , como foi
a mulher de hemorragia
(Mc 5,23-36). Porém , Marcos não se
detém em discutir
a fé da multidão ,
também não
se fala de que
enfermidades a multidão
foi curada.
“Todos
quantos tocavam Jesus, ficavam curados”.
As pessoas dos contornos
levavam os enfermos para
Jesus para que
pudessem tocar , ao menos ,
a barra de sua
veste .
As pessoas , na sua simplicidade ,
acreditavam que somente
o contato direto
com Jesus é que
se sentiam afetadas pelo poder
de Jesus. Dessa maneira ficavam curadas.
O amor
gratuito , que
Deus nos
tem, desperta nossa consciência
de que vivemos num mundo
de gratuidade que nos
faz vivermos agradecidos e gratos permanentemente ou
nos faz vivermos uma vida eucarística. E essa consciência
nos leva
a ajudarmos gratuitamente os que se encontram “enfermos ”
nesta vida . Da experiência
cotidiana percebemos que os que
ajudam mais os outros ,
sem esperar nada de troca , são mais felizes do que
os demais . “Quando
perguntamos pela bondade
de um homem ,
não perguntamos por
suas crenças
ou esperanças ,
mas por
seus amores ”
(Santo Agostinho: De fide, spe et
char. 31).
“Todos
quantos tocavam Jesus, ficavam curados”.
Nós , cristãos ,
temos que aprender
a “tocar ” Jesus, a não
perder nenhuma maneira
o contato direto
com Jesus, porque
Ele é a fonte
do que somos e daquilo que dá sentido
à nossa vida .
Somente tocando Jesus, encontraremos a força para seguir
adiante nesta vida
e para segui-Lo pelos
caminhos da vida .
Há, pelo
menos , dois caminhos para nos encontrarmos com
Jesus e tocá-Lo. Um é através da Eucaristia
e da leitura e da escuta
da Palavra de Deus .
Em cada
Palavra proclamada e meditada há sempre alguma palavra
para minha vida se eu
estiver aberto diante
dela. Na Eucaristia a Palavra de Deus
se faz alimento para minha peregrinação
nesta terra rumo
à casa do Pai ,
nosso lar
definitivo . Na Eucaristia ,
ao comungar o Corpo
do Senhor , não
somos nós que
tocamos Jesus e sim é Jesus quem nos toca . Ele nos toca na parte onde
somos incapazes de chegar ,
pois Jesus toca todo o nosso ser . Por nossa vez ,
somos enviados para
que nossa
maneira de conviver
passa a ser um toque de amor fraterno .
O amor fraterno
cura , dá segurança ,
liberta alguém
do medo , transforma o outro
em irmão .
O Senhor
nos recebe em
sua Casa
e nos alimenta
com sua
Palavra e sua
Eucaristia . Mas
ele nos
envia para que
demos testemunho
de nossa fé ,
alimentando os demais
com nosso
amor gratuito
para que eles possam voltar a viver com mais vigor como filhos e
filhas amados do Pai .
P. Vitus Gustama,svd
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