OBRAS FALAM DE QUEM AS FAZ
Quarta-feira
da XII Semana Comum
26 de Junho de 2013
Texto de leitura: Mt
7,15-20
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Estamos ainda no Sermão da Montanha
(Mt 5-7). O texto do evangelho de hoje faz parte da conclusão do Sermão da Montanha (Mt 7). O que conta para Deus
é o bem que praticamos. O texto do evangelho de hoje serve de verificação para nossas praticas
diárias.
Através do evangelho de hoje Jesus
quer nos dizer, primeiramente, que não devemos julgar ou avaliar o homem pelas
aparências que são frequentemente enganosas. Devemos, ao contrário, avaliá-lo a
partir daquilo que ele faz. Nem as palavras, nem as intenções, e sim as
práticas. Se as palavras e as intenções seguem uma direção, e a prática outra,
a segunda é que revela o coração do homem, suas opções profundas, seus
verdadeiros interesses. Por fora, todos podem parecer iguais, mas o interior da
pessoa e as obras que fazem diferença. Sabemos que nem tudo o que brilha é
ouro.
Jesus é muito realista. Ele dá este
critério: “Olhem e vejam como atuam” para saber se são verdadeiros cristãos ou
não, se são profetas ou não são profetas. “Pelos frutos vocês vão reconhecê-los”.
Qualquer pessoa se manifesta pelo que faz ou pelo modo de viver. Os cristãos são reconhecidos não
pelos dons que têm, mas pelos frutos que produzem. Qualidade de um
fruto depende da qualidade da árvore. Jesus quer nos dizer para não julgarmos
os homens pelas aparências e sim pelo que faz.
Através do evangelho de hoje Jesus
faz uma advertência sobre o perigo relacionado aos falsos profetas. O
evangelista Mateus dá uma norma para sua comunidade a fim de saber reconhecer
os falsos profetas: a paciência em esperar os frutos e as obras pelos quais será
reconhecido o verdadeiro profeta do falso profeta. A chave para detectar os
falsos profetas são suas obras. O verdadeiro profeta é aquele que orienta a
comunidade de acordo com a mensagem e a forma de vida de Jesus.
Este critério deve ser aplicado
para nós mesmos também: Que frutos produzimos? Que frutos você produz? Dizemos
apenas palavras bonitas ou também oferecemos fatos ou obras? De um coração
azedo somente produz frutos azedos. De um coração generoso e sereno brotam
obras boas e consoladoras. São Paulo na carta aos gálatas escreveu: “As obras
da carne são fornicação, idolatria, ódios, discórdia, inimizade, egoísmo,
inveja, ciúmes, ira, divisão, rivalidade. Ao contrário, o fruto do Espírito é
amor, alegria, paz, paciência, afabilidade, fidelidade, domínio de si mesmo”
(cf. Gl 5,19-26). Se nós somos filhos da Verdade e do Amor, então, façamos as
obras da Verdade e do Amor e vivamos na sinceridade.
A Palavra de Deus hoje nos convida
a descermos ao fundo do coração para descobrir nele a nossa maldade ou a nossa
bondade; a nossa mentira ou a nossa verdade; nossa veracidade ou nossa
falsidade; a nossa esterilidade ou a nossa fecundidade. A Palavra de Deus
precisa nos desarmar para nos vermos como somos.
P. Vitus Gustama, SVD
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